terça-feira, 21 de maio de 2024

Nova chefe da Petrobras tem conflito marcado com Marina



"O Ministério do Meio Ambiente não pode usurpar o poder de concessão da Presidência da República", anotou Magda Chambriard. Ela defendeu uma "intervenção" de Lula. Soou categórica: "É ele que tem mandato para estabelecer as prioridades nacionais, em nome do povo".

A Petrobras recorreu contra a decisão do Ibama. O recurso está pendente de deliberação. Em entrevista ao UOL, no mês passado, Marina Silva reiterou que não há prazo.

"Na dinâmica do processo de licenciamento não existe essa de você chegar para os técnicos e ficar fazendo comandos políticos", disse a ministra do Meio Ambiente. "O que se tem é sentido de prioridade, a análise vai ser feita no tempo necessário".

Para Magda Chambriard, o "tempo necessário" é o ritmo de toque de caixa. Ela escreveu no artigo que "os licenciamentos ambientais do país" precisam ser "oportunos e tempestivos."

Magda realçou que "ou se faz isso agora, ou esse impacto continuará colocando em risco todos os projetos de infraestrutura carentes de licenciamento federal, elevando significativamente o Custo Brasil."

A perspectiva de um novo embate surge num instante em que o dilúvio no Rio Grande do Sul intima o governo Lula a transformar em realidade o compromisso retórico de priorizar a transição energética, assumindo a liderança global na produção de fontes limpas de energia, como a energia solar, a biomassa, o etanol e o hidrogênio verde.

Lula deve receber Magda Chambriard no início da próxima semana. Logo será que intimado pelas circunstâncias a decidir se Marina Silva é um ativo ambiental do seu governo ou uma reles usurpadora do desenvolvimento nacional.


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