quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Lula flerta com conto do vigário saudita que vitimou Bolsonaro


Lula com Mohammed bin Salman, príncipe herdeiro e primeiro-ministro da Arábia Saudita



A caminho da cúpula da ONU sobre meio ambiente, em Dubai, Lula fez escala na Arábia Saudita, maior produtor de petróleo do mundo. Reuniu-se com o príncipe-ditador Mohammed bin Salman. Conversaram sobre a suposta intenção dos sauditas de despejar US$ 10 bilhões em investimentos no Brasil. Os mesmos petrodólares foram prometidos a Bolsonaro em outubro de 2019. Nunca passaram do estágio de lero-lero diplomático a serviço da máquina de propaganda saudita.

Presente à reunião, o ministro Rui Costa (Casa Civil) disse que há um "leque de opções" para a aplicação dos bilhões sauditas no Brasil. Mencionou áreas como energia, produção de alimentos e infraestrutura". Anunciou a formação de um grupo de trabalho. Esse tipo de grupo serve para que os governos discutam exaustivamente os problemas. Em muitos casos, os participantes sentem-se tão exaustos que se desobrigam de encontrar soluções.

Em outubro de 2019, depois de um encontro com o mesmo Bin Salman, Bolsonaro soou exultante. "Logo que cheguei, ele me falou: 'Você não vai voltar amanhã sem levar nada para o Brasil", ele contou aos jornalistas. Estão garantidos US$ 10 bilhões para investimentos no Brasil."

Supondo-se que Lula não tenha recebido nenhuma joia saudita de presente, restaram da visita o flerte com um conto do vigário no qual o antecessor já caiu e o constrangimento da reunião com um príncipe das trevas. Bin Salman mandou esquartejar um jornalista, mantém a mãe em cativeiro e proíbe o funcionamento de igrejas. Não fosse pelos petrodólares, ninguém lhe dirigiria um reles bom-dia.

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