terça-feira, 14 de maio de 2024

Reinaldo: Como o Congresso antiambientalista vai agir depois do caos no RS?

 

2 comentários:

AHT disse...
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Pós-Redemocratização:
Oito Presidentes e
Um Congresso Focado
no Próprio Umbigo


1. Bolsonaro, um ex-capitão rebelde que encontrou no baixo clerismo da Câmara de Deputados as condições para disputar a presidência da República e, bafejado pelo destino, sofreu um atentado que o elevou acima de outros candidatos. Diante da terrível pandemia Covid-19 se deixou levar pelo negacionismo, entrelaçado com seu estilo polêmico, conflituoso, e focado em “golpe de estado”. Foi derrotado por ele mesmo, facilitando a volta do lulopetismo ao poder. Mais uma vez o Brasil retrocedeu. Mas, Bolsonaro voltará, ou será o ventríloquo de algum escolhido entre os seus pupilos. Se Lula voltou; por que ele não conseguirá, direta ou indiretamente?

2. Temer assumiu em 31/08/2016, após o impeachment da Dilma. Demonstrou capacidade de articulação e bons resultados. Porém, ao cair na armadilha preparada pelos irmãos JBS, deu motivo para se pensar que tinha rabo preso ou, no mínimo, que se omitiu diante de acordos não lícitos.

3. Dilma, um lamentável erro evitável nas urnas imposto pelo Lula. Além de suas falas desconexas, Dilma será sempre lembrada pelo seu grande feito das pedaladas fiscais e do impeachment. O Brasil retrocedeu.

4. Lula, em seus dois primeiros mandatos, além da corrupção nuncantesvista, e da mania do lulopetismo por medidas pró retrocesso, enfiou a Dilma pela goela da nação. No atual mandato, a partir de 2023 o lulopetismo dá mostras que continua teimando nas mesmas propostas. Eles não aprendem, não esquecem.

5. FHC foi reconhecido pela implementação do Plano Real e por suas articulações para a Lei da Responsabilidade Fiscal. Um presidente que, se comparado a outros, fez um governo aceitável diante das circunstâncias do seu período.

6. Itamar Franco, que substituiu o Collor, articulou e ofereceu ambiente para uma competente equipe planejar e criar condições que viabilizaram uma importante reforma econômica, o Plano Real.

7. Collor, um lamentável erro evitável nas urnas. O falso caçador de marajás confiscou as cadernetas de poupança em US$ 100 bilhões, o equivalente a 30% do PIB naquele ano. Pra quê? Para ‘alavancar’ o país mais para baixo?

8. Sarney, um presidente com jeitão de senador articulador, ofereceu seus préstimos à ditadura militar, inclusive como membro da ARENA, o partido situacionista. Eleito vice-presidente através de eleição indireta, assumiu a presidência em 1985 após a morte de Tancredo Neves antes da posse. Portanto, a redemocratização iniciou-se durante seu governo, marcando um período de transição e rearranjo do Estado. Na economia, buscaram-se estabilidade e controle da inflação com os Planos Cruzados I e II, e o Plano Verão, cujos resultados não foram positivos, mas inicialmente atenderam a objetivos populistas.

Enfim, a velha política não cedeu, e durante 21 anos também soube se entender e atender à ditadura militar, participando dos dois partidos oficiais, a ARENA (a situação) e o MDB (a oposição), de acordo com o script imposto naquele período. Sobreviveu e, ainda hoje, troca figurinhas até com aqueles em nada recomendáveis.

Praticamente quatro décadas após a redemocratização, a democracia no Brasil ainda não pode ser considerada consolidada. Além de frequentes conflitos entre os poderes, a polarização política e as crises econômicas e sociais constituem outros obstáculos e consequentes riscos, conforme já demonstrados pelos ataques de radicalistas político-ideológicos às instituições, principalmente aos STF e TSE, culminando com as invasões e depredações das sedes dos Três Poderes, em 08/01/2023.

AHT
16/05/2024 (rev.)