O Globo
Entusiasmados com a validação da Lei da Ficha Limpa pelo Supremo Tribunal
Federal (STF), parlamentares e representantes da sociedade que atuaram na
elaboração do texto preveem grande impacto sobre as eleições municipais de
outubro.
Também observam efeitos sobre a conduta de políticos no exercício do mandato,
tutelados pelo risco de ver suas carreiras interrompidas precocemente, e sobre
os partidos, com a tarefa de escrutinar a vida pregressa de quem pretende se
eleger.
Diretora do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), Jovita Rosa
afirma que tenta emplacar a Ficha Limpa desde 2007, e reputa a decisão como uma
vitória histórica.
- A decisão nos dá certeza que a sociedade mobilizada pode mudar a realidade.
Faremos, agora, uma grande mobilização para que a população denuncie a compra e
a venda de votos, e para que as pessoas divulguem o histórico de seus candidatos
nas eleições de outubro - garantiu.
O projeto, rabiscado nas ruas e aprovado no Congresso, foi subscrito
inicialmente por 33 parlamentares. Fernando Ferro (PT-PE) estava na lista e
pondera que, agora, o momento serve para repetir a mobilização, em nome da
reforma política. Ele admite que a Ficha Limpa poderá selar o fim da trajetória
de correligionários, réus no mensalão.
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