O Globo
Enquanto o pré-natal está praticamente universalizado no país, o acesso ao
planejamento familiar ainda é precário, revela pesquisa ainda em fase de
elaboração, coordenada pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz.
A consulta, iniciada há dois anos e baseada em entrevistas e coleta de
informações de 22 mil mulheres, mostra que só 45% queriam realmente engravidar.
Na comparação por regiões, no Norte, o percentual cai para 40% e no Sul, sobe
para 49%, no Centro-Oeste, é de 44% e no Sudeste, 46%. No Brasil, apenas 1,2%
não fez pré-natal, segundo a pesquisa.
- Isso é algo muito sério. Significa que nossa população não está programando
a concepção. Ela ocorre por acidente. É ótimo que o pré-natal tenha atingido
esse nível, mas chama atenção que a contracepção não está recebendo a mesma
atenção do sistema público de Saúde. Não está com a mesma oferta, e isso se
reflete nos números de aborto no país - avalia Maria do Carmo Leal, coordenadora
da pesquisa, encomendada pelo Ministério da Saúde.
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