segunda-feira, 29 de julho de 2019

Segundo Caged, Caçapava ficou em 39ª posição no ranking paulista


Macaque in the trees

Três das cidades que mais geram emprego no Vale do Paraíba --São José dos Campos, Jacareí e Guaratinguetá-- despencaram para os últimos lugares do ranking paulista do emprego em junho.

O levantamento é feito por OVALE com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério da Economia.

Líder do ranking entre as cidades da região em abril deste ano, na 22ª colocação do estado com 508 empregos gerados, São José despencou para a 343ª posição em junho, com 147 postos de trabalho fechados.

Trata-se do penúltimo lugar entre os 25 municípios da região ranqueados na listagem paulista do emprego, que contempla as 370 cidades de São Paulo com mais de 10 mil habitantes.

São José ganha apenas de Jacareí, que já esteve na 10ª posição do ranking no ano passado e amarga a 345ª colocação em junho, com saldo negativo de 157 empregos.

A terceira pior colocada da região é Guaratinguetá, que também já esteve entre as 10 melhores do estado e caiu para a 318ª posição em junho, com o corte de 86 empregos.

MELHORES.

No geral, contudo, a RMVale repetiu o feito de maio com 16 cidades melhorando a posição no ranking de junho, equivalente a 64% do total. Oito pioraram a colocação, incluindo São José (caiu duas posições), Jacareí (recuou 83) e Guaratinguetá (perdeu 262).

E a cidade de Cunha manteve-se na mesma colocação: 173º lugar em maio e junho.

Na ponta do ranking, aparece Campos do Jordão, com 270 empregos gerados em junho e a melhor colocação entre os municípios do Vale, no 18º lugar. A cidade avançou 36 posições em comparação a maio.

Depois de liderar em maio, Pindamonhangaba caiu oito posições e ocupa a 28ª colocação do ranking em junho, com 163 novos empregos formais.

Caçapava vem logo em seguida, na 39ª posição, com 123 novos postos de trabalho abertos no mês e uma subida de 43 lugares no ranking paulista.

Taubaté subiu 46 degraus e ocupa a 62ª colocação da lista estadual, com 71 empregos em junho. No total, sete cidades da região ficaram no 'Top 100' do ranking do emprego.

'Se a indústria não vai bem, outros setores sofrem efeito cascata', afirma economista

Pesquisador do Nupes (Núcleo de Pesquisas Econômico-Sociais), órgão da Unitau (Universidade de Taubaté), o economista Edson Trajano explica que as cidades mais industrializadas da região sofrem um "efeito cascata" com corte de empregos, que começa no setor industrial e depois atinge comércio e serviços.

Não à toa, no primeiro semestre, o comércio foi o setor que mais perdeu empregos no Vale, com -2.648.

"A indústria automobilística tem peso forte no Vale e muitas [montadoras] exportam para Argentina, que tem situação muito pior do que a nossa. Se a indústria não vai bem porque não tem demanda, isso também provoca instabilidade do setor de comércio e serviços".

Saída é o crescimento e as alternativas passam por política de redução das taxas de juros para setor produtivo".

O Vale

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