terça-feira, 23 de outubro de 2018

Empresários pró-Bolsonaro só registram doação a outros candidatos, o que levanta suspeitas de caixa dois


Resultado de imagem para Jair Bolsonaro e seus amigos empresarios

O grupo de empresários mais próximos do candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) fez doações a outros candidatos, mas não contribuiu oficialmente com a campanha do militar.

A campanha de Bolsonaro é investigada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por doações não declaradas de empresários por meio de serviços de disparo de mensagens via WhatsApp —apuração aberta após reportagem da Folha.

Até o momento, o candidato do PSL declarou apenas R$ 1,7 milhão em despesas, menos do que os principais concorrentes. Para se ter uma ideia, Guilherme Boulos (PSOL) gastou R$ 5 milhões.

Dois membros do núcleo empresarial do militar, Luciano Hang, da loja de departamento Havan, e Mário Gazin, das lojas Gazin, chegaram a fazer um vídeo em que o segundo pede vitória de Bolsonaro no primeiro turno para “não gastar mais dinheiro”. Depois, Gazin disse que, ao falar de dinheiro, se referia aos gastos do país com a eleição.

No entanto, Gazin, integrantes de sua família e empresa doaram cerca de R$ 300 mil reais ao DEM de Mato Grosso e outros candidatos.

Luciano Hang contribuiu com R$ 160 mil a cinco candidatos – novamente, nenhum deles é Bolsonaro. A maior doação feita por Hang foi de R$ 100 mil a Ratinho Jr. (PSD), eleito governador do Paraná.

Conforme a Folha revelou, Hang é um dos empresários que bancaram pacotes de disparos de mensagens via WhatsApp contrárias ao PT – ele nega. A prática é ilegal porque empresas estão proibidas de doar para campanhas eleitorais e porque os valores não foram declarados.

Além de Hang e Gazin, outros empresários do seleto grupo empresarial ligado à campanha do militar também ignoraram ou registraram doações ínfimas a Bolsonaro, embora tenham contribuído com outros políticos.

Na Folha

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