quarta-feira, 8 de maio de 2024

Fake news sobre enchente dá ao país uma aparência de ratocracia



Eles se definem como homens de bem. Mas, nas horas vagas, exibem nas redes sociais um comportamento canalha. Pioram o flagelo das enchentes no Rio Grande do Sul com uma inundação de mentiras nas redes sociais.

Filho de um ex-presidente que passeava de jet ski na praia enquanto temporais castigavam a Bahia, o deputado Eduardo Bolsonaro postou que o governo Lula retardou o socorro ao Rio Grande do Sul.

O senador Cleitinho e o influenciador Pablo Marçal, ambos bolsonaristas de mostruário, publicaram que o governo gaúcho estaria barrando caminhões de donativos por falta de nota fiscal.

A onda de fake news chegou ao gabinete de crise que monitora em Brasília o socorro federal aos gaúchos. Ganhou o noticiário trecho de um áudio da reunião de terça-feira. A certa altura, o ministro Rui Costa (Casa Civil) diz ter pedido a Ricardo Lewandowski para acionar a Polícia Federal.

Na sequência, ouve-se o ministro Paulo Pimenta (Secom) dizer o seguinte: "Tem que botar para foder com os caras". Uma voz não identiticada responsabiliza os "bolsonaristas" pela difusão de mentiras. Diz que seria preciso mandar prender. Pimenta concorda: "Manter presos".

Ainda não havia redes sociais quando Nelson Rodrigues disse que "o homem de bem é um cadáver mal informado. Não sabe que já morreu". Hoje, o homem de bem bolsonarista percorre a internet como um zumbi da desinformação. Com as fake news sobre a enchente gaúcha dão ao país uma incômoda aparência de ratocracia.

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