terça-feira, 30 de julho de 2019

Temendo outras mortes, ONU denuncia planos de Bolsonaro



A Alta Comissária de Direitos Humanos, Michelle Bachelet, cobra o governo brasileiro diante da morte de um líder indígena no Amapá e pressiona para que as políticas adotadas pela gestão de Jair Bolsonaro e seus projetos de aberturas de reservas para exploração sejam reconsiderados. Segundo ela, os incidentes no Amapá no fim de semana podem ser apenas um sinal da onda de violência que pode emergir diante das propostas do governo.

Essa foi a primeira declaração contundente da ex-presidente do Chile e número 1 de Direitos Humanos da ONU contra o governo brasileiro, desde o início do ano.

No último fim de semana, a Funai confirmou que invasores tomaram a terra indígena Waiãpi, no Amapá. Ao chegar ao local, os invasores teriam executado o líder Emyra Waiãpi. Os relatos da violência ganharam alguns dos principais jornais do mundo, mas foram alvo de questionamentos por parte do presidente Jair Bolsonaro. Para ele, não existe "nenhum indício forte" que o líder indígena foi executado.

As invasões, porém, ocorrem depois que o presidente afirmou que espera legalizar a mineração e garimpo em terras indígenas.

Bachelet deixou claro que é contra essa legalização. "A política proposta pelo governo brasileiro de abrir mais áreas da Amazônia para a mineração pode levar a incidentes de violência, intimidação e assassinatos do tipo infligido ao povo Waiãpi na semana passada", disse.

Nesta segunda-feira o senador Randolfe Rodrigues (REDE -AP) ainda foi informado que a ONU e a OEA (Organização dos Estados Americanos) iriam notificar o governo Bolsonaro a respeito da invasão nas terras indígenas no Amapá..

O Vale

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