domingo, 31 de agosto de 2014

MÁQUINA PRODUZ ÁGUA A PARTIR DO AR



A máquina necessita apenas de eletricidade para gerar água potável

Enquanto a crise da água se torna mais preocupante em todo o mundo, pesquisadores desenvolvem alternativas para minimizar esse problema.

A Aozow é uma máquina criada com esse objetivo. Através do processo de condensação, o equipamento é capaz de transformar a umidade da atmosfera em água potável.

A empresa responsável por trazer a tecnologia para o Brasil é a Ecomart, que apresentou a novidade durante a Expo Arquitetura Sustentável.

De acordo com o diretor da empresa, Marco Franco, a tecnologia tem um uso bem amplo, podendo ser útil em residências ou em locais com maior demanda. Mas, principalmente, o sistema é ideal para áreas que enfrentam problemas com o fornecimento de água.

A máquina necessita apenas de eletricidade para gerar água potável fria ou quente, em temperatura que vai até 80ºC. A produção é automática e feita através de um microcomputador interno.

O sistema calcula a umidade do ar, a temperatura e então produz água. Toda a produção é filtrada, para que sejam retiradas todas as impurezas.

De acordo com a empresa, a capacidade varia de acordo com os níveis de umidade do ar. Assim sendo, com a umidade relativa em 40%, a Aozow consegue produzir 12 litros de água potável em 24 horas. Quando a umidade sobe para 90%, a máquina chega a produzir diariamente 34 litros.

Skaf encontra Dilma no ‘palanque de ninguém’




Paulo Skaf tornou-se um candidato divertido. O eleitor pode brincar com a hipocrisia dele como quem brinca de roleta russa, na certeza de que a (i)lógica que Skaf manipula está completamente descarregada.

Representante do PMDB na corrida pelo governo de São Paulo, Skaf dissera que não subiria em palanque com a petista Dilma Rousseff. Neste sábado, subiu, sob pressão do peemedebista Michel Temer, vice de Dilma.

Skaf recusava-se a pronunciar o nome de Dilma. Instado a revelar o voto para presidente, dizia que votaria em Temer. Ao discursar na presença da presidente, viu-se compelido a chamá-la pelo nome: “Bom dia, presidente Dilma.” Alvíssaras!

Espremido novamente pelos repórteres, Skaf declarou: “Aqui não é palanque de ninguém. Não é um evento da candidatura da presidente Dilma Rousseff e não é um evento da nossa candidatura. Não estou aqui para estar em palanque de ninguém.''

Quer dizer: Skaf escalou um palanque fantasma, num não-evento convocado pelo PMDB para não apoiar a chapa Dilma-Temer. Discursou sobre o oco do vazio para uma plateia que desperdiçou um naco do seu sábado defronte de um palanque de ninguém.

Skaf chegou cedo ao não-evento. Absteve-se de compor o grupo que recepcionou Dilma. E foi embora antes do discurso dela. Não adiantou. Foi aprisionado em fotos ao lado da companhia tóxica. Pior: ganhou a internet no site oficial da campanha de sua não-aliada. Divertido, muito divertido, divertidíssimo!

sábado, 30 de agosto de 2014

O ATO E O FATO


Brasilino Netp
CUSTO BRASIL

Confesso não ser especialista em economia, mas tenho certeza que nem preciso ser para poder aqui afirmar que o chamado custo Brasil é quem cria as dificuldades de competição de nossa economia com as dos demais países sérios.

Isto porque chega a ser cômico, se não fosse trágico, o projeto de lei nº 6.883/2013, que tramita na Câmara Federal, em caráter conclusivo, de autoria da deputada Maria Raupp, PMDB de Rondonia, que propõe que seja proibida a demissão sem justa causa de trabalhadora vítima de violência doméstica pelo período de um ano.

Digo isto, pois a proposta impõe ao sistema produtivo encargo que não lhe cabe assumir e a que não deu causa, numa nítida violação à relatividade dos fatos, respondendo por um fato que se deu na intimidade familiar, sem qualquer vínculo pessoal ou sua atividade empresarial.

Ainda mais desconexa é a justificativa de que o empresário tenha que arcar com a obrigação de não demitir a vitima de agressão por um ano, pois a trabalhadora “precisa se reerguer, se reestruturar, se sentir segura, ao menos quanto ao seu sustento, somente podendo ocorrer a sua demissão em caso de falta grave, nesse período”.

Assegura ainda, além da manutenção do vínculo por um ano, que a trabalhadora agredida possa se afastar do local de trabalho, por até seis meses, suspendendo o contrato de trabalho.

Disposições similares estão na Lei Maria da Penha, a nº 11.340/06, onde o juiz pode determinar que a mulher vítima de violência doméstica e familiar seja afastada do local de trabalho por até seis meses, com a manutenção do vínculo empregatício. A medida, no entanto, não prevê se há suspensão ou interrupção do contrato.

Pelo projeto, o afastamento suspende o contrato de trabalho, garantindo o tempo de serviço da trabalhadora, o que não ocorre durante a interrupção do contrato, impondo obrigação ao empresário de manter a trabalhadora agredida e em seu lugar estar obrigado a repor a força de trabalho afastada.

Nada mais descabido. E haja custo Brasi!

Mas infelizmente no Brasil é assim mesmo, tal como se dá com o sistema público de saúde, onde os governos, em todos os níveis, cumprem sofregamente seu papel, mas impõe aos planos de saúde particulares regras que os tão tornando inviáveis e sobrecarregados.

Na área de segurança não foge a regra, pois os governos não dão conta do recado que lhe cabe e, no entanto, impõe regras e mais regras às vigilâncias privadas que, infelizmente seguem mantidas pelo vácuo deixado pelas administrações públicas ao setor.

TCE multa ex-prefeito de Caçapava por aluguel irregular de carros


G1

Prefeitura de Caçapava (Foto: Divulgação/Prefeitura de Caçapava)O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo considerou irregular o contrato para aluguel de carros feito pelo ex-prefeito de Caçapava, Carlos Vilela (DEM), durante seu governo. Com isso, o político foi condenado ao pagamento de multa no valor de R$ 4 mil.

Durante o mandato de Vilela, que deixou o governo em 2012, a prefeitura optou por alugar carros, ambulâncias e maquinário para a frota municipal pelo valor de R$ 5 milhões – o dobro caso tivesse optado pela compra dos veículos.

A análise dos técnicos do TCE-SP apontou irregularidades e falta de justificativa plausível que alegasse vantagem na locação para o município. O caso também está sendo analisado pelo Ministério Público.

Outro lado
Carlos Vilela foi procurado e informou que ainda não foi notificado da decisão, mas que vai recorrer.

MP APURA SE POLICIAL COLABORAVA COM ABDELMASSIH E REDE DE INFORMATES


Roger Abdelmassih era procurado no programa de recompensas (Foto: Reprodução / Web Denúncia)

O Ministério Público (MP) investiga se um policial de São Paulo colaborava com Roger Abdelmassih e sua rede de informantes para que o ex-médico, condenado a 278 anos de prisão por estupros e foragido da Justiça brasileira, continuasse escondido no Paraguai.

Procurada pela equipe de reportagem do G1, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que também irá investigar o caso.

Os promotores têm interceptações telefônicas que flagram Abdelmassih dizendo a um parente o apelido desse policial. Em uma delas, o ex-médico diz que o agente é “amigo” de um dos seus colaboradores financeiros, e ainda “trabalharia junto à Secretaria da Segurança Pública”, na capital paulista. Não há confirmação, no entanto, se o funcionário público pertence à Polícia Civil ou é da Polícia Militar.

Na conversa por telefone, gravada com autorização judicial, Abdelmassih diz que o policial poderia ser procurado por seu grupo para vazar dados sigilosos das 15 denúncias que o Programa de Recompensas recebeu sobre possíveis paradeiros do ex-médico. O áudio não menciona dinheiro em troca das informações.

O grampo ainda mostra Abdelmassih pedindo para o familiar acionar seu grupo de colaboradores para procurar o policial e confirmar com ele os locais das denúncias. Desse modo, acreditava ser possível saber se alguma delas indicava o ponto exato onde o ex-médico estava. A escuta não mostra se os informantes encontraram o agente e se ele passou os dados.

Abdelmassih se diz “abatido”, na interceptação, e demonstra preocupação se alguma das denúncias feitas pudesse revelar seu esconderijo. O ex-médico comenta, por exemplo, sobre a possbilidade de a Polícia Federal (PF) estar envolvida nas buscas a ele.

A gravação ocorreu duas semanas antes de Abdelmassih, de 70 anos, ser preso neste mês em Assunção. Na capital paraguaia, ele usava o nome falso de Ricardo Galeano e morava numa casa alugada de alto padrão com a mulher, a ex-procuradora da República Larissa Sacco, de 37, e os filhos gêmeos do casal.

Datafolha indica que ‘onda Marina’ virou tsunami



No curtíssimo intervalo de 11 dias, Marina Silva agigantou-se de 21% para 34% das intenções de voto. Um salto de 13 pontos percentuais, informa o Datafolha. A substituta de Eduardo Campos está agora numericamente empatada com a ex-favorita Dilma Rousseff, que oscilou de 36% para 34%. Num cenário de segundo turno, Marina prevalece sobre Dilma com uma diferença de dez pontos: 50% a 40%.

O país já não está diante de uma ‘onda Marina’. Assiste ao surgimento de um tsunami eleitoral. O fenômeno varre as sondagens internas dos partidos. Em toda parte só se ouve um nome: Marina. Os políticos se encontram e, antes do ‘bom dia’, antes do ‘tudo bem?’, vem a pergunta: viste a Marina? O tom é de espanto. O olhar é de quem testemunha o sobrenatural. Viste a Marina?

Até duas semanas atrás, Marina era uma presidenciável improvável. Passou a existir graças a uma tragédia. Hóspede transitória do pequeno PSB, ela não tem estrutura partidária. Coligada com o pequeno PPS e outras quatro legendas nanicas, ela dispõe de um tempo de propaganda mixuruca. Contam-se nos dedos de uma mão os palanques que ela frequentará nos Estados.

Ainda assim, Marina apavora os rivais. Sua força está na precariedade. Noves fora o carisma, Marina encanta o eleitorado porque lhe falta a superestrutura político-partidária que sobra para Dilma e não falta para Aécio. Deve-se o fenômeno ao desejo do eleitorado de decretar um basta. As pesquisas ecoam o barulho das ruas de junho de 2013.

Marina é beneficiária do ‘voto saco cheio’. Nem todos os eleitores entendem de política. Mas todos sabem o que é politicagem. Quem opta por Marina sinaliza que deseja um Brasil inteiramente diferente do atual. Sabe que pode não obter. Mas decidiu tentar. Ironicamente, o Datafolha veio à luz no mesmo dia em que Marina divulgou o seu programa de governo. Ninguém teve tempo de ler. Mas todo mundo adorou.

Movimentos como esse que impulsiona Marina não são guiados por ideias, mas por vagas sensações. Aos pouquinhos, vai ficando claro o tamanho do desejo de mudança do eleitorado. Uma evidência de que o conglomerado governista caprichou na perversão. A turma esqueceu de maneirar.

Votar em Dilma significaria manter o status quo. Votar em Aécio seria mudar o status sem mexer muito no quo. O eleitor parece decidido a não deixar dúvidas quanto aos seus pendores mudancistas. Fechadas as urnas, se a mudança for pequena a frustração será enoooooorrrrmmmmeeeee. Viste a Marina? Shhhhhhh. Não assusta os petistas e os tucanos.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Vale e região bragantina têm 2,8 milhões de habitantes, aponta IBGE


Anel viário em São José dos Campos (Foto: Carlos Santos/ G1)

O Vale do Paraíba e a região bragantina tem 2.814.152 habitantes, de acordo com uma estimativa publicada nesta quinta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento usa como data de referência 1º de julho de 2014.

Segundo o IBGE, desde a última estimativa, de julho de 2013, a região tem mais 27.985 habitantes, o que representa uma taxa de crescimento de 1%. O aumento é maior do que a média nacional, que registrou crescimento de 0,86%.

A maior cidade da região continua sendo São José dos Campos, que na estimativa aparece com 681.036 habitantes. Em segundo lugar aparece Taubaté com 299.423 moradores. Já as cidades com menor número de habitantes são Arapeí, com 2.532, e Areias, que tem 3.849 moradores.

Apesar do crescimento, sete cidades da região reduziram a população: Arapeí, Cunha, Lagoinha, Natividade da Serra, Piquete, Redenção da Serra e São José do Barreiro.

A projeção das populações é feita anualmente a pedido do Tribunal de Contas da União (TCU) e serve de base para o repasse de recursos do orçamento aos municípios.

As cinco cidades mais populosas da região

CidadePopulação
São José dos Campos681.036
Taubaté299.423
Jacareí224.826
Pindamonhangaba158.864
Bragança Paulista158.856

Índice nacional

Pela estimativa do IBGE, o Brasil tem 202.768.562 habitantes. Segundo o órgão, desde a última estimativa, de julho de 2013, o Brasil tem mais 1.735.848 habitantes — um aumento de 0,86%.

Entre as unidades da federação, o estado mais populoso continua sendo São Paulo, que conta com mais de 44 milhões de residentes. O estado de Minas Gerais tem 20,7 milhões de habitantes e o Rio de Janeiro, 16,46 milhões. A Bahia tem 15,12 milhões e o Rio Grande do Sul, 11,20 milhões. O menos populoso é o estado de Roraima, com 496,9 mil habitantes.

São Paulo lidera o ranking das 10 cidades mais populosas com 11.895.593 habitantes. Em seguida estão Rio de Janeiro (6.453.682), Salvador (2.902,927), Brasília (2.852.372), Fortaleza (2.571.896), Belo Horizonte (2.491.109), Manaus (2.020.301), Curitiba (1.864.416), Recife (1.608.488) e Porto Alegre (1.472.482).

G1

Ministros do STF querem salários de 35,9 mil reais



Beatriz Bulla e Mariângela Galucci, Estadão

Em sessão administrativa sem transmissão pela TV Justiça, ministros do Supremo Tribunal Federal aprovaram ontem o envio ao Congresso de projeto de lei propondo o reajuste dos próprios salários para R$ 35.919 a partir de janeiro de 2015. Hoje ganhando R$ 29.462,25 mensais, eles já têm garantida por meio de lei remuneração de R$ 30.935 para o próximo ano. A diferença entre o salário atual e o futuro poderá ser de 22%.

Como no Brasil o teto salarial do funcionalismo público é a remuneração dos ministros do STF, se a proposta for aprovada, haverá um efeito cascata, garantindo aumentos nos rendimentos de integrantes de toda a magistratura e dos outros Poderes. Ministros do Superior Tribunal de Justiça, por exemplo, recebem salário correspondente a 95% da remuneração do STF.

Procurador-geral dá parecer favorável à revisão da Lei da Anistia



Chico Otavio, O Globo

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em parecer encaminhado ontem ao Supremo Tribunal Federal (STF), disse que a Lei da Anistia não pode impedir as investigações de crimes de lesa-humanidade cometidos no Brasil. A manifestação de Janot foi motivada pela Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 320, ajuizada pelo PSOL.

O partido sustenta que, passados quatro anos, o Brasil ainda não cumpriu a sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos em decorrência de crimes cometidos na chamada Guerrilha do Araguaia, no Caso Gomes Lund.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Farsa na CPI: cai o chefe de gabinete da Petrobras


José Eduardo Barrocas, chefe do escritório em Brasília, participou do teatro armado pelo governo e por petistas para fraudar depoimentos à CPI


TEATRO: Parecia uma encenação — e era mesmo. As perguntas que seriam feitas pelos parlamentares ao ex-presidente da Petrobras Sergio Gabrielli foram enviadas a ele antes do depoimento por José Eduardo Barrocas, chefe do escritório da estatal em Brasília, que aparece no detalhe da foto

José Eduardo Barrocas, chefe do escritório da Petrobras em Brasília, deixou o cargo. Homem de confiança da presidente da estatal, Graça Foster, ele aparece num vídeo revelado por VEJA debatendo perguntas que seriam feitas por parlamentares durante a CPI do Senado para investigar denúncias na empresa.

Na gravação, Barrocas afirma que enviou o "gabarito" com os questionamentos a Graça Foster. Desta forma, os depoentes teriam conhecimento prévio das perguntas que lhes seriam feitas pelos senadores.

Graça Foster e Sergio Gabrielli, seu antecessor no cargo, receberam o gabarito antes de prestar depoimento. Barrocas, que dizia falar em nome de Graça, fez saber a Marcos Rogério de Souza, secretário parlamentar do bloco governista no Senado, que não seriam toleradas perguntas sobre os contratos firmados entre a Petrobras e uma empresa do marido dela, Colin Vaughan Foster. Graça foi inquirida durante três horas e, efetivamente, nenhuma pergunta a respeito do marido foi formulada. (Com Estadão Conteúdo)

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Governo prevê em 2015 salário mínimo de R$ 788,06


Proposta orçamentária deverá ser votada até o final do ano

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse nesta quinta-feira que o valor do salário mínimo a partir de janeiro de 2015 será de 788,06 reais, aumento de 8,8% em relação ao deste ano (724 reais). A estimativa anterior era de 779,79 reais. O impacto para as contas públicas no próximo ano, segundo a assessoria da ministra, será de 22 bilhões de reais.

Miriam entregou nesta manhã o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) do próximo ano ao presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Segundo ela, a correção se baseou na regra atual, que calcula o valor a partir da variação da inflação do ano anterior, além do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.

A ministra disse que a proposta orçamentária terá como eixo saúde, educação, combate à pobreza e investimentos em infraestrutura. O texto apresentado pelos ministérios do Planejamento e Fazenda está em mãos, agora, do Congresso Nacional. Segundo Miriam, o presidente do Senado comprometeu-se a aprovar a proposta orçamentária até o final do ano, dentro do prazo legal.

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NO JN, MARINA PASSA SUFOCO PARA EXPLICAR USO DE JATO


Marina Silva (PSB), candidata à Presidência da República durante entrevista ao 'Jornal Nacional'

Novidade nas eleições à Presidência da República, Marina Silva (PSB) enfrentou seu mais duro momento nesta quarta-feira desde que entrou na disputa, após a morte de Eduardo Campos num acidente aéreo, no dia 13 de agosto. Entrevistada na bancada do Jornal Nacional, Marina não conseguiu explicar o empréstimo do jato usado por Campos durante a campanha – a Polícia Federal investiga se a aeronave foi comprada com dinheiro de caixa dois empresarial ou do PSB.

As quatro primeiras perguntas foram dedicadas ao tema, o que deixou a candidata visivelmente incomodada. Pressionada, Marina tentou dar uma nova roupagem à nota vazia divulgada nesta semana pelo PSB, segundo a qual o avião foi emprestado por empresários para a campanha e o pagamento pelo uso seria feito mais tarde. ”Nós tínhamos a informação de que era um empréstimo, cujo ressarcimento seria feito no prazo legal, o que, segundo a Justiça Eleitoral, pode ser feito até encerramento da campanha”, disse a ex-senadora.

Oficialmente, o jato Cessna Citation 560XL estava no nome do grupo AF Andrade, cujos proprietários negavam relação com Campos. “A aeronave de prefixo PR-AFA, em cujo acidente faleceu seu presidente, Eduardo Henrique Aciolly Campos, nosso candidato à Presidência da República, teve seu uso — de conhecimento público – autorizado pelos empresários João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho e Apolo Santana Vieira”, afirmou Roberto Amaral, presidente nacional do PSB. De forma evasiva, Marina disse ainda não ter conhecimento de nenhuma ilegalidade sobre aos proprietários e defendeu a investigação que está sendo conduzida pela PF. “Nosso interesse e determinação é que as investigações sejam feitas com todo rigor para que não se cometa injustiça com a memória de Eduardo.”

Sem apresentar nenhuma de suas propostas de campanha durante a entrevista, a candidata mostrou mais segurança e alívio ao responder os demais questionamentos, aproveitando para narrar sua trajetória. Filha de seringueiros, Marina cresceu no Acre, enfrentou diversas doenças e só foi alfabetizada aos dezesseis anos. “Talvez você não conheça bem a minha trajetória, eu faço questão de explicar porque você tem um certo desconhecimento sobre o que significa ser senadora do cenário de onde vim. No meu Estado, para vencer uma eleição era preciso ser filho de ex-governador, ter um rádio ou um jornal para falar bem de si”, disse, ao ser questionada sobre a derrota para seus adversários durante a disputa presidencial em 2010, quando concorreu ao cargo pelo Partido Verde.

Marina minimizou o conflito de opiniões com seu vice, o deputado federal Beto Albuquerque, sobre temas como cultivo de transgênicos. ”Essa historia de que a Marina é intransigente não é tão verdadeira assim”, disse, tentando livrar-se da pecha de ser inflexível. Ao final da entrevista, Marina defendeu a necessidade de reforma política e disse que não disputará a reeleição caso seja eleita em outubro. “Eu quero ser a primeira presidente que assume o compromisso de que não vai buscar uma nova eleição. Não quero ter um mandato que comprometa o futuro das próximas gerações”, disse.

GOVERNO PRESSIONA E MAIORIA DO TCU LIVRA GRAÇA DE BLOQUEIO DE BENS


A presidente da Petrobras, Graça Foster, durante audiência conjunta no Senado em Brasília, para prestar esclarecimentos sobre denúncias envolvendo a estatal

Depois de intensa pressão do Palácio do Planalto, o governo conseguiu nesta quarta-feira maioria entre os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) e a Corte rejeitou incluir a presidente da Petrobras, Graça Foster, entre as autoridades que deveriam ter os bens bloqueados por ter participado, pelo menos em uma fase, da desastrada compra da refinaria de Pasadena, no Texas. Até o momento, cinco ministros votaram por excluir Foster e o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, Jorge Zelada, do bloqueio de bens, mas um pedido de vista do ministro Aroldo Cedraz interrompeu a conclusão do julgamento. O caso deverá ser retomado em até duas semanas.

A operação Pasadena, considerada uma das mais malfadadas da história da estatal, impôs à empresa prejuízo de 792 milhões de dólares. O plenário do TCU já havia isentado de responsabilidades a presidente Dilma Rousseff e os demais integrantes do Conselho de Administração da empresa na época do negócio, mas ainda discutia, sob ampla pressão do Executivo, se Foster deveria ou não ter os bens bloqueados. Mesmo livre da indisponibilidade de bens, considerada uma medida extrema pela maior parte dos ministros do TCU, Foster deverá apresentar defesa ao TCU sobre a compra da unidade de refino no Texas.

Nesta quarta-feira, a indisponibilidade de bens de Graça Foster foi defendida pelos ministros José Jorge e Augusto Sherman, que consideraram que a atual presidente da Petrobras teria responsabilidade por um prejuízo de 92,3 milhões de dólares amargado pela petroleira após a diretoria executiva ter decidido, em 2009, descumprir a sentença arbitral que obrigava a empresa a comprar a segunda metade da refinaria de Pasadena.

Quase 60% dos brasileiros voltam a dever um ano após quitar dívida


Alyne Bittencourt, O Globo

Um levantamento da Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) indica que 59,2% dos consumidores que limparam o nome voltaram à lista de inadimplentes um ano depois da quitação dos débitos. Quando a análise leva em conta apenas os três meses seguintes à regularização das pendências, o índice de pessoas que voltaram para o cadastro de devedores é de 35,3%.

Em junho de 2013, 57,2% dos consumidores reincidia na lista 12 meses após a quitação (dois pontos percentuais a menos do que em 2014). Quando levados em conta apenas os três primeiros meses após a regularização do pagamento, o percentual era de 33,2% (uma diferença de 2,1 pontos percentuais em comparação com 2014).

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Aécio: “Brasil já pagou muito caro pela inexperiência dos que estão hoje no poder”


Por Bruna Fasano, na VEJA.com:

No dia seguinte à pesquisa Ibope que apontou Marina Silva (PSB) com 29% das intenções de voto na corrida pelo Planalto, o tucano Aécio Neves endureceu o tom contra a ex-senadora. “O Brasil não é um país para amadores”, afirmou nesta quarta-feira, em referência à adversária. Em evento que marcou o lançamento de uma plataforma para jovens voluntários no comitê estadual do PSDB, Aécio procurou salientar a inexperiência de Marina e classificou as propostas tucanas como “mais consistentes”. “O Brasil pagou muito caro pela inexperiência daqueles que hoje estão no poder. E eu acredito que não vai querer correr novos riscos. Nós somos a mudança segura, responsável e com os melhores quadros”, disse o tucano, alvo da artilharia da candidata do PSB no primeiro debate entre presidenciáveis na TV. “O Brasil não é um país para amadores”, completou.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Marina abre 10 pontos sobre Aécio e venceria Dilma no 2º turno

O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://politica.estadao.com.br/noticias/eleicoes,marina-abre-10-pontos-sobre-aecio-e-venceria-dilma-no-2-turno,1549932O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://politica.estadao.com.br/noticias/eleicoes,marina-abre-10-pontos-sobre-aecio-e-venceria-dilma-no-2-turno,1549932O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://politica.estadao.com.br/noticias/eleicoes,marina-abre-10-pontos-sobre-aecio-e-venceria-dilma-no-2-turno,1549932



Pesquisa Ibope contratada pelo 'Estado' e pela Rede Globo mostra candidata do PSB 9 pontos à frente da presidente em disputa direta

Como substituta de Eduardo Campos na candidatura a presidente pelo PSB, Marina Silva chegou a 29%, segundo nova pesquisa Ibope encomendada pelo Estado e pela Rede Globo. A ex-ministra se isolou na segunda colocação e ficou a cinco pontos porcentuais atrás da presidente Dilma Rousseff (PT), que ainda lidera sozinha, com 34%. Aécio Neves (PSDB) está com 19%, em terceiro lugar. Em um segundo turno, se a eleição fosse hoje, Marina seria a vencedora.

A margem de erro máxima da pesquisa é de 2 pontos porcentuais, para mais ou para menos. Não há empate técnico no primeiro turno, porque Marina poderia ter no máximo 31% e Dilma, no mínimo 32%. Nem Aécio poderia estar em segundo lugar, porque chegaria no limite da margem a 21%, enquanto Marina teria ao menos 27%.

Leia a integra em O Estado de São Paulo

Pela 1ª vez, Vaticano vai julgar ex-arcebispo por abuso sexual


Jozef Wesolowski, acusado de pedofilia
Jozef Wesolowski, acusado de pedofilia

Jozef Wesolowski, ex-arcebispo polonês e ex-núncio que foi destituído do sacerdócio após denúncias de abuso sexual de crianças, perdeu a imunidade diplomática e será julgado no Vaticano. Ele também poderá passar por um julgamento na República Dominicana, informou a assessoria de comunicação da Santa Sé, em Roma. Será a primeira vez que o Vaticano irá julgar criminalmente um caso de abuso sexual.

Em um comunicado divulgado na noite de segunda-feira, o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, negou que o Vaticano, ao chamar Wesolowski de volta a Roma no ano passado, quando ele ainda era um diplomata em Santo Domingo, tentava encobrir o caso. "Longe de qualquer intenção de encobrimento, essa ação demonstra o compromisso pleno e direto de responsabilidade da Santa Sé, mesmo em um caso tão grave e delicado", disse Lombardi.

Wesolowski está sendo investigado na República Dominicana, onde atuou como núncio (representante diplomático do Vaticano), sobre as acusações de pagamento de meninos para a prática de atos sexuais. Em junho, um tribunal do Vaticano destituiu o ex-arcebispo do sacerdócio, o que significa que ele foi reduzido ao status de um leigo e não pode mais ser padre.

Leia mais em Veja.com

Tribunal inocenta coronel da PM do caso Pinheirinho


Desocupação do Pinheirinho, em São José, em janeiro de 2012 - Foto: Roosevelt Cássio/Divulgação

O Tribunal de Justiça do Estado negou provimento ao recurso do Ministério Público no último dia 14, mantendo a inocência do coronel Manoel Messias de Mello, da Polícia Militar, da acusação de abuso de autoridade na desocupação do Pinheirinho, em São José.

A peça da Promotoria cita o coronel, então comandante regional da PM do Vale do Paraíba, como responsável por excessos durante a ação, em janeiro de 2012.

No acórdão, o desembargador-relator José Orestes de Souza Nery até admite eventuais exageros, mas isenta o coronel.

“Não afasto a possibilidade de abusos terem sido cometidos, no calor dos fatos e em casos particulares-alguns deles narrados nas denúncias. Mas daí imputá-los à responsabilidade do denunciado, ao meu ver, é absolutamente despropositado.” 

Nery argumenta que faltaram provas da culpa de Mello. “A chamada teoria do domínio do fato depende, para ser aplicada, de prova de dolo ou culpa do agente hierarquicamente superior. A imputação se fundamenta mais em presunções do que na existência efetiva de elementos probatórios.” 

Em frase polêmica, o desembargador admite que houve a necessidade de violência. “Muitas famílias tiveram toda a possibilidade de deixar o local pacificamente, mas preferiram o confronto. Nesse caso, o enfrentamento foi inevitável e certa violência teve de ser exercida.”

DATENA INVADE ESTÚDIO E XINGA MILTON NEVES AO VIVO



O apresentador José Luiz Datena não gostou de um comentário feito por Milton Neves no domingo (24) na Rádio Bandeirantes. Ele chegou a invadir o estúdio do “Domingo Esportivo Bandeirantes” para tirar satisfações com o colega de emissora.

A confusão entre os dois começou quando Milton e o comentarista Neto conversavam sobre José Hidalgo Neto, o Capitão Hidalgo. Eles disseram que Datena morou com o ex-jogador em Coritiba no passado.

“Sabe quem morou na casa do Hidalgo em Curitiba e tava desempregado na vida? Zé Luiz Datena. Morou na casa do Hidalgo, filou boia lá e até hoje ele é grato. Porque tem muito ingrato por aí que não olha para trás, mas o Datena agradece o Hidalgo (…) Quero mandar um abraço para o Datena, que ama o Hidalgo, que ainda não era essa grande estrela da televisão brasileira (…) O Hidalgo tem maior orgulho de ter sido seu companheiro na fria e maravilhosa Curitiba. Grande Datena, deitou e rolou também no Paraná antes de virar essa estrela nacional”, disse.

Em seguida, foi possível ouvir ao fundo a voz de Datena no estúdio. “Que m… é essa que você falou? Que m… é essa aí, cara? É o c…”, disse, aos gritos. O programa então foi imediatamente interrompido para entrada de comerciais.

Por conta do incidente, a Band resolveu suspender Datena por dois dias. O repórter Lucas Martins foi designado para substituí-lo nesta segunda e na próxima terça, segundo o Uol. A direção da emissora não pretende se manifestar publicamente sobre o caso. Já Datena se pronunciou.

“A Bandeirantes é a minha casa e acato com o maior respeito e carinho qualquer decisão da direção. Afinal, quando tomei a decisão de voltar para lá, já tinha optado pelo lugar onde pretende encerrar a minha carreira. Para mim, o assunto está encerrado. Não guardo mágoas do Milton e nem de qualquer outro companheiro da Band”, disse o apresentador. 

O QUE ESPERA AÉCIO PARA REAPRESENTAR O VÍDEO QUE DESMONTA A VIGARICE FRANCISCANA?



Por Augusto Nunes

Direto ao Ponto

Pouco antes de oficializar a candidatura à Presidência da República, o senador Aécio Neves usou o horário reservado na TV à propaganda partidária para escancarar o estelionato eleitoreiro reprisado desde 2006. O vídeo de 34 segundos, de janeiro deste ano, mostra que a transposição das águas do São Francisco é conversa de 171. A obra só avança nos cronogramas fictícios do PAC e imaginação dos embusteiros, que prometem concluir o monumento à inépcia logo depois da próxima eleição.

Na semana passada, Dilma resolveu inaugurar de novo o colosso reduzido a ruínas sem ter existido. O que espera Aécio Neves para reprisar o vídeo que desmoraliza a vigarice franciscana? (Veja)

O Brasil não pode mais perder 50 mil vidas para a violência



Dados do mais recente Mapa da Violência indicam que, em 2012, 56.337 pessoas foram vítimas de homicídio no Brasil. A taxa de pessoas assassinadas naquele ano foi maior do que em 2011 e a mais alta dos últimos 11 anos. Ou seja, o problema não é grave somente em função do total de vidas perdidas a cada ano, mas também porque o país não está conseguindo reverter esse quadro.

Os jovens brasileiros são os mais atingidos; os homicídios respondem por praticamente 40% das mortes deste grupo. Os custos econômicos e sociais das mortes violentas de jovens são altíssimos. Um estudo do IPEA (2013) demonstrou que a violência letal pode reduzir a expectativa de vida de homens ao nascer em até quase três anos e que o custo dessas mortes prematuras é de cerca de R$ 79 bilhões a cada ano, o que corresponde a cerca de 1,5% do PIB nacional.

Leia mais em El País

Youssef decide não negociar delação premiada



O último privilégio dos presos ilustres da Operação Lava Jato é o de poder escolher seu próprio caminho para o inferno. O doleiro Alberto Youssef optou por uma trilha diferente da que foi escolhida pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Após reunir-se com Youssef, seu advogado, Antonio Figreiredo Basto, informou que ele preferiu descartar a hipótese de propor à Procuradoria um acordo de delação premiada.

Youssef “não tem nada a colaborar com a Justiça”, disse o doutor. Prefere guerrear na Justiça. Nos próximos, protocolará novas petições na Justiça Federal. Numa sustentará, por exemplo, que os grampos telefônicos que fisgaram seu cliente são ilegais. Noutra, argumentará que o processo não poderia correr no Paraná, mas em Pernambuco, onde está asssentada a refinaria Abreu e Lima, sob suspeição. Com esse tipo de alegação a defesa de Youssef tentará anular o processo contra ele.

Blog do Josias

PRESIDENCIÁVEIS EM DEBATE, HOJE, ÀS 22 HORAS, NA BAND


Ricardo Boechat vai apresentar o debate / Divulgação

A Band realiza hoje à noite o primeiro debate entre os candidatos à presidência. Pela primeira vez, estarão frente a frente: Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB), Aécio Neves (PSDB), Pastor Everaldo (PSC), Luciana Genro (PSOL), Eduardo Jorge (PV) e Levy Fidelix (PRTB).

O encontro acontecerá nos estúdios da Band no Morumbi, em São Paulo, a partir das 22 horas. O Portal da Band vai transmitir ao vivo o encontro. O internauta também poderá conferir os bastidores, a partir das 20 horas, e uma análise especial com dois cientistas políticos, após o evento.

As regras já foram definidas – serão seis blocos. A apresentação será do âncora do Jornal da Band, Ricardo Boechat.

Fonte: Band

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Invasões de sem-teto atrasam entrega de casas populares e encarecem custo para “contribuinte”


Invasões de sem-teto emperraram a entrega de 1.427 moradias a famílias de baixa renda de São Paulo pelo programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida.

As unidades foram invadidas em 2013, a dois meses de serem entregues, e destruídas quando os invasores foram retirados pela polícia.

Após serem depredadas e incendiadas, as habitações estão sendo reformadas e não há previsão de quando irão para seus verdadeiros donos. Ao todo, 1.858 unidades de oito condomínios foram invadidas na zona leste da capital em julho do ano passado e as chaves de apenas 431 delas foram entregues aos donos. A Polícia Federal e o Ministério Público investigam a suspeita de formação de quadrilha na ação.

Na época das invasões, as unidades estavam prontas. Faltavam apenas ligações de água e esgoto para que pudessem ser habitadas pelas famílias que esperam há anos por uma moradia ou vivem em áreas de risco.

[...]

“Vai demorar mais para reformar do que para construir. Teremos de quebrar paredes para refazer fiações, trocar pisos. Vai dar um trabalhão”, disse um engenheiro da obra, que pediu anonimato.

A Caixa Econômica Federal disse que ainda não há estimativa de quanto vai gastar com as reformas dos apartamentos destruídos.

O que acrescentar? Há quem “pense” que o movimento sem-teto luta pelos interesses dos mais pobres. Há quem “pense” que Guilherme Boulos, o líder do MTST, quer realmente melhores moradias para os trabalhadores humildes. Tudo uma piada de mau gosto.

Funciona assim: o governo cobra altos impostos dos trabalhadores de classe média para oferecer casas populares para os mais pobres. No meio do caminho, há a cara burocracia, os políticos em busca de holofotes eleitorais, e malandros oportunistas que lideram uma massa de manobra para furar a fila de espera das casas.

De vez em quando, como podemos ver, esses malandros invadem e depredam as próprias casas populares, prejudicando justamente os mais pobres e os trabalhadores da classe média, que terão de pagar pelo conserto.

O mais triste de tudo é ver que esses invasores, em vez de acabarem presos, ganham até coluna no maior jornal do país, enquanto os artistas e “intelectuais” os chamam de “movimento social”. É dureza…

Aos 86 anos, morre o empresário Antônio Ermírio de Moraes



G1

Morreu na noite deste domingo (24) em São Paulo, aos 86 anos, o empresário e presidente de honra do Grupo Votorantim, Antônio Ermírio de Moraes. Segundo informações da assessoria de imprensa da empresa, ele morreu em sua casa, no Morumbi (Zona Sul), por insuficiência cardíaca.

O corpo do empresário será velado a partir das 9h desta segunda-feira (25) no Salão Nobre do Hospital Beneficência Portuguesa. A partir das 16h, o cortejo deve seguir ao Cemitério do Morumbi, onde o emprersário vai ser sepultado. Antônio deixa a esposa, Maria Regina Costa de Moraes, e nove filhos.

Em nota, o Grupo Votorantim afirmou que perdeu um "grande líder" que "defendia o papel social da iniciativa privada para a construção de um país melhor".

O empresário nasceu em São Paulo em 1928. Seu pai, o engenheiro pernambucano José Ermírio de Moraes, criou o Grupo Votorantim, comprando as ações de uma empresa de tecelagem.

Antônio Ermírio se formou em engenharia metalúrgica pela Colorado School of Mines (EUA). Iniciou sua carreira no Grupo Votorantim em 1949, ajudando a empresa a se destacar na produção de cimento, extração de alumínio, agronegócio e finanças. Em 1955, Moraes foi o responsável pela instalação da Companhia Brasileira de Alumínio.

O empresário também teve atuação de destaque na área social. Por 40 anos presidiu a diretoria-administrativa do Hospital Beneficência Portuguesa, que entre seus serviços presta atendimento a pessoas de baixa renda. Ocupava o cargo de presidente de honra do hospital.

No campo das artes, Antônio Ermírio escreveu três peças de teatro e diversos livros, ganhando uma cadeira na Academia Paulista de Letras.

Em 1986, candidatou-se ao cargo de governador de São Paulo pelo PTB e ficou em segundo lugar, atrás de Orestes Quércia (PMDB).

Em 2013, a vida do empresário foi retratada pelo sociólogo José Pastore em uma biografia: "Antônio Ermírio de Moraes: Memórias de um Diário Confidencial".

No ano passado, Antônio Ermírio de Moraes e família apareceram entre os 100 maiores bilionários do mundo, segundo ranking da Forbes, com fortuna avaliada em US$ 12,7 bilhões.

Veja a íntegra da nota do Grupo Votorantim:

É com grande pesar que o Grupo Votorantim comunica o falecimento do Dr. Antônio Ermírio de Moraes, aos 86 anos, na noite deste domingo, 24 de agosto, em São Paulo.

Presidente de honra do Grupo Votorantim, Dr. Antônio era engenheiro metalúrgico formado pela Colorado School of Mines (EUA) e iniciou sua carreira no Grupo em 1949, sendo o responsável pela instalação da Companhia Brasileira de Alumínio, inaugurada em 1955.

Com o falecimento do Dr. Antônio Ermírio de Moraes, o Grupo Votorantim perde um grande líder, que serviu de exemplo e inspiração para seus valores, como ética, respeito e empreendedorismo, e que defendia o papel social da iniciativa privada para a construção de um país melhor e mais justo, com saúde e educação de qualidade para todos.

Dr. Antônio deixa a esposa, Dona Maria Regina Costa de Moraes, com quem teve nove filhos. O corpo será velado a partir das 9h desta segunda-feira no Salão Nobre do Hospital Beneficência Portuguesa e o cortejo sairá às 16h rumo ao Cemitério do Morumbi, onde o corpo será enterrado.

No Vale, 42 candidatos esperam aval da Justiça


O Vale

Restando apenas seis semanas para a eleição, 42 dos 101 candidatos a deputado estadual ou federal da RMVale ainda não receberam aval da Justiça Eleitoral para participar da disputa.

Destes, quatro tiveram os seus pedidos de registro indeferidos no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) e devem apostar suas fichas em recursos que serão analisados no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em Brasília.

Encontram-se nessa situação Domingos Sávio da Rocha, o Savinho (PEN), candidato a deputado estadual; Carlos Alberto de Souza, o Casquinha (PV); Cláudio Kal (PSOL) e Marcos Roberto Florêncio (PTB), candidatos a deputado federal.

Dos quatro, Casquinha está em pior situação: devido a contas rejeitadas durante a sua gestão como prefeito de Jambeiro (2005-2012), teve o nome enquadrado pela PRE (Procuradoria Regional Eleitoral) com base na Lei da Ficha Limpa.

Risco. Os 38 candidatos restantes aguardam o julgamento de seus pedidos de registro de candidatura no TRE.

Em todos esses casos foi apresentada impugnação pedida pela PRE.

A maioria dos postulantes teve o nome contestado devido a problemas burocráticos e não deve encontrar dificuldades para que suas solicitações sejam deferidas.

Já três deles também foram enquadrados na Lei da Ficha Limpa e correm o risco de terem seus nomes vetados: Estão na lista os deputados estaduais Alexandre da Farmácia (PP) e Marco Aurélio de Souza (PT). O primeiro foi condenado por improbidade administrativa. O segundo teve contas rejeitadas em 2001 e 2006, quando foi prefeito de Jacareí.

Também está na lista Paulo Neme (PSC), ex-prefeito de Lorena, candidato a deputado federal, que também foi condenado por improbidade administrativa e teve contas rejeitadas. Todos negam irregularidades. 

Julgamentos irão extrapolar o prazo
Segundo o calendário eleitoral, o TRE deveria ter julgado até o dia 21 de agosto, última quinta-feira (data em que teve início uma contagem regressiva de 45 até a eleição), todos os pedidos de registro de candidatura de deputados estaduais e federais. Porém, o Tribunal alega que isso não foi possível devido ao grande número de postulantes (3.605).

Os tons de Dilma – Quem tem Paulo Roberto Costa tem medo. Ou: Hora de começar a combater Marina


A presidente Dilma Rousseff concedeu uma entrevista coletiva neste domingo no Palácio da Alvorada. Operou duas mudanças de tom, constrangida pela realidade. Na quinta-feira, em Pernambuco, afirmou que as acusações de corrupção na Petrobras constituíam uma agressão à empresa, atribuiu tudo ao jogo eleitoral e fez uma defesa meio bronca de Graça Foster. No dia seguinte, o engenheiro Paulo Roberto Costa, que está preso, fez um acordo de delação premiada. Vamos ver. Pode não dar em nada. Podem sair cobras e lagartos. Dilma então resolveu se precaver.

Ajustou a sua fala à realidade e afirmou o seguinte neste domingo: “Se pessoas cometeram erros, malfeitos, crimes, atos de corrupção, isso não significa que as instituições tenham feito isso. Não se podem confundir as pessoas com as instituições”. Certo, presidente! E quem é que estava confundindo? Ninguém. A delação premiada de Costa está deixando muita gente em pânico. Não se sabe até onde ele está disposto a ir.

Dilma também mudou um pouco o tom em relação a Marina Silva, candidata do PSB à Presidência. Ou melhor: passou a assumir um tom. Desde a morte de Eduardo Campos, os petistas a vinham ignorando em falas públicas. Num comício em Recife, no sábado, a candidata da Rede, que concorre pelo PSB, afirmou que um presidente da República não precisa ser um gerente — afirmação, diga-se, que havia sido feita pela empresária marineira Maria Alice Setúbal em entrevista à Folha.

Dilma afirmou: “Essa história de que o governo não precisa ter cuidado com a execução de suas obras ou obrigação de entregá-las é uma temeridade. Acho que o pessoal está confundindo o presidente da República com algum rei ou rainha”.

Vamos lá. Acho que Maria Alice e Marina estão escandalosamente erradas quando criticam o perfil de “gerente” de um presidente da República. Ora, se um governante não sabe “gerir” — que é o verbo do substantivo “gerência” —, então sabe o quê? Fazer discurso? Nesse particular, a presidente está certa. Mas só nesse particular.

O problema de Dilma não é ser uma gerente, mas ser uma má gerente, entenderam o ponto? A reputação da presidente, nesse particular, sempre foi superfaturada. Já escrevi aqui que ela foi, sim, extremamente competente em criar a fama de… competente. Mais: está naquele grupo de pessoas que, por serem enfezadas, passam por muito capazes.

Ora, se Marina, então, se eleger presidente da República, devemos imaginar o quê? Que vai dar apenas diretrizes espirituais, deixando a gestão do governo a cargo de uma burocracia cinzenta, enquanto ela fabrica metáforas, metonímias e prosopopeias? Além da independência do Banco Central, teremos também a independência dos ministérios da Fazenda, Planejamento, Saúde, Educação… A gerentada fica lá, e a presidente vira a nossa líder espiritual? O Brasil precisa, sim, de gerência, mas de boa gerência.

Voltemos à Petrobras: vocês acham que, com uma gerência decente e profissional, a empresa estaria vivendo essa crise?

Por Reinaldo Azevedo

“ELIMINAR ‘Ç, ‘CH’ ‘SS’ É UMA GRANDE BESTEIRA, DIZ LINGUISTA


Grupo de trabalho no Senado vai analisar implantação da reforma ortográfica e propor mais mudanças

Nesta semana, uma discussão sobre (mais) uma nova reforma ortográfica da língua portuguesa veio a público revelando uma proposta esdrúxula. Segundo a versão que circulou, um grupo do Senado defenderia uma “simplificação” do idioma escrito propondo para isso que palavras grafadas com “ç”, “ss”, “sc” e “xc” passassem a ser redigidas exclusivamente um “s”; o “h” no início das palavras, por sua vez, seria suprimido — “homem” viraria “omem”. Isso evitaria confusões na hora de escrever. O senador Cyro Miranda (PSDB-GO), presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esportes do Senado Federal, que de fato debate uma revisão da reforma que entrou em vigor em 2009, nega que defenda a aposentadoria do “ç”, “ss”, “xc” e assim por diante. “Tudo não passou de um mal-entendido”, diz Miranda.

Segundo ele, a proposta é de autoria de Ernani Pimentel, professor de língua portuguesa, dono da rede de cursos preparatórios Vesticon. Pimentel faz parte do grupo de trabalho técnico do Senado formado em 2013 para revisar o acordo ortográfico de 2009. Também fazem parte do grupo os senadores Ana Amélia Lemos (PP-RS) e Cristovam Buarque (PDT-DF) e o também professor Pasquale Cipro Neto. “As ideias do Pimentel não representam a opinião do grupo. Não há nenhuma proposta nesse sentido tramitando na Casa”, diz Miranda.

Defendida pelo senador ou não, ideia de mexer no “ç” e no “h” não encontra amparo junto a um dos maiores linguistas do Brasil. “É uma grande besteira. A ortografia é influenciada tanto pela história da língua como por seu registro oral. Ela guarda suas raízes latinas e gregas e não pode ser alterada apenas levando em conta a fala atual”, diz Ataliba de Castilho, assessor do Museu da Língua Portuguesa e professor das Universidade de São Paulo (USP) e Estadual de Campinas (Unicamp).

Simon decide disputar reeleição para o Senado



Em reunião encerrada perto das 23h deste domingo (24), o senador Pedro Simon cedeu à pressão do PMDB gaúcho e disputará a reeleição para o Senado. Ele substituirá Beto Albuquerque (PSB), que abdicou da candidatura de senador na semana passada, para compor a chapa presidencial de Marina Silva, na posição de vice.

Com 85 anos, Simon havia anunciado a aposentoria para 31 de janeiro, quando termina seu atual mandato. Nos últimos dias, invocava a idade para se esquivar das pressões. Dizia que seu médico, Fernando Lucchese, desaconselhara sua participação em mais uma campanha eleitoral. Súbito, aposentou a ideia de se aposentar.

Coube ao candidato do PMDB ao governo do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, anunciar a meia-volta: “Houve uma convergência de todos os oito partidos da coligação para o nome do senador Pedro Simon”, disse ele, ao final da reunião realizada na noite passada na sede do diretório gaúcho do PMDB.

O retorno de Simon ao jogo será formalmente anunciado em entrevista programada para esta segunda-feira (25), em Porto Alegre. O movimento deve embaralhar a corrida para o Senado no Estado, hoje polarizada entre os candidatos Lasier Martins, do PDT, e Olívio Dutra, do PT.

Além de pedir votos para si, Simon reforçará o palanque de Marina Silva. Coligado com o PSB, o PMDB gaúcho apoiava a candidatura presidencial de Eduardo Campos. Com a morte dele, transferiu o apoio para Marina. Mas a transferência foi apenas formal.

Na prática, um pedaço da legenda decidiu trabalhar em favor do presidenciável tucano Aécio Neves. Outro naco do PMDB gaúcho, minoritário, prefere a reeleição de Dilma Rousseff. Não porque morre de amores por ela, mas para prestigiar o vice-presidente Michel Temer.

domingo, 24 de agosto de 2014

No Brasil, 80% das estradas não contam com pavimentação



Pelos quase 1,7 milhão de quilômetros de estradas que cortam o Brasil escoa 58% do volume nacional de cargas. No entanto, 80,3% — mais de 1,3 milhão de km — não são pavimentadas. Ao todo, o país tem 12,1% de rodovias pavimentadas; os outros 7,6% são vias planejadas, isto é, ainda não saíram do papel.

Dividida por esfera de jurisdição, a malha rodoviária sob responsabilidade dos municípios é a que menos tem estradas pavimentadas, apenas 2%. Nas que estão na esfera estadual, a pavimentação não passa de 43,5%. As federais, por sua vez, têm 54,2% das vias asfaltadas.

Os dados, de junho deste ano, são do Sistema Nacional de Viação, do Ministério dos Transportes, e incluem a rede rodoviária administrada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), concessões, convênios e MP-082.

Leia mais em O Globo

O ‘faço porque posso’ de Graça Foster



Elio Gaspari, O Globo

Quem acompanha a desenvoltura do comissariado petista habituou-se a conviver com notícias chocantes. Assessor de deputado com dólares na cueca ou o vice-presidente da Câmara voando no jatinho de um doleiro. Ainda assim, pode (se quiser) atribuir esses malfeitos às deficiências do gênero humano. Aí, aparecem os repórteres Vinicius Sassine, Eduardo Bresciani e Demétrio Weber e informam:

Entre março e abril, a presidente da Petrobras, Graça Foster, doou a seus dois filhos um apartamento no Rio Comprido, outro em Búzios e uma casa na Ilha do Governador. (A mesma generosidade bafejou Nestor Cerveró, diretor da Petrobras, levando-o a doar aos filhos e a um neto dois apartamentos no Leblon e outro em Ipanema.)

Desde 2012 o Tribunal de Contas da União investigava a encrenca da Petrobras na compra da refinaria de Pasadena, que poderia resultar no bloqueio de bens do petrocomissariado. Ele efetivamente ocorreu, meses depois das doações. Na quarta-feira, quando o TCU decidia se deveria bloquear também o patrimônio de Graça Foster, veio a informação da transferência dos bens. “É grave, porque é como se fosse uma tentativa de burlar o caso”, disse o ministro José Jorge, relator do processo no Tribunal

sábado, 23 de agosto de 2014

O ATO E O FATO


Brasilino Neto
PACTO SOCIAL

Nós brasileiros, como dizia o saudoso Sérgio Porto, o Stanislau Ponte Preta, “temos uma memória de carnaval, ou seja, dura apenas três dias”. 

Dizemos tristemente isto, pois começamos a ser coagidos pelas entediantes e pouco proveitosas propagandas políticas, que são repetições de promessas de anos e anos, e o que é pior, pela grande maioria das mesmas caras lavadas de políticos que estão ai repetidamente nos enganando e nós gostando, tanto que os reelegemos.

Precisamos urgentemente mudar este comportamento passivo (para não dizer omisso) que temos e propor e buscar meios para que estas cantilenas desafinadas cheguem ao fim, que tenhamos determinação e conduta, que formemos um pacto para rever nossos conceitos como eleitores, de modo que voltemos a pensar e a agir como ente que faz parte de um todo e não individuado.

Que façamos um acordo com as pessoas que compõem nossa comunidade, de forma a unirmos forças e congregarmos nossos anseios e, com isto, defendermos os interesses que cada um tem neste contexto sem impor uma descaracterização da individualidade de cada membro que a compõe e sem perder de vista o interesse da comunidade. 

É um Pacto Social. 

E para que isto seja possível e factível, e se tenha sucesso, é necessário que cada pessoa da comunidade nela aplique suas forças, a proteja e defenda, unindo-se num esforço em favor de todos.

É, pois o Pacto Social “o momento que cada um de nós põe em comum sua pessoa e todo o seu poder sob a suprema direção e vontade geral; cada membro como parte indivisível do todo”.

É ele, em síntese, a moral aplicada na estória dos “Três Mosqueteiros”, quando adotam o “um por todos e todos por um”.

Colocado em prática este plano, com certeza diminuiremos as agressividades que estão patentes e latentes em nosso cotidiano, pois a perda do sentido e da importância da vida, quando vemos que se mata por um par de tênis, ou por uma simples discussão de trânsito, em total desprezo à vida, e com isto atenderemos os princípios ditados no Decálogo de Santo Tomás de Aquino, que impõe a preservação da Vida e da Liberdade.

Façamos um pacto de bem escolher e viver, pois fazendo isto seremos parte integrante e atuante do “Pacto Social” e faremos a sociedade ser mais justa e perfeita, nos moldes pregados por diversos filósofos nos séculos XVI e XVIII e atuais, como Thomas Hobbes, John Locke, Jean-Jacques Rousseu.

Mas façamos agora, sobretudo, nas vésperas de eleições gerais, um pacto conosco mesmo o que, por consequência redundará em favor de todos, bem avaliando os políticos que estão se apresentando, observando especialmente os novos por suas ideias e ideais e aos que postulam reeleição com uma análise do que realmente fizeram nos mandatos que findam e se merecem continuar nossos representantes.

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Delação joga Petrobras no ventilador de 2014



Há muito mais em jogo na delação prometida por Paulo Roberto Costa do que a simples prospecção dos podres que se acumulam nas profundezas da Petrobras, abaixo da câmara pré-moral. Se estiver falando sério, o ex-diretor da maior estatal do país está prestes a jogar as petromaracutaias no ventilador da sucessão presidencial de 2014. Uma novidade com potencial para sacudir o coreto da candidatura oficial, espalhando óleo queimado em suas vastas coligações.

Preso em Curitiba, Paulinho, como Lula costumava chamá-lo, conversou nesta sexta-feira (22) com Beatriz Lessa da Fonseca Catta Preta, uma advogada especializada na costura de acordos de delação premiada, nos quais o réu abre seus segredos à Justiça em troca de uma redução da pena. Como se fosse pouco, o doleiro Alberto Youssef informou ao seu advogado, Antônio Figueiredo Basto, que cogita acelerar a velocidade da hélice do ventilador, aderindo à delação.

Até aqui, o Planalto conseguiu deter o derramamento de óleo na pista da sucessão por meio da domesticação de duas CPIs no Congresso. Soltando a língua à vera, Paulo Costa vai mostrar os dentes da engrenagem que move a intermediação de interesses de empreiteiras e fornecedores da Petrobras e o pagamento de propinas a políticos. A implosão desse esquema parece inevitável, como inevitável foi o estouro das milionárias arcas do mensalão.

A inevitabilidade do estrondo é proporcional à octanagem dos papéis colecionados pela Polícia Federal e pelo Ministério Público na Operação Lava Jato. Quebraram-se os sigilos de quase uma centena de contas bancárias. Apalparam-se mensagens eletrônicas de mais de três dezenas de celulares. Afora o papelório novo recolhido nesta sexta em batidas policiais feitas em 13 empresas, os investigadores já dispõem de mais de 80 mil documentos —o grosso ainda por analisar.

O conteúdo é inflamável. Revela uma corrente com quatro elos. Numa ponta, os corruptores. Noutra, os corruptos. No meio, Paulo Roberto promovendo a integração dos extremos e Youssef lavando o dinheiro sujo que migra de uma ponta à outra. Parte dos papeis está codificada. O pedaço já elucidado resultou na abertura de oito processos contra 42 pessoas físicas e jurídicas. Como subproduto, correm na Câmara os pedidos de cassação dos mandatos de André Vargas (ex-PT-PR) e Luiz Argôlo (SD-BA).

A colaboração de Paulo Costa —nesta segunda-feira vai-se saber se Youssef também abrirá o bico— será útil se servir para perfurar a camada de ficção que impede que as sondas da investigação alcancem as camadas mais profundas das maracutaias urdidas na Petrobras. Se funcionar, logo, logo será possível saber quem comprou quem, por quanto e como.

Na noite desta sexta, um personagem otimista da investigação disse ao repórter ter fundadas razões para acreditar que Paulo Roberto será explícito. Nas suas palavras, a prisão produziu na alma do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras um processo de ‘asfixia depressiva’. De resto, o personagem angustiou-se ao perceber que suas estripulias começaram a encrencar amigos e parentes. Entre eles uma filha e o marido dela.

Funcionário de carreira da Petrobras, o engenheiro Paulo Costa foi alçado à diretoria da estatal graças a um câncer chamado “indicação política” —eufemismo utilizado para suavizar a licença que os governos concedem a certos servidores para subordinar o interesse público às conveniências político-privadas de políticos corruptos e logomarcas corruptoras.

Nomeado sob Lula, em 2003, Paulo Roberto sobreviveu na diretoria de Abastecimento da Petrobras até 2012, já na gestão de Dilma Rousseff. Apadrinhou-o PP. Mas a longevidade aproximou-o também do PT e do PMDB, sócios majoritários do condomóinio governista. O personagem tocava as obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

Trata-se do maior projeto em andamento na Petrobras. Iniciado em 2007 com orçamento de US$ 2 bilhões, o empreendimento já sorveu US$ 18,5 bilhões —em reais: R$ 42,2 bilhões. Suspeita-se que o relacionamento com Paulo Roberto tenha acomodado nos arredores do canteiro da obra dois tipos de políticos: os abertamente cínicos e os quer não conseguiram se conter. Os primeiros fizeram caixa dois eleitoral. Os outros engordaram o patrimônio pessoal.

Dependendo da viscosidade do óleo que Paulinho borrifará no ventilador, o prejuízo de Pasadena vai parecer troco. E a cruz que a gestão Lula acomodou nos ombros de Dilma ficará mais pesada. Isso numa fase em que Aécio Neves prega a reestatização da Petrobras e Marina Silva corre por fora entoando o discurso da “nova política”, espécie de samba enredo da terceira via, para o eleitorado que bateu bumbo nas ruas por mudanças.

STF instaura inquérito contra Paulinho da Força


Agência Câmara

O ministro Gilmar Mendes, do STF, determinou a instauração de inquérito contra o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP). Conhecido como Paulinho da Força Sindical, o parlamentar é suspeito de corrupção. Acusam-no de comercializar 'cartas sindicais', como são chamadas as autorizações do Ministério do Trabalho para a criação de sindicatos.

A abertura do inquérito foi requerida pela Procuradoria Geral da República. O ministro Gilmar Mendes ordenou à Polícia Federal que realize diligências. Apura-se se Paulinho participou de esquema que vendia 'cartas sindicais' por R$ 150 mil. Deve-se a denúncia ao repórter Claudio Dantas Sequeira. Ele noticiou o caso em agosto de 2011.

Nessa época, o ministro do Trabalho era Carlos Lupi, do PDT, o mesmo partido de Paulinho. Engolfado por outras denúncias, Lupi deixou o ministério em dezembro de 2011. Hoje, é candidato a senador pelo Rio de Janeiro, com o apoio de Dilma Rousseff. Paulinho era um feliz integrante da bancada governista. Fundou um partido novo, o Solidariedade. Deixou o PDT e associou-se ao projeto presidencial do tucano Aécio Neves.

PARA SORRIR NA PROPAGANDA PRESIDENCIAL, MULHER RECEBEU DOIS DENTES DE PRESENTE…



Em agenda no Nordeste nesta quinta-feira passada, a presidente-candidata Dilma Rousseff visitou obras da transposição do rio São Francisco, em Pernambuco, e também a cidade de Paulo Afonso, na Bahia. No sertão baiano, gravou imagens para sua campanha na casa de Dona Nalvinha, moradora da Comunidade Batatinha e beneficiária do programa federal Água para Todos.

Reportagem do jornal Folha de S. Paulo informa ontem que, antes de receber a presidente, Nalvinha, ou Marinalva Gomes Filha, de 46 anos, foi contemplada com uma prótese dentária. “Tudo o que tenho aqui foi a Dilma que me deu”, afirmou a baiana ao jornal – inclusive, a prótese dentária, segundo ela.

Para sorrir na propaganda presidencial, Nalvinha recebeu dois dentes da frente. E não só isso: sua casa ganhou duas cisternas e o fogão a lenha foi ampliado, segundo o jornal. As reformas na residência são fruto de um programa firmado pelos governos federal e da Bahia com uma ONG local.

Na Comunidade Batatinha, só Dona Nalvinha foi contemplada com os benefícios até agora. Pouco depois de o jornal questionar a campanha petista sobre a prótese de Nalvinha, a moradora mudou sua versão: afirmou ter sido chamada por um dentista da prefeitura. Segundo disse à Folha, ela ouviu do profissional que colocaria os dentes “para receber a presidente Dilma”.

Pois é…tem gente que perdeu o mandato por doar dentaduras. Mas só dois dentes, a Dilma pode, né?