sábado, 31 de março de 2012

Na cidade da Embraer, um aeroporto padece



Aeroporto de São José dos Campos

São José dos Campos, a menos de 100 quilômetros de São Paulo, figura na lista das vinte cidades mais ricas do país, com um Produto Interno Bruto (PIB) de 22 bilhões de reais. Lá estão 26 mil empresas, algumas do porte da Embraer, General Motors e Ericsson, e os mais importantes centros de pesquisa da América Latina nas áreas espacial, energética e aeronáutica. O município conta ainda com pujantes polos de defesa e petroquímico. Na cidade que domina a tecnologia de voar, no entanto, o aeroporto é uma lástima. Operado há oito anos pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), o terminal Professor Urbano Ernesto Stumpf é um exemplo completo do descaso e incompetência da estatal.

Desde que a Infraero assumiu o controle do aeroporto, o fluxo anual de passageiros saltou de 50 mil em 2003 para 240 mil em 2011 (o limite é de 90 mil), sem que fosse feita sequer uma reforma nas instalações. Houve apenas o recapeamento das pistas. Passageiros que partem da cidade para estadias de curta duração não podem deixar seus carros em garagens – simplesmente porque só há uma com capacidade para apenas 50 veículos. Serviços simples e indispensáveis, como banheiro, causam vergonha nas empresas que recepcionam empresários vindos de outros locais e que são obrigados a descer em São José dos Campos pela falta de opção em Guarulhos. “Muitos chegam a pedir para desembarcar Guarulhos, apesar da distância, devido à falta de estrutura aqui”, afirma um executivo de uma empresa da cidade que pediu para não ter seu nome citado.

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