segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Presidente sul-coreano promete reação à Coreia do Norte

Segundo ele, país vizinho vai "pagar o preço" pelos seus disparos de artilharia


 
O presidente da Coreia do Sul, Lee Myung-Bak, prometeu nesta segunda-feira que Pyongyang vai "pagar o preço" pelos recentes disparos de artilharia, que chamou de "crimes desumanos", ao mesmo tempo em que se declarou cético sobre um possível fim do programa nuclear da Coreia do Norte. Lee Myung-Bak é muito criticado pela imprensa e por políticos da oposição pela resposta militar tímida de Seul frente ao bombardeio de terça-feira passada, quando a Coreia do Norte disparou 170 peças de artilharia contra a ilha sul-coreana de Yeonpyeong: 90 caíram no mar e 80 na ilha, matando quatro pessoas.


"Não posso deixar de expressar minha indignação diante da brutalidade do regime do Norte, disse, em discurso exibido pela televisão. "Agora, nosso povo sabe que qualquer tolerância ou paciência adicional só levará a maiores provocações", completou.

Ele preferiu, contudo, não comentar a proposta da China de organizar uma reunião urgente sobre a crise na península coreana. Pequim propôs um encontro o mais rápido possível dos seis países envolvidos nas negociações sobre o programa nuclear da Coreia do Norte. Para analistas, o fato de Lee Myung-Bak não ter mencionado a proposta chinesa no discurso solene de sete minutos significa que rejeita a oferta.
 
Norte - Já Pyongyang voltou a repetir que as manobras aeronavais conjuntas efetuadas desde domingo por Estados Unidos e Coreia do Sul no Mar Amarelo são provocativas e deixam a região "à beira da guerra". "Essas manobras são outra grave provocação militar contra nós da parte dos Estados Unidos e de nossos inimigos sul-coreanos", afirma um comunicado da agência oficial norte-coreana KCNA.

"É criminoso que Coreia do Sul e Estados Unidos organizem exercícios militares em grande escala nesta área crítica, que podem levar a situação a um ponto explosivo", completa o texto. "O Mar Amarelo se encontra à beira da guerra em consequência das provocações militares."

Apesar da crise e do clima tenso na região, o dirigente norte-coreano Kim Jong-Il e seu filho mais novo, e provável sucessor, Kim Jong-Un, compareceram a um concerto da orquestra estatal da Coreia do Norte, que também teve as presenças de militares e altos funcionários do Partido Comunista.

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