segunda-feira, 30 de junho de 2014

Haddad vira ‘bola de ferro’ do PT em São Paulo



Eleito em 2012 como último grande feito político de Lula, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, virou uma ‘bola de ferro’ que o PT arrasta em 2014. O partido atribui ao mau desempenho do prefeito parte das dificuldades que enfrenta para empinar Alexandre Padilha e revitalizar Dilma Rousseff no maior colégio eleitoral do país.

Em privado, dirigentes do PT admitem: o azedume do eleitorado do Estado de São Paulo é um principais problemas que a legenda enfrenta na atual temporada eleitoral. Munido de pesquisas internas, o petismo concluiu que a baixa popularidade do prefeito da capital é uma das causas do nariz torcido do eleitor, embora não seja a única.

O Datafolha informa, em nova sondagem, que, na bica de completar em ano e meio de duração, o governo municipal de Fernando Haddad é avaliado como ótimo ou bom por apenas 17% dos paulistanos.

Empurrado às profundezas pelas manifestações de junho de 2013, Haddad não conseguiu mais colocar o nariz acima da linha de impopularidade para tomar ar. Nas pegadas do ronco do meio-fio, ele amargara no Datafolha uma aprovação miúda: 18%. A taxa se repetiu em sondagem de novembro. Agora, oscilou um ponto para baixo.

Editoria de Arte/Folha

Convidados a dar uma nota para Haddad, os pesquisados do Datafolha cravaram uma média de 4,8. Quer dizer: se estivesse num banco de escola, o prefeito, ex-ministro da Educação, seria reprovado. Ou ficaria de recuperação. Para 77% dos paulistanos, Haddad entregou menos do que se esperava dele.

De acordo com as sondagens que o PT encomendou para consumo interno, ajuda a compor o cenário adverso um certo mau homor do eleitorado de São Paulo com a deterioração moral da política.

Diferentemente do que sucedera em eleições anteriores, o mensalão não é mais um processo pendente de julgamento. Hoje, o escândalo é um conjunto de sentenças que colocou atrás das grades ex-dirigentes do PT. O partido paga o preço da eterna lealdade aos companheiros presidiários.

Contra esse pano de fundo, Alexandre Padilha, virou um “poste” difícil de ser eletrificado por Lula. Lançado como grande aposta do PT para interromper a hegemonia de duas décadas do tucanato em São Paulo, frequenta as pesquisas como um sub-Skaf. Por ora, é uma derrota esperando para acontecer.

É precária também a situação de Dilma em São Paulo. Nesse pedaço do mapa, informou o Datafolha no início de junho, 83% dos eleitores desejam mudanças no plano federal. Apenas 23% aprovam o governo Dilma. E 46% afirmam que não votariam na reeleição da presidente de jeito nenhum.

Vem daí que, num eventual segundo turno, Dilma perderia em São Paulo tanto para Aécio Neves quanto para Eduardo Campos. O primeiro prevaleceria por 46% a 34%. O segundo, por 43% a 34%. O PT receia que, se não for contida, a erosão de São Paulo termine engolindo a vantagem que Dilma deve ter na região Nordeste.

Com vice de SP, Aécio atenua o ‘efeito Edualdo’



O senador paulista Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB, foi avisado de que será o candidato a vice de Aécio Neves. Com essa escolha, o mineiro Aécio enfia São Paulo dentro de sua chapa, amarra o eterno desafeto José Serra, amigo de Aloysio, e atenua os efeitos do hídrido ‘Edualdo’, mistura de Eduardo Campos com Geraldo Alckmin.

Em convenção realizada neste domingo (29) com a presença de Aécio, o PSDB de São Paulo formalizou a recandidatura de Geraldo Alckmin ao governo do Estado. Como previsto, seu vice será o deputado federal Márcio França, do PSB de Eduardo Campos.

Espécie de Cavalo de Troia de Campos no palanque de Alckmin, Márcio França equipou-se para abrir 40 comitês eleitorais em São Paulo —28 no interior, 12 na capital. Nesses comitês, será estruturada a campanha que convidará o eleitor a votar em ‘Edualdo‘ —Eduardo para presidente e Geraldo para governador.

Com Aloysio de vice, Aécio tenta evitar que os tucanos lhe façam em São Paulo o que ele levou os peemedebistas a fazerem com Dilma Rousseff no Rio, ao firmar com o PMDB de Sérgio Cabral a parceria que deu à luz o Aezão —combinação de Aécio com Pezão.

domingo, 29 de junho de 2014

Escola é acusada de impor pai-nosso a aluno judeu


Em um país laico e que tem a liberdade de crença garantida no artigo 5º de sua Constituição Federal, o caso de um menino judeu no município de Engenheiro Paulo de Frontin foi parar na polícia. O pai do jovem denunciou que o filho, que cursa o 9º ano no Ciep Cecílio Barbosa da Paixão, era obrigado a rezar a oração cristã pai-nosso, o que viola a crença religiosa da família, que é judia.

No dia 5 de junho, o presidente da Federação Israelita do Rio de Janeiro, Jayme Salim Salomão, encaminhou um pedido de explicações à direção da escola e também à Secretaria estadual de Educação. A direção do Ciep, segundo a secretaria, nega que o menino tenha sido obrigado a rezar e que a oração é uma ação voluntária de um grupo de alunos e funcionários.

No ofício, a federação pede providências e diz que, lamentavelmente, a legítima recusa em não participar das orações está causando constrangimentos ao adolescente. O documento ressalta a liberdade religiosa e lembra que o Brasil é signatário de diversos tratados e convenções, nos quais foram assegurados o respeito à vida e à dignidade humana.

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Brasil esteve a um travessão da morte nacional



Copa do Mundo no Brasil. Que esperar da seleção brasileira? No mínimo, o máximo. E o que se vê até aqui? Bem, o time vem jogando algo muito parecido com o futebol. Só que mais feio. E o país fica se perguntando: quando, afinal, aquela equipe que brilhou na Copa das Confederações vai entrar em campo?

A coisa anda estranha desde o começo. O triunfo magro sobre a Croácia. O placar virgem contra o México. O básico convertido em apoteose contra Camarões… Todos esses avisos reclamavam uma reação no primeiro jogo da fase em que só há duas alternativas: matar ou morrer.

Pois bem. Em vez de uma resposta, sobreveio o inaceitável. No primeiro tempo, um erro banal presenteou o Chile com o empate. No segundo, registrou-se no lado do campo reservado ao Brasil um apagão. As arquibancadas do Mineirão testemunharam cenas deploráveis. Os rivais chilenos, apenas razoáveis, ditaram o ritmo aos donos da casa. A apatia flertava com o suicídio.

Eis a verdade: existe uma caveira de burro enterrada no meio-campo do Brasil. Fernandinho, que seria a correção de Paulinho, teve desempenho fraquinho. Entrou Ramíres. E nada. De duas, uma: ou é maldição ou aquela sequência de chutões erráticos é o resultado da falta de jogador.

Em respeito aos fatos, é preciso reconhecer que havia 23 jogadores em campo. Seria uma injustiça não incluir o árbitro. Ele foi o principal marcador de Hulk. Deixou de marcar um pênalti cometido contra ele. E, não satisfeito, desmarcou-lhe um gol. Mas um selecionado que se preza não pode depender só da honestidade dos árbitros.

No intervalo que antecedeu a prorrogação, alguns jogadores, mãos postas, apelaram para Deus. Como se o Altíssimo se interessasse por futebol. Melhor excluí-lo do time. Poucas vezes houve uma seleção tão sem Deus quanto essa do Brasil. Prova-o o desperdício de dois pênaltis numa série de cinco.

Para quem esperava cultuar Neymar, deve ser exasperante perceber que o goleiro virou heroi da resistência. Diz-se que Júlio Cesar, autor de duas defesas redentoras, foi o grande nome do jogo. Erro. Houve outro personagem bem mais decisivo: o travessão! Foi o travessão quem impediu, a dois minutos do apito final, que um gol do chileno Pinilla decretasse a morte nacional. Não fosse pelo travessão, o Brasil teria saído do Mineirão de rabecão.

Vem aí a Colômbia. Seria um adversário banal. Mas virou um gigante insuspeitado. Depois deste sábado, alguns patrícios cultivarão um terror reverencial pelos colombianos. Até o dia do jogo, os brasileiros se encontrarão e, antes do ‘bom dia’, antes do ‘tudo bem?’, virá a pergunta: viste o James Rodriguez? Shhhhh…, fala baixo. Não assusta as crianças!

Dilma amarela e FIFA volta atrás



Após anunciar que Dilma Rousseff iria entregar o troféu da Copa do Mundo à seleção campeã, a Fifa voltou atrás e informou neste sábado que aguarda a decisão da presidente do Brasil. Segundo a porta-voz da entidade, Delia Fischer, Dilma foi convidada a participar da cerimônia de premiação do Mundial, mas não há confirmação sobre sua presença.

"É um tipo de tradição que o presidente da Fifa e o chefe de Estado do país-sede entreguem o troféu para o time vencedor depois da final. No entanto, caberá à presidente Dilma Rousseff a decisão se ela irá aceitar o convite feito pela Fifa", disse Fischer, em nota, à Folha.O anúncio havia sido feito pelo secretário-geral Jérôme Valcke, na sexta, durante entrevista coletiva de balanço da primeira fase do Mundial. 

Dilma tem tido uma participação bem diminuta na Copa. Para evitar as fortes vaias ouvidas na Copa das Confederações de 2013, ela abriu mão de fazer um discurso no jogo de abertura, entre Brasil e Croácia, no dia 12, no Itaquerão. Mesmo sem discursar, a presidente foi vaiada e ofendida por parte da torcida. (Folha Poder)

sábado, 28 de junho de 2014

Construtoras, sempre elas!!!


luiz cláudio
Nos ramos da previdência e da saúde

Com três sócios, Luis Claudio Lula da Silva, o filho mais novo de Lula, acaba de abrir em São Paulo uma corretora de seguros, a Silva e Cassaro. Já conseguiu o registro na Susep. Seu foco será vender planos de previdência complementar e de saúde para construtoras.

Roseana afirma que não disputará mais eleições



Três dias depois de José Sarney ter desistido de se recandidatar ao Senado, a filha dele, Roseana Sarney, informa que não disputará mais nenhuma eleição depois que deixar o cargo de governadora do Maranhão. Pretende se dedicar à família e cuidar da saúde.

Em discurso na convenção do PMDB do Maranhão, nesta sexta-feira (27), Roseana declarou: “Estou me despedindo, não da política, mas das eleições, porque vou continuar trabalhando pelo Maranhão.” Depois, em conversa telefônica com o repórter Gerson Camarotti, veiculada no canal Globo News, a governadora se queixou das críticas que associam sua atuação à história do pai.

Roseana afirmou que está perdendo sua biografia, está virando apenas a filha do Sarney. Acha que dispõe de uma vida política própria. Recorda, por exemplo, que foi a primeira mulher a eleger-se governadora no país. Diz que sempre lutou pela valorização das mulheres.

A exemplo do pai, Roseana afirmou que pretende dedicar-se mais à família. Alegou que a mãe, Marly Sarney, está adoentada. Planeja também cuidar da própria saúde.

Instada a comentar a dupla aposentadoria dos Sarney, Roseana declarou que ela e o pai tiveram carreiras vitoriosas. Mas, segundo disse, “chegou a hora” de ambos se retirarem da vida pública. Até para abrir espaço para o surgimento de novas lideranças.

No momento, Roseana pega em lanças para eleger como seu sucessor o suplente de senador Lobão Filho (PMDB), que é herdeiro político de Edison Lobão, que ocupa a poltrona de ministro de Minas e Energia como apadrinhado de José Sarney. Quer dizer: no Maranhão, os Sarney tentam virar a página. Para trás.

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Dilma tenta, mais uma vez, usar o ódio como um ativo eleitoral! Lula conta piadas involuntárias



A presidente Dilma Rousseff, a criatura, participou da convenção do PT baiano que oficializou a candidatura de Rui Costa ao governo do Estado. Disse que estava feliz por estar lá no momento em que seus “adversários apelam para o ódio, apelam para os xingamentos e apelam para a política desqualificada”.

De novo essa conversa! Muito bem! Desafia-se aqui qualquer petista a demonstrar em que momento as oposições recorreram a esses expedientes. Isso nunca aconteceu! O PT, sim, é um “odiador” profissional. Quando, em 2003, Lula, o criador, lançou a tese vigarista da “herança maldita”, estava fazendo o quê? Amando? Até porque a herança era bendita. Quem xingou Dilma no Itaquerão não foi a oposição, mas os torcedores.

Lula também estava presente, claro! O homem falou, ora vejam, da necessidade de uma reforma que moralize a política. O chefão petista que, até agora, nega a existência óbvia do mensalão, se apresenta como um moralizador. Parece piada. O PT, como sabemos, insiste em fazer um plebiscito para arrancar uma constituinte exclusiva para fazer tal reforma. O expediente só seria benéfico ao próprio partido.

O ex-presidente estava mesmo propenso à piada. Afirmou que o tal “mercado” nunca apoiou o PT, o que, obviamente, é mentira. Basta ver as doações que os petistas receberam e recebem do tal “mercado”. Aliás, é do próprio Lula a frase de que o setor financeiro nunca lucrou tanto como em sua gestão, o que é verdade.

Por Reinaldo Azevedo

Skaf terá mais tempo na TV; Lula entra em ação, e está em curso a migração do PP, que estava com Padilha, para candidato do PMDB



Paulo Skaf, candidato do PMDB ao governo de São Paulo, deve ter o maior tempo no horário eleitoral gratuito em São Paulo. Com a migração do PSD para a sua campanha, vai junto o PV. Já haviam feito a composição o PROS e o PDT. Não só isso: o PP, de Paulo Maluf, que havia anunciado o apoio ao petista Alexandre Padilha, também deve se juntar ao peemedebista.

E, nesse último caso, meus caros, há a mão que balança o berço. Quem está por trás do processo de migração do PP para Skaf é… Luiz Inácio Lula da Silva. Sim, ele mesmo! Internamente, o PT acha que Padilha não vai emplacar e já escolheu Skaf para tentar apear o PSDB do poder em São Paulo.

Não tenho a conta exata ainda, mas Alckmin e Padilha terão, cada um, uns cinco minutos e poucos segundos no horário eleitoral; Skaf, em torno de oito minutos.

Nova reviravolta na disputa em SP: Kassab vai apoiar Skaf



Reviravolta na disputa eleitoral em São Paulo: o PSD, de Gilberto Kassab, vai apoiar a candidatura de Paulo Skaf ao governo de São Paulo. É a reviravolta nas reviravoltas — a última. Inicialmente, Kassab estava determinado a disputar o governo — até então, o PSB era cotado para ter o lugar de vice na chapa. Entrou Marina Silva no jogo e perturbou a aliança. Os tucanos começaram, então, a negociar com o PSD, e o ex-prefeito chegou muito perto de compor a chapa com Alckmin.

Os “marineiros” perderam a parada, e o PSB decidiu fechar mesmo com os tucanos. O deputado federal Márcio França será o vice de Alckmin. E sobrou a Kassab a vaga de senador na chapa. Ocorre que parte expressiva do PSDB quer José Serra como candidato ao Senado — aparece em primeiro lugar nas pesquisas. Kassab não gostou do rumo da coisa e achou que a situação acabaria por intrigá-lo com Serra. De qualquer modo, o ex-governador já havia dito ao ex-prefeito que abriria mão de sua eventual candidatura ao Senado em nome da composição com o PSD. Ocorre que há outros pré-candidatos tucanos, como José Aníbal e Mendes Thame. Kassab julgou que a solução não seria exatamente pacífica no PSDB e preferiu fechar a aliança com Skaf.

Bem, o resultado final, então, é este: Skaf, que é o segundo colocado nas pesquisas de opinião, ganha um reforço importante, sobretudo no horário eleitoral gratuito: tempo.

O Tubarão Uruguaio



Horas depois de ter sido punido pela Fifa, Luis Suárez já está a caminho do Uruguai. Quem confirmou a viagem foi o presidente da Federação Uruguaia de Futebol, Wilmar Valdez, claramente abalado pela situação envolvendo o principal jogador da sua seleção. "Suárez já viajou", disse o dirigente, na tarde desta quinta-feira. "Ele vai ficar um tempo em Montevidéu para descansar", completou.

Suárez foi punido após ter dado uma mordida no zagueiro italiano Chiellini no clássico da última terça-feira, na Arena das Dunas, em Natal, quando o Uruguai venceu a Itália por 1 a 0 e garantiu sua vaga nas oitavas de final da Copa. Ele foi suspenso de nove jogos oficiais, banido de qualquer atividade relacionada ao futebol pelos próximos quatro meses, não podendo sequer entrar em estádios, o que interfere em seu trabalho no Liverpool, e ainda recebeu multa de 100 mil francos suíços (cerca de US$ 110 mil).

Por causa da punição, Suárez está impedido de entrar nos estádios da Copa e não pode ir nem mesmo na concentração do Uruguai. Ele teve, inclusive, a sua credencial confiscada pela Fifa, depois que a entidade anunciou a punição mais dura de sua história numa Copa do Mundo. Assim, o atacante resolveu ir embora do Brasil, já que não poderá estar perto dos companheiros para a partida de sábado, contra a Colômbia, no Maracanã.

O presidente da Federação Uruguaia de Futebol confirmou que vai recorrer da punição. Mas admitiu que não vê qualquer chance de reverter a decisão. "Foi injusto o que a Fifa fez", declarou Wilmar Valdez.

Petistas repaginam discurso sobre 'mau humor' das elites


Puxados pelo ministro Gilberto Carvalho e pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os petistas resolveram mudar o discurso adotado logo após os xingamentos dirigidos Dilma Rousseff no jogo de abertura da Copa do Mundo. Ao invés de atribuírem o mau humor com a presidente apenas “às elites”, passaram a admitir que ele se espalhou e que tanto o partido quanto o governo tiveram sua parcela de responsabilidade para que isso acontecesse.

Segundo pesquisa CNI/Ibope, a avaliação positiva do governo é de apenas 31% e a rejeição à Dilma chegou a 43%. Logo após os xingamentos dirigidos a Dilma no estádio em São Paulo, Lula culpou a “elite” e os petistas passaram a apostar em um discurso que dividia o eleitorado entre “nós”, o “povo”, o PT, o governo e seus aliados, contra “eles”, a “elite branca” e os adversários políticos.

Leia mais em O Estadão

NEYMAR TIRA PLAYBOY DE CIRCULAÇÃO


patricia playboy

O atacante Neymar Júnior, craque da Seleção Brasileira e do Barcelona, ganhou na Justiça uma ação que movia contra a revista Playboy, da Editora Abril, que usou o nome do atleta na capa da edição deste mês. A 3ª Vara Cível da do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo determinou a suspensão imediata da venda da publicação.

Os exemplares de junho da revista, com fotos da modelo Patrícia Jordane e a manchete “A morena que encantou Neymar”, deverão ser recolhidos das bancas. Além disso, a Playboy não poderá veicular a campanha publicitária com a capa da publicação. Caso a decisão não seja cumprida, a Editora Abril está sujeita a multa diária de R$ 10 mil.

Em nota oficial publicada no site do jogador, a revista é acusada de “divulgar uma mentira sobre a vida pessoal do Neymar”, além de ter feito uso indevido de seu nome, sem autorização da NR Sports, empresa administrada pelo pai do atleta, que é detentora dos direitos de exploração da imagem, nome e outros atributos relacionados ao atacante que disputa a Copa do Mundo.

Envolvida na polêmica que foi parar na Justiça, Patrícia afirmou ao UOL Esporte que iniciou o relacionamento com o jogador na virada de 2012 para 2013 e que o envolvimento durou até o Carnaval, quando Neymar assumiu o namoro com a atriz Bruna Marquezine.

A Playboy ainda não divulgou nenhum comunicado sobre o assunto, já que ainda não foi notificada oficialmente.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Decisão de Barroso sobre não petistas é vergonhosa, preconceituosa e escandalosa. Que se declare logo que os petistas estão acima da lei. Seria mais honesto intelectualmente


Roberto Barroso: um homem de olhar penetrante e juízos heterodoxos
Roberto Barroso: um homem de olhar penetrante e juízos heterodoxos

Se Romeu Queiroz e Rogério Tolentino quiserem trabalhar fora, vão ter de fazer como José Dirceu e Delúbio Soares: inventar um emprego para enganar a Corte. Aí o ministro Barroso topa. O ministro, que já confessou curtir Taiguara e Ana Carolina, certamente conhece Cazuza… Deve cantarolar por aí: “Mentiras sinceras me interessam/ me interessam…”. Até lamento associar um roquinho bacana da década de 80 a Barroso, que vem de décadas muito anteriores, do tempo em que o direito servia mais a um pensamento, a uma ideologia, do que ao império do texto legal.

Então vamos ver: com base na decisão tomada ontem por expressiva maioria do Supremo — 9 a 1 —, ele liberou para o trabalho externo também Delúbio Soares, aquele que sabidamente gozava de privilégios na cadeia, o que está fartamente demonstrado, desrespeitando um dos requisitos para o trabalho externo, que é justamente o bom comportamento do “apenado”, como diria o ministro, que gosta de rasgos poéticos.

Certo! Mas Romeu Queiroz e Rogério Tolentino, ah, esses não! O primeiro queria trabalhar na própria empresa e contratar o outro. É esquisito? É, sim. Mas é muito mais esquisito do que Delúbio trabalhar na CUT??? Ora, tenham a santa paciência! Na central, Delúbo é chefe, com direto a motorista particular e tudo. Ocupa-se lá exatamente do quê? Quem tem condições de vigiar as suas tarefas? Está fazendo na central o que sempre fez: política. E Dirceu como contínuo interno de um advogado estrelado, ganhando R$ 2,1 mil por mês — o que, dados os seus padrões, digamos, de consumo social não serve nem para cobrir a cova do dente. Desculpo-me por usar uma metáfora pré-programa Brasil Sorridente… Hoje, como a gente sabe, não há mais desdentados no Brasil, certo? Sumiram por um decreto político do PT.

É interessante a forma, digamos, combativa como Barroso entende as leis. Por alguma razão, desde a raiz do seu raciocínio, os petistas acabam sempre beneficiados. “Ah, e no caso de Genoino?” Bem, no caso de Genoino, ele sabia que iria perder e não quis agasalhar a derrota. Afinal, depois do escândalo protagonizado pelo advogado Luiz Fernando Pacheco, não havia chance de o pleito ser aprovado. Mas não se esqueçam de que, mais uma vez, Barroso transformou Genoino num herói. Com a negativa para o trabalho externo de Queiroz e Tolentino, o ministro só demonstra preconceito contra a inciativa privada.

Em suma, às respectivas defesas desses dois não petistas, só resta apelar mais uma vez, inventando, desta feita, um trabalho externo à moda Delúbio e Dirceu. Se o tribunal tivesse negado o pleito dos petistas, a esta altura, a crônica política livre como um táxi estaria escandalizada. Pelos outros dois, não se vai derramar um miserável adjetivo. Ou vocês viram alguém com peninha de Roberto Jefferson, por exemplo? Ao contrário: fez-se blague de suas restrições alimentares. Ninguém liga para a suas entranhas. Já o sistema circulatório do ex-presidente do PT parece assunto de segurança nacional.

Por que os petistas não propõem logo uma emenda constitucional deixando claro que os membros do partido não são pessoas comuns, como as outras, como nós? E olhem que haverá juízes, também fora do Supremo, que iriam concordar, não é? Jamais me esquecerei de um manifesto da tal Associação Juízes para a Democracia, que escreveu para escândalo da história:

“Não é verdade que ninguém está acima da lei, como afirmam os legalistas e pseudodemocratas: estão, sim, acima da lei, todas as pessoas que vivem no cimo preponderante das normas e princípios constitucionais e que, por isso, rompendo com o estereótipo da alienação, e alimentados de esperança, insistem em colocar o seu ousio e a sua juventude a serviço da alteridade, da democracia e do império dos direitos fundamentais”.

Ora, os petistas, como sabemos, sempre estão lutando por direitos, não é mesmo? Que sejam declarados logo homens acima da lei. E ponto e basta!

Por Reinaldo Azevedo

JUSTIÇA PROÍBE PLANOS DE SAÚDE DE EXIGIR FIDELIDADE E COBRAR POR RECISÃO



A 18ª Vara Federal do Rio de Janeiro deu ganho de causa a uma ação civil pública de autoria do Procon-RJ contra a ANS (Agência Nacional de Saúde). Com a decisão, os planos de saúde ficam proibidos de fazer cobranças por rescisão de contrato.

O juiz Flávio Oliveira Lucas, além de ter decidido que os planos não podem mais cobrar o pagamento de dois meses antecipados caso o associado não queira mais o serviço, proibiu as operadoras de exigir fidelidade de um ano. Já não cabe mais recurso da ação.

A sentença, publicada no Diário Oficial da União nesta terça-feira (24/06), passa a vigorar imediatamente e será aplicada em âmbito nacional, favorecendo a consumidores de todo o País.

De acordo com o Procon-RJ, as cláusulas contratuais dos planos de saúde que exigem fidelidade de 12 meses e a cobrança de mais dois meses no caso de rescisão são abusivas.

Os consumidores que se sentirem lesados poderão utilizar a sentença para buscar reparação pela cobrança indevida referente aos últimos cinco anos. O valor da indenização deverá ser em dobro com base no art. 42, parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor (CDC) e no art. 205 do Código Civil. (IG)

INTEGRANTES DO PP ACIONAM TSE PARA ANULAR CONVENÇÃO DO PARTIDO QUE APOIOU DILMA



A senadora Ana Amélia (PP-RS), candidata do PP ao governo do Rio Grande do Sul, protocolou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ação pedindo a anulação da convenção nacional do PP realizada nesta quarta-feira (25). Após o evento, a Executiva Nacional do partido anunciou apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff com base em resolução proposta durante a convenção.

A ação é assinada por outros sete membros do partido além da senadora. Eles pedem a anulação do encontro alegando que a resolução foi declarada aprovada pelo presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PP-PI), sem que houvesse contagem dos votos.

A proposta transferia para a Executiva Nacional, órgão de cúpula do partido, a decisão sobre o apoio à candidatura de Dilma, que foi anunciada logo após a convenção.

Na ação cautelar, os membros do PP pedem que seja determinado que a comissão executiva que definiu o apoio a Dilma “se abstenha de proceder à escolha dos candidatos a Presidente e Vice-Presidente da República”. Foram anexados ao pedido feito à Justiça documentos de áudio e vídeo da convenção. A representação terá como relator o ministro do TSE Henrique Neves, que pode aceitar ou rejeitar o pedido de anulação a qualquer momento.

Ministros negam prisão domiciliar para José Genoino, por 8 a 2



O Supremo Tribunal Federal (STF) negou a concessão de prisão domiciliar para o ex-presidente do PT José Genoino. O ministro relator do pedido, Luís Roberto Barroso, votou contra a solicitação do petista para ser transferido do regime semiaberto para prisão domiciliar, devido ao estado de saúde dele. Sete ministros do Supremo votaram com Barroso: Teori Zavascki, Rosa Weber, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Celso de Melo e Marco Aurélio Mello.

A favor da prisão domiciliar votaram Dias Toffoli e Lewandowski. Joaquim Barbosa não participa da sessão. O voto do relator vai na mesma linha da manifestação do presidente da Corte, Joaquim Barbosa, que se afastou do processo após um bate-boca com o advogado de Genoino, Luiz Fernando Pacheco, há duas semanas.

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Supremo autoriza Dirceu a trabalhar fora da prisão



Por nove votos a um, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou ontem, às vésperas do recesso do Judiciário, que o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu possa trabalhar fora do Complexo Penitenciário da Papuda, onde cumpre pena. Com aval da mais alta Corte do país, o principal personagem do escândalo do mensalão passará a cumprir expediente no escritório de advocacia do criminalista José Gerardo Grossi, em Brasília, onde receberá 2.100 reais mensais.

A decisão em favor do Dirceu ocorre após o processo do mensalão trocar de relator – o ministro Joaquim Barbosa, responsável pela maior parte das condenações de políticos e empresários ao longo do julgamento, deixou o caso depois de ter sido alvo do que classifica de “manifestos” e “insultos pessoais” como parte de advogados dos mensaleiros.

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quarta-feira, 25 de junho de 2014

O ATO E O FATO


R$ 500 milhões

Brasilino Neto
‘Fundo de pensão dos Correios admite que pode perder R$ 371 milhões’ (O Estado 22.6.14).

Explico: O Postalis é um Fundo de Previdência que os funcionários dos Correios mantêm para a garantia de aposentadorias mais rentáveis que, no entanto, está prestes a perder R$ 500 milhões em decorrência de má administração.

Sim, é isto mesmo que você está lendo, são R$ 371 milhões que podem chegar a R$ 500 milhões ante o não recebimento de juros e correções dos últimos cinco anos pelo Fundo Postalis, posto que aplicações extremamente suspeitas e duvidosas fossem feitas em papéis de países que sabidamente têm graves problemas em suas economias, tais como Argentina e Venezuela.

Numa situação desta até mesmo o torcedor do Jurubutanga Futebol Clube, daquela cidade lá da ‘casa do chapéu’, não crê que estas aplicações tenham sido de boa-fé, mas simplesmente para resultar em bons negócios a alguns e prejuízo de muitos, eis que os 80 mil contribuintes do Fundo Postalis sofreriam diretamente estes efeitos.

O que me impressiona numa situação desta é a inação das autoridades deste país que se apegam em coisas fúteis e se esquecem das importantes, cabendo aqui a menção de um de nossos ditados caipiras: “Ficamos colhendo resultados de colherzinha de medida de açúcar de um lado e perdendo de pá escavadeira de outro”.

Tal como o caso que agora se dá, quando procuradores do trabalho se preocupam com a parada técnica da copa do mundo, o que se estende a diversas atuações do Ministério Público em casos de somenos importâncias e se esquecem de fiscalizar situações esdrúxulas como esta do Postalis. 

Mas o pior numa situação desta é observar que as manchetes da dita grande imprensa só tratam de coisas do futebol e que os brasileiros, em sua maioria, alienada e anestesiada pelo momento futebolístico sequer dá conta de aberrações tais, que de um modo ou de outro, sobrevindo a perda, repercutirá na vida de todos.

Sou leigo em matéria econômica, mas mesmo assim não consigo entender como podem se dar aplicações de vultosos valores (R$ 371 milhões) em papéis de países com a economia debilitada, para não dizer esfarrapada, tais como Argentina e Venezuela. A quem isto interessa ou interessou?

Isto me assegura poder afirmar: “Que perda de R$ 500 milhões do Postalis que nada, o que interessa agora é a copa do mundo. O resto é resto!”

É triste, mas é a realidade!

Dilma cede e demite ministro para ter o PR na aliança


Por Gabriel Castro, na VEJA.com:

A exatos dez dias do início oficial da campanha, a presidente-candidata Dilma Rousseff deu mais uma demonstração clara de que suas pretensões eleitorais estão em primeiro lugar: o ministro dos Transportes, Cesar Borges, foi demitido nesta quarta-feira em troca do apoio do PR à sua chapa. Apontado como uma escolha pessoal de Dilma, Borges não foi demitido por incompetência. Mas o PR considerava que, com ele no cargo, as demandas do partido – sejam elas quais forem – não estavam sendo atendidas.

Com uma bancada de 32 deputados, a adesão do PR à candidatura de Dilma agregará um minuto e quinze segundos à propaganda eleitoral da petista no rádio e na televisão. A tendência do PR sempre foi a aliança com o PT no plano nacional, mas a indefinição da sigla – que só vai formalizar o apoio na segunda-feira – preocupava o Palácio do Planalto porque em alguns estados, como Minas Gerais, por exemplo, a sigla é aliada do PSDB de Aécio Neves. Além disso, o Planalto temia que se repetisse o caso do PTB, que deixou no sábado a coligação de Dilma para aderir à chapa do tucano.

Borges deverá ser acomodado na modesta Secretaria de Portos. O ex-ministro Paulo Sérgio Passos é o mais cotado para voltar a comandar o Ministério dos Transportes.

Durante o governo Dilma, o partido chegou a se rebelar e anunciar que estava deixando a base aliada. Em abril, a sigla chegou a divulgar um manifesto pedindo que o ex-presidente Lula concorresse no lugar de Dilma.

Escândalos – Em julho de 2011, reportagem de VEJA revelou um esquema de corrupção montado no Ministério dos Transportes sob o comando do PR. O partido cobrava 4% de propina de empreiteiras interessadas em contratos com o governo. O esquema tinha como coração o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a Valec, estatal das ferrovias. A maior parte do dinheiro ia para o caixa do PR, sob a direção do então ministro Alfredo Nascimento e do deputado Valdemar Costa Neto. O restante era destinado aos parlamentares dos estados em que as obras eram – ou deveriam ser – feitas. Segundo os auditores da CGU, 682 milhões de reais foram desviados. A Polícia Federal abriu 79 inquéritos sobre os desmandos na pasta, e 55 servidores públicos foram investigados. O escândalo derrubou o ministro, seu chefe de gabinete (Mauro Barbosa), os chefes do Dnit (Luiz Antonio Pagot) e da Valec (José Francisco das Neves, o Juquinha) e mais de 20 funcionários da pasta. Em 2013, o partido retomou o controle da pasta, com a escolha de César Borges como ministro. Em agosto de 2013, parecer da Procuradoria-Geral da República acabou liberar Nascimento e o mensaleiro Costa Neto das acusações de liderar o esquema criminoso. Segundo parecer do procurador Roberto Gurgel, as provas colhidas ao longo da investigação não são suficientes para incriminar a dupla. O parecer foi remetido ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, relator do processo.

CONTRA ITÁLIA, SOÁREZ VOLTA A MORDER ADVERSÁRIO E VIRA PIADA NA INTERNET



O atacante uruguaio Luiz Suárez voltou a morder um adversário durante um jogo nesta terça-feira (24), no confronto entre sua seleção e a Itália. O italiano Giorgio Chiellini foi a vítima da vez.

Em um lance aos 35 minutos do segundo tempo na grande área, Suárez se atracou com Chiellini e ficou reclamando de ter sofrido uma falta, mas ele foi quem apareceu mordendo o adversário. O italiano, indignado, seguiu o árbitro tirando parte da blusa para mostrar a marca da mordida. O árbitro não marcou nada.

Não é a primeira vez que um caso do tipo acontece com o jogador. O uruguaio também mordeu Ivanovic, do Chelsea, jogando pelo Liverpool em abril deste ano. O caso gerou polêmica na Inglaterra e o atleta chegou a ser suspenso pela federação inglesa. O atacante veio a público na ocasião para se desculpar, dizendo que aquele tipo de conduta era inadmissível no futebol.

Antes, em 2010, quando ainda jogava pelo Ajax, ele foi suspenso por sete jogos após morder um jogador do PSV, Bakkal, no pescoço durante o clássico.

Depois do jogo de hoje, Suárez disse que o Uruguai estava em festa com a classificação para as oitavas. A seleção passou em segundo no grupo D e aguarda a definição do adversário. Já os jogadores e o técnico italiano, eliminados, reclamaram ao fim da partida e disseram que Suárez deveria ter sido expulso do jogo.

Famosos como o atleta Usain Bolt comentaram o caso. “Suárez realmente mordeu de novo?”, escreveu no Twitter. O zagueiro Rio Ferdinand também repercutiu.”Me diga que Suárez não mordeu alguém… foi um herói alguns dias atrás”.

GOVERNO FARÁ ‘SAQUE’ DE 15 BILHÕES NA PETROBRAS; AÇÃO DESPENCA


Lembre-se sempre de quem você é acionista minoritário.

No que um analista chamou de “virada monstruosa”, as ações da Petrobras, que operavam em alta de 3% até o meio da tarde, terminaram o dia em queda de 3,6% depois que o mercado começou a entender a mais recente manobra do Governo envolvendo o caixa da empresa.

O Governo anunciou hoje que a Petrobras fará o pagamento, à União, de um bônus de assinatura no valor de 2 bilhões de reais este ano, seguido de mais 13 bilhões de reais entre 2015 e 2018 a título de antecipação de parte do excedente em óleo do pré-sal.

Os pagamentos anunciados hoje se referem aos volumes de petróleo que ultrapassam os limites contratados nos primeiros contratos entre a Petrobras e a União, logo após a descoberta do pré-sal.

Na época, estimou-se que uma determinada área do pré-sal continha ao menos 5 bilhões de barris de petróleo, e o Governo usou aqueles barris para fazer um aumento de capital na Petrobras — contrariando os acionistas minoritários, que tiveram que colocar dinheiro vivo na operação.

“O tamanho dos pagamentos não é um tamanho que assuste, mas o sinal enviado ao mercado é que o Governo, mais uma vez, está fazendo caixa em cima de uma companhia que já está apertada”, diz um gestor. “Você pode até fazer as contas e chegar à conclusão de que isso é um bom negócio para a companhia, mas a Petrobras ainda não retirou nem os 5 bilhões de barris originais, e já está antecipando ao governo caixa sobre o excedente.”

A decisão de hoje, tomada no âmbito do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) vem num momento em que as ações da Petrobras já subiram cerca de 50% a partir das mínimas do ano, embaladas pelo crescimento da oposição nas pesquisas eleitorais e a perspectiva de uma gestão mais profissional da empresa.

“[A decisão do CNPE] significa mais pressão sobre o caixa da empresa, que já está muito alavancada, e não traz nenhuma geração de caixa no curto prazo”, diz outro analista. “É péssimo para o papel.”

As ações preferenciais da Petrobras fecharam o dia a 17,64 reais. (Veja)

Vandalismo – É… Quem vê perna peluda não vê coração…


Vejam esses dois rapazes, em fotos de Avelar Prado, da Folhapress.

Manifestante da sainha

manifestante preso dois

É, minha gente… Quem vê uma perna peluda numa sainha não vê coração… O rapaz de minissaia é Rafael Marques Lusvarghi, de 29 anos. O outro é Fabio Hideki Harano. Ambos foram presos na segunda, durante um ato de protesto contra a realização da Copa do Brasil. Nesta terça, Fernando Grella, secretário de Segurança Pública de São Paulo, afirmou que eles foram presos em flagrante por associação criminosa, que rende pena de 1 a 3 anos de reclusão. Eles respondem ainda por incitação à prática de crimes, resistência e desacato. A dupla, vejam que mimo, portava, segundo a Polícia, material explosivo e incitava manifestantes à violência.

É preciso começar a meter em cana essa gente mesmo, sempre, claro!, nos limites da lei. Quem leva explosivos a um protesto não está certamente com boas intenções. Se incentiva os demais à violência, tanto pior. Lusvarghi, em todo caso, é um rapaz corajoso, não é mesmo? A gente vê que ele não teme incitar à violência mesmo com as coxas de fora, nesse seu “minikilt”… Imaginem ser atingido por uma bala de borracha e ter de usar roupa de camponesa escocesa do século 17 por um bom tempo para esconder o hematoma… Preciso mandar depois a imagem para a Glorinha Kalil para ver o que ela acha da composição. A nossa vanguarda sofre com o atraso do povo… Eles estavam no Deic e seriam remetidos ainda nesta terça para um Centro de Detenção Provisória. Espero que os familiares providenciem uma calça comprida para o rapaz. É o mais prudente.

Minirreforma eleitoral só vale a partir de 2016



A maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu que a lei da minirreforma eleitoral, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pela presidente Dilma Rousseff em dezembro do ano passado, só terá validade a partir da disputa de 2016. A lei se propôs a reduzir os custos de campanhas.

Várias medidas foram aprovadas, como o limite para a contratação de cabos eleitorais, de gastos com alimentação e com aluguel de carros, além de novas regras para a forma de se pedir voto e para a prestação de conta das campanhas. O então senador Sérgio Souza (PMDB-PR), suplente da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ex-ministra da Casa Civil, propôs consulta ao TSE sobre a validade da minirreforma instituída por lei já para as eleições de 2014.

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terça-feira, 24 de junho de 2014

Adeus, Sarney!



Como vocês sabem, José Sarney inventou um Estado do qual ele pudesse ser senador: o Amapá. Foi a sua turma que forçou a mão na Constituinte de 1988 para que houvesse a mudança de status do então território. Em 1991, instalou-se o Estado, o político maranhense estabeleceu lá o seu domicílio eleitoral — o que é piada porque, obviamente, nunca morou na região —, elegeu-se um dos senadores e permanece nessa condição até agora, já no seu terceiro mandato. Antes disso, sua carreira toda foi feita no Maranhão, até que a Presidência da República lhe caiu no colo, vocês sabem como. Nesta segunda, fez o anúncio oficial de que não vai disputar a eleição neste ano. A decisão está sendo vendida por sua turma como uma espécie de descanso do guerreiro. Obviamente, não é disso que se trata.

Sarney só está largando o osso porque não conseguiria, vejam que vexame!, se reeleger no Amapá. Não é o guerreiro que decidiu se aposentar da luta; é o povo que decidiu aposentá-lo. A situação no Estado, apesar dos esforços de Lula, está conflagrada. O chefão petista tenta impor o apoio do PT a Waldez Goes, do PDT, que é homem de Sarney, mas o PT quer manter a aliança com o governador Camilo Capiberibe, do PSB. A petista Dora Nascimento, vice-governadora, afirma que não há acordo com o grupo do ainda senador. Vamos ver. Não se esqueçam de que Lula quebrou o PT maranhense para impor a aliança com Roseana. Sarney encomendou pesquisas e chegou à conclusão de que não conseguiria se reeleger.

A presidente Dilma esteve em Macapá nesta segunda para entregar unidades do programa Minha Casa Minha Vida. Estava devidamente escoltada pelo velho político. Esses eventos, como vocês sabem, têm hoje o público rigidamente controlado pela turma do Planalto. Mesmo assim, Sarney foi vaiado cinco vezes.

Pior: Capiberibe estava no palanque e fez um discurso francamente hostil ao senador. Anunciou que as ruas do conjunto habitacional receberiam nomes de pessoas que lutaram contra a ditadura, como Miguel Arraes, avô do presidenciável Eduardo Campos, Leonel Brizola e Vladimir Herzog, entre outros. Parece que citou também Carlos Marighella — aí já vira homenagem a assassino, né? Mas fazer o quê?

Referindo-se indiretamente a Sarney, mandou brasa: “É preciso lembrar e reverenciar os que ousaram lutar. A senhora [dirigia-se a Dilma] lutou e pagou um preço alto. Existem aqueles que se aliaram aos ditadores, não podemos esquecer, o Brasil não pode esquecer, senão, poderemos voltar a viver aqueles anos tristes”.

Sarney, cujo grupo, se a eleição fosse hoje, perderia também no Maranhão — o favorito é Flávio Dino, do PC do B — ouviu tudo calado. Resta-lhe agora criar má literatura de ficção, no que ele é bom, para tentar fazer parecer um ato de vontade sua o que é vontade do povo. Chegou a hora de ir para casa. O homem exerce cargo púbico desde 1955. Já está bom, né? Nesses 59 anos, aprendemos a que vieram os Sarneys. O Maranhão, o estado com os piores indicadores sociais do país, embora não exiba a seca que caracteriza o agreste nordestino, também sabe. E os maranhenses conhecem o atraso literalmente na carne.

A pior obra de Sarney, acreditem, não é a literária. Adeus!

Por Reinaldo Azevedo

OMS anuncia descoberta de vírus da pólio no Brasil



Uma amostra do vírus da poliomelite tipo 1 foi encontrada durante uma inspeção de rotina, realizada em março, no Aeroporto Internacional de Campinas, em São Paulo. O alerta é da Organização Mundial de Saúde (OMS), que divulgou ontem o comunicado ressaltando, no entanto, que nenhum caso foi constatado em humanos.

Pela análise genética do material, a cepa (do poliovírus selvagem tipo 1) é semelhante à recentemente isolada na Guiné Equatorial, país da África Ocidental. Mais estudos são necessários, mas a OMS acredita que esse seja um caso de importação do vírus. No país africano, a taxa de vacinação é baixa e a de exportação, alta.

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Festejar o 4 X 1? Ora, não é senão a obrigação!



Sim, o Brasil venceu. É verdade, o placar foi de 4 a 1. Recordemos, porém, quem era o adversário: seus jogadores vinham de uma ameaça de greve. Embarcaram para esta terra de palmeiras e sabiás na última virada do relógio, depois de acertar o ‘bicho’. Em campo, o rival exibira um desempenho de sub-Olaria: dois jogos, duas derrotas. Não marcara um mísero gol. Buscara a bola no fundo da rede cinco vezes.

O Brasil jogou contra Camarões, gente! Perdendo, os jogadores teriam de ser deportados para a Argentina. Empatando, para a África. Vencendo com um ou dois gols de diferença, seriam protagonistas de um vexame. Vamos e venhamos: com o placar de 4 a 1, a turma de Felipão deu conta do básico. Era obrigação. Para justificar o desperdício de um rojão, seria preciso enfiar seis, sete. Fogos? Só de oito pra cima!

O jogo teve duas escassas serventias: tirou o piano que pesava sobre os ombros dos jogadores depois do 0 X 0 contra o México. E realçou as principais deficiências: 1) a equipe exibe uma preocupante ‘neymardependência’, há um buraco no meio-campo (que Fernandinho preencheu no segundo tempo, ao substituir Paulinho); 3) noves fora Neymar, falta um franco-atirador.

Vem aí o mata-mata. No sábado, o Chile de Alexis Sánchez. Assusta menos do que a Holanda de Arjen Robben. Mas não é uma sopa de camarões. Assim, em vez de bater palmas, bata na madeira. Ainda não foi nesta segunda-feira que aquele Brasil da Copa das Confederações entrou em campo.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Felipão rebate Van Gaal: ‘É burro ou é mal-intencionado’



O técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari, regiu de forma dura à frase do colega Louis Van Gaal, treinador da Holanda, de que a Fifa teria favorecido o Brasil ao marcar o jogo contra Camarões na tabela para depois da definição do grupo B. Os jogos da chave A (Camarões x Brasil, em Brasília, e Croácia x México, em Recife) serão às 17 horas desta segunda-feira, e Holanda x Chile (definição sobre o primeiro e o segundo colocados) será às 13 horas.

Com isso, segundo o holandês, o Brasil poderia escolher seu adversário nas oitavas, ao entrar em campo já sabendo em que posição ficaram as equipes da outra chave. Para Felipão, que não citou diretamente o nome de Van Gaal, uma suspeita assim só é feita por pessoas ‘burras ou mal-intencionadas’.

Cid Gomes desmaia em evento do PDT em Fortaleza



O governador do Ceará, Cid Gomes (PROS), passou mal ontem durante convenção do PDT em Fortaleza. Ele foi atendido no Hospital Escola Hélvio Autodoenças Tropicais (antigo HDT), na capital cearense, e passa bem. Segundo sua assessoria de imprensa, o governador teve uma queda de pressão. Ele estava discursando quando desmaiou e teve que ser carregado até uma ambulância do Samu.

O senador Inácio Arruda (PCdoB) disse por mensagem que Cid Gomes estava tranquilo. Mais cedo, o deputado federal José Guimarães, candidato ao Senado pelo PT na coligação do PROS, chegou a considerar que o estado do governador poderia ser grave.

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domingo, 22 de junho de 2014

GOVERNO ESTUDA REDUZIR IPI DE CARROS FLEX QUE CONSOME MENOS ETANOL


Etanol: governo quer reduzir imposto de automóveis mais eficientes

O governo poderá reduzir as alíquotas do imposto sobre produtos industrializados (IPI) para veículos com motor flex que tiverem relação de consumo entre etanol hidratado e gasolina superior a 75%, conforme publicado nesta sexta-feira no Diário Oficial da União.

Para criar essa possibilidade de redução do imposto, o governo alterou a lei que instituiu o Inovar-Auto (Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores).

Ao estabelecer que o benefício poderá ser dado a veículos com motor flex com relação de consumo entre etanol hidratado e gasolina superior a 75%, a medida especifica que não poderá haver “prejuízo da eficiência energética da gasolina nos veículos novos”.

A medida é adotada no contexto da discussão no governo sobre o aumento da mistura do etanol anidro à gasolina. A partir dessa semana, o governo começou a fazer testes com duração de dois meses em diferentes tipos de veículos para analisar a viabilidade técnica do aumento de mistura do etanol anidro à gasolina em percentual superior ao atual, de 25%.

Também foi publicada no D.O. a previsão que estabelece o último dia útil de agosto como prazo final para adesão ao parcelamento de débitos tributários para empresas com impostos vencidos e não pagos até 31 de dezembro de 2013.

A lei traz ainda os porcentuais de entrada que as empresas terão de pagar para aderir ao parcelamento. No entanto, os porcentuais publicados deverão ser alterados para níveis menores considerando decisão comunicada na quarta-feira pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Em pacote anunciado na quarta-feira, o ministro Guido Mantega disse que nova medida provisória será enviada ao Congresso alterando os valores. Para empresas com dívidas tributárias de até 1 milhão, o porcentual da entrada baixará para 5% ante 10% previsto na lei publicada no D.O. (Veja/Com Reuters)

Papa excomunga máfia italiana por 'adoração do mal'


Papa faz sermão a prisioneiros na Calábria, muitos dos
 quais condenados por envolvimento com a máfia.
O papa Francisco condenou neste sábado a máfia italiana pelo o que chamou de "adoração do mal" em uma missa na região da Calábria. A Calábria, no sul da Itália, é considerada a base da organização criminosa 'Ndrangheta, uma das mais influentes do país. O pontífice também excomungou os gângsteres.

Mais cedo, Francisco visitou uma prisão onde se encontrou com um homem cujo filho de três anos foi morto em um aparente "acerto de contas" envolvendo o não pagamento de uma dívida de drogas. Durante seu discurso, o papa criticou repetidamente o crime organizado e a corrupção.

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Dilma repete em discurso de relançamento promessas da posse que não cumpriu



Ao discursar na convenção do PT, neste sábado (21), Dilma Rousseff pronunciou 47 vezes palavras ou expressões com o significado de recomeço ou de ajuste. Considerando-se que o pronunciamento ocupou 17 páginas, o conceito de correção de rumos foi evocado, em média, 2,7 vezes por folha.

Dilma mencionou 17 vezes o vocábulo ‘transformação’, duas das quais no infinitivo, uma no plural e uma no gerúndio. Citou 12 vezes a palavra “reforma”. Repetiu sete vezes a expressão “novo ciclo”. Referiu-se uma vez a “novo salto”. Falou em “mudança” cinco vezes, duas no plural. Por fim, utilizou cinco vezes o verbo “melhorar”.

Tomado isoladamente, o discurso revelou o esforço notável de uma governante com a popularidade em queda para ajustar o vocabulário ao desejo de mudança manifestado por 74% do eleitorado, segundo o Datafolha. Comparado à peça que Dilma leu no Congresso Nacional no dia de sua posse, em 1º de janeiro de 2011, o texto se torna matéria prima para a oposição —uma espécie de autodenúncia de tudo o que não foi feito.

A três meses da eleição, a presidente repetiu na forma de promessas compromissos que assumira na posse e que não conseguiu executar. Fez isso sem pronunciar nenhuma frase que pudesse ser entendida como uma autocrítica. Ao contrário. Em algumas passagens de sua fala, Dilma culpou terceiros pelos malogros do seu governo.

No discurso da posse, Dilma afirmara que a reforma política era “tarefa indeclinável e urgente” de sua gestão. Acenara com “com mudanças na legislação para fazer avançar nossa jovem democracia, fortalecer o sentido programático dos partidos e aperfeiçoar as instituições, restaurando valores e dando mais transparência ao conjunto da atividade pública.”

Na bica de encerrar o mandato, Dilma salta o mea-culpa e admite que a “tarefa indeclinável e urgente” de três anos e meio atrás é uma obra por realizar. Ela já não avoca para si toda a responsabilidade. Prefere dividir o esforço com o povo: “Não vejo outro caminho para concretizar a reforma política do que a participação popular, mobilizando todos os setores da sociedade por meio de um Plebiscito.”

No dia da posse, Dilma arrancara aplausos de deputados e senadores ao declarar que, “no plano social, a inclusão só será plenamente alcançada com a universalização e a qualificação dos serviços essenciais. Este é um passo, decisivo e irrevogável, para consolidar e ampliar as grandes conquistas obtidas pela nossa população.”

A presidente do discurso inaugural, considerava “tarefa indispensável” do seu governo liderar “uma ação renovada, efetiva e integrada dos governos federal, estaduais e municipais, em particular nas áreas da saúde, da educação e da segurança, vontade expressa das famílias brasileiras.”

Nos lábios da Dilma deste sábado, o compromisso de melhorar os serviços públicos, antes “decisivo, irrevogável e indispensável”, virou um objetivo impalpável a ser obtido num futuro incerto, no bojo de um ambicioso ‘Plano de Transformação Nacional’. Desde que governadores e prefeitos deixem de ser um estorvo para as boas intenções do governo federal.

“Um Plano de Transformação Nacional desta envergadura, só pode se concretizar com uma ampla reforma, capaz de redefinir os papéis dos entes federados”, disse Dilma, antes de transferir para as instâncias inferiores as culpas pelo insucesso de Brasília: “Não é por acaso que alguns dos serviços públicos que apresentam mais deficiência são os que têm interface entre os governos federal, estaduais e municipais.”

Dilma enfatizou: “É preciso reestudar e redefinir novos papéis e novas funções para os entes federados, porque a complexidade crescente dos nossos problemas exige esta mudança.” Ela enganchou uma reforma na outra: “É importante que a redefinição do pacto federativo integre o âmbito da grande reforma política que o Brasil necessita. Esta reforma é fundamental para melhorar a qualidade da política e da gestão pública.”

Vendida pela propaganda de 2010 como supergerente, a Dilma do dia da posse falava em “consolidar o Sistema Único de Saúde”. Dizia isso num tom tão peremptório que a coisa parecia simples. “Será outra grande prioridade do meu governo”, ela declarava. “Vou acompanhar pessoalmente o desenvolvimento desse setor tão essencial para o povo brasileiro”, ela prometia. “Quero ser a presidenta que consolidou o SUS, tornando-o um dos maiores e melhores sistemas de saúde pública do mundo”, ela sonhava.

Sob essa Dilma em início de jornada, o SUS trataria sua clientela como nunca antes na história desse país. Os hospitais públicos proveriam “todos os instrumentos de diagnóstico e tratamento disponíveis, tornando os medicamentos acessíveis a todos, além de fortalecer as políticas de prevenção e promoção da saúde.”

A presidente de então empregaria “a força do governo federal para acompanhar a qualidade do serviço prestado e o respeito ao usuário.” Ela estabeleceria “parcerias com o setor privado na área da saúde, assegurando a reciprocidade quando da utilização dos serviços do SUS.”

No discurso da nova Dilma, o sonho da saúde perfeita virou um pesadelo do qual a candidata à reeleição tenta acordar. Transformou-se também numa nova promessa: “A reforma dos serviços públicos dará atenção especial à melhoria da qualidade da saúde”, informou a presidente aos convencionais petistas. Misturando programas deflagrados sob Lula a iniciativas adotadas na sua gestão, Dilma ainda tentou remediar o fiasco:

“Fizemos o Samu, as Upas, os medicamentos gratuitos do ‘Aqui Tem Farmácia Popular’, a Rede Cegonha e o Mais Médicos, um programa estratégico que fortalece o SUS”, disse a recandidata. Na sequência, reconciliando-se com o óbvio, ela admitiu: “Temos nos esforçado muito, mas os serviços de saúde precisam sofrer, ainda, uma transformação mais profunda para ficar à altura das necessidades dos brasileiros.”

Dilma sofreu um choque de realidade também na área educacional. No dia da posse, ela dizia que, a despeito dos avanços obtidos nesse setor, “só existirá ensino de qualidade se o professor e a professora forem tratados como as verdadeiras autoridades da educação, com formação continuada, remuneração adequada e sólido compromisso com a educação das crianças e jovens.”

Nessa época, Dilma sustentava que “somente com avanço na qualidade de ensino poderemos formar jovens preparados, de fato, para nos conduzir à sociedade da tecnologia e do conhecimento.” Pois bem. A candidata à reeleição agora fala em “novo ciclo”. Mas com objetivo velho. “Este novo ciclo fará o ingresso decisivo do Brasil na sociedade do conhecimento, cujo pilar básico é uma transformação na qualidade da educação”, discursou Dilma na convenção deste sábado.

Considerando-se as palavras ex-gerentona, a sala de aula ideal, que parecia roçar-lhe o nariz em janeiro de 2011, perdeu-se nos desvãos da ineficiência da engrenagem governamental. “E não adianta ficar dando voltas”, declarou a neo-Dilma. “A transformação da Educação só se consolida com a valorização plena e real do professor —com melhores salários e melhor formação”, ela acrescentou, como se tratasse do tema pela primeira vez.

A três meses e meio das eleições, Dilma reposicionou-se em cena: “Já começamos a fazer isso e vamos acelerar muito mais quando ingressarem os 75% dos royalties do petróleo e os 50% do excedente em óleo do pré-sal. Todos destinados à Educação.”

A oradora só esqueceu de mencionar o seguinte detalhe: nas previsões mais otimistas, o óleo do pré-sal jorrará em escala comercial apenas num ponto longínquo do calendário, nos arredores de 2020. Quer dizer: a “valorização plena e real do professor” é coisa para o segundo ano do mandato do sucessor do próximo presidente da República.

Há duas Dilmas também na área mais importante, a econômica. A Dilma do discurso da posse escorava a superação da miséria do país em “um longo ciclo de crescimento”. Falava coisas assim: “É com crescimento que serão gerados os empregos necessários para as atuais e as novas gerações. É com crescimento, associado a fortes programas sociais, que venceremos a desigualdade de renda e do desenvolvimento regional.”

A Dilma atual, gestora de um PIB miúdo e declinante, já não fala de crescimento com tanto entusiasmo. Ela prefere discursar sobre as desculpas. Nessa matéria, a candidata põe a culpa no mundo: “Quando eu assumi o governo, o mundo era um. Pouco tempo depois, o mundo era outro.”

Acrescentou: “A verdade é que a crise econômica e financeira internacional ameaçou não apenas a estabilidade das maiores economias do mundo, mas boa parte do sistema político e econômico mundiais, ao aumentar o desemprego, abolir direitos e semear a desesperança.”

Depois de desenhar essa conjuntura de fim do mundo, Dilma se absteve de mencionar o Pibinho. Discorreu sobre a maneira “competente” como administrou o Apocalipse financeiro. “O Brasil, dessa vez, não se rendeu, não se abateu, nem se ajoelhou!”, disse (o ponto de exclamação consta da versão escrita do discurso. “O Brasil soube defender, como poucos, o mais importante: o emprego e o salário do trabalhador –e foi o país que melhor venceu esta batalha!” Mas como sustentar a tese de que o salário se manteve a salvo das oscilações inflacionárias?

Munida de autocritérios, Dilma disse aos petistas que a aclamaram como candidata oficial do partido: “Pela primeira vez em nossa história, o trabalhador não pagou o preço da crise. Enquanto no resto do mundo a crise devorou, desde 2008, 60 milhões de empregos, aqui foram criados 11 milhões de postos de trabalho com carteira assinada.” De resto, afirmou a candidata, o governo “manteve a política de valorizaçãoo do salario mínimo” e reajustou o Bolsa Família “acima da inflação.”

A Dilma da posse reiterava o compromisso de “manter a estabilidade econômica como valor absoluto.” Ela dizia que “já faz parte de nossa cultura recente a convicção de que a inflação desorganiza a economia e degrada a renda do trabalhador. Não permitiremos, sob nenhuma hipótese, que esta praga volte a corroer nosso tecido econômico e a castigar as famílias mais pobres.”

Hoje, informam as pesquisas, a percepção do eleitorado sobre o aumento da carestia é um dos elementos que roem a popularidade do governo e o volume de intenções de voto de Dilma. Ao que a candidata responde: “O povo quer mais e melhor —e nós e também.” Ironicamente, Dilma só fala de economia no plural. Ela não toma o seu período de governo isoladamente. Refere-se aos “últimos onze anos”, como se a sua gestão e os oito anos de Lula, espécie de presidente emérito, formassem um único mandato hipertrofiado.

Foi “o mais longo período de inflação baixa da história brasileira”, declarou Dilma, pulando o fato de que a taxa inflacionária distanciou-se do centro da meta oficial, que é de 4,5% ao ano. Mantém-se teimosamente acima dos 6%, com tendência de furar o teto da meta, de 6,5%, até o final de julho. Como não pode modificar o passado nem reverter o presente, Dilma trata do futuro, a única fase do tempo que não pode ser conferida ou cobrada.

“Temos, agora, uma oportunidade rara na história”, ela discursou. “Criamos as condições para defender os grandes resultados de um ciclo extraordinário e, ao mesmo tempo, temos força para anunciar o nascimento de um novo ciclo de desenvolvimento”. Em meio à pompa da convenção, Dilma soou como se não tivesse receio de tropeçar nas circunstâncias.

“Este novo ciclo manterá os dois pilares básicos do nosso modelo —a solidez econômica e a amplitude das políticas sociais —e trará avanços ainda maiores na melhoria da infraestrutura e dos serviços públicos, na qualidade do emprego, no desenvolvimento tecnológico e no aumento da produtividade da nossa economia.”

O lema da nova campanha de Dilma é “Mais Mudanças, Mais futuro.” Ela antevê “grandes batalhas” até o dia da eleição. Pediu ajuda à militância petista. “Se na eleição do presidente Lula a esperança venceu o medo, nessa eleição a verdade deve vencer a mentira e a desinformação. O nosso projeto de futuro deve vencer aqueles cuja proposta é retornar ao passado”, afirmou.

Dilma se referia, evidentemente, às duas presidências tucanas de FHC. Para ela, o Brasil dessa época não produziu senão arrocho, alienação do patrimônio público e endividamento externo. Muita gente dirá que, no discurso da candidata do PT, a mentira e a desinformação prevalecem sobre a verdade. Dilma se livraria da polêmica se, em vez de recuar até a era tucana, estacionasse no início do seu próprio governo. Se o Brasil de 2014 tivesse 10% das maravilhas daquele país esboçado no discurso de janeiro de 2011, a eleição de outubro poderia ser cancelada. Dilma estaria reeleita.

sábado, 21 de junho de 2014

Coligações dão à política a aparência de suruba


Arte/UOLDilma adora Cabral; que apoia Pezão; que é rival de Lindbergh; que se uniu a Romário; que é companheiro de Campos; que esculhamba Dilma; que polariza com Aécio; que é tucano como Alckmin; que abriu o palanque para Campos; que é unha e cutícula com Lula; que pega em lanças por Dilma; que deseja que Aécio e Campos se danem.

Convém retirar as crianças da sala. Como sucede em todo ano eleitoral, os partidos se excitam com a proximidade do prazo final das coligações. A suruba vai até o dia 30 de junho. Nessa fase, o noticiário político só devia ser exibido na tevê de madrugada. Revistas e jornais deviam ser enviados à banca ou à casa do assinante num saco de plástico escuro, com um aviso na capa: proibido para menores de 80 anos.

Vive-se uma daquelas fases pornográficas em que ninguém é inimigo de ninguém. Vivo, Tim Maia gritaria: ‘Vale tudo’. Convencionou-se dizer que o eleitor brasileiro não sabe votar. Se for verdade, ele jamais vai aprender num ambiente em que o oportunismo almoça com a conveniência, o marketing janta com o tempo de TV e o interesse público vai para a cama com a desfaçatez.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Planalto manda e-mail a Xuxa para saber se ela vaiou Dilma


Xuxa:  sem vaias

Xuxa recebeu um inusitado e-mail da Secretaria de Direitos Humanos do governo na segunda-feira passada. Questionava se Xuxa havia vaiado ou xingado Dilma Rousseff dias antes no Itaquerão, conforme publicado em algum site.

O motivo da pergunta: o Planalto queria evitar constrangimentos, pois Xuxa é convidada especial de Dilma para ir ao Palácio do Planalto nos próximos dias, quando a presidente irá sancionar a Lei da Palmada. Constrangida ficou Xuxa, que não havia vaiado ou xingado Dilma.

Por Lauro Jardim

Em ano eleitoral, Dilma turbina gasto com publicidade



No ano em que a presidente Dilma Rousseff disputa a reeleição, o Palácio do Planalto acelerou seus gastos com autopromoção: de janeiro a maio, a Presidência da República desembolsou 92,3 milhões de reais em publicidade institucional.

O montante representa um salto de 61,84% em relação ao mesmo período em 2013, quando mais de 57 milhões de reais foram pagos, segundo levantamento feito pela ONG Contas Abertas a pedido do site de VEJA. Em relação a 2011, quando 39,7 milhões de reais foram usados de janeiro a maio para promover ações da Presidência, o aumento foi de 132,51%.

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quinta-feira, 19 de junho de 2014

Gravação da PF mostra funcionária da Saúde cobrando propina em MS


Mulher é presa suspeita de cobrar propina da direção do Hospital de Câncer de Campo Grande (Foto: Reprodução/TV Morena)

A Polícia Federal prendeu em flagrante, na noite de terça-feira (17), uma servidora terceirizada do Ministério da Saúde que cobrava propinas para liberar verbas destinadas à aquisiçao de equipamentos hospitalares. A prisão foi feita no instante em que a personagem recebia R$ 100 mil em cheques de Carlos Coimbra, diretor do Hospital do Câncer Alfredo Abrão, na cidade de Campo Grande (MS).

O nome da servidora não foi divulgado. Ela vinha sendo monitorada por agentes federais desde o mês passado. Achacado, o diretor do hospital havia procurado a superintendência da PF no Mato Grosso do Sul. Munidos de autorização judicial, os investigadores organizaram o flagrante, filmando-o.

A detida trabalha em Brasília. Viajara a Campo Grande especialmente para recolher a propina. Segunda a PF, a verba que ela liberava mediante pagamento de vantagens por baixo da mesa tem origem em emendas enfiadas no Orçamento da União por congressistas. Numa primeira inquirição, a servidora disse que agia sozinha. A PF aprofundará as investigações.

Leia mais e veja o vídeo no G1

O CAIXA 2 E AS CHICAS


Maradona: caixa 2Terminou sem final feliz a negociação para contratar Maradona como comentarista do Sportv nesta Copa. Com as bases salariais acertadas, Maradona começou a fazer uma série de exigências nos últimos dias para participar do É Campeão.

Maradona exigiu que Daniel Passarela, também contratado do Sportv, fosse retirado do programa. Além disso, queria gravar sua participação dos estúdios da Telesur, a TV venezuelana por onde comenta a Copa.

E, para fechar, queria receber uma parte do salário por fora. Isso mesmo, sem recibo, via caixa 2. Isso sem falar que falou abertamente que queria também umas “chicas” a serem fornecidas pelo Sportv.

O Sportv, que até helicóptero já tinha providenciado para Maradona se deslocar, rejeitou a proposta e a negociação está encerrada. (Veja)

Por Lauro Jardim

DANILO GENTILI: “O PT QUER A MINHA CABEÇA”



Danilo Gentili usou as redes sociais nesta quarta-feira (18) para reclamar de um artigo de Alberto Cantalice, vice-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT). No texto, publicado no site do partido na segunda-feira (16), o político diz que jornalista e artistas, como Danilo Gentili, “estimulam setores reacionários e exclusivistas da sociedade brasileira a maldizer os pobres e sua presença cada vez maior nos aeroportos, nos shoppings e nos restaurantes”. Ainda segundo Cantalice “seus paroxismos odientos revelaram-se com maior clarividência na Copa do Mundo”.

No Facebook, o apresentador do “The Noite”, do SBT, respondeu. “Enfim, PT, vocês querem minha cabeça? Podem vir pegar. Mas não venham usando camisetas com foto da Dilma senão a cabeça que querem estará mole”, ironizou ele, publicando uma foto debochada.

Procurada pelo iG, a assessoria do PT informou que não comentaria uma declaração pessoal de Cantalice. O vice-presidente não foi localizao para comentar o assunto.

Leia o comunicado na íntegra abaixo:

“A caça às bruxas começou. Não, ninguém vai atirar na Marta Suplicy. É o Partido dela que está querendo atirar nos outros.

O PT colocou em seu site que quer a minha cabeça – e também a de outros jornalistas e artistas que cometeram o terrível crime de discordar deles. Portanto se você tem um cérebro e é alfabetizado cuidado, você pode ser o próximo.

Eles dizem no site deles que eu devo ser perseguido porque odeio pobres. Se fosse verdade que eu só gosto de ricos eu seria amigo do Filho do Lula.

Mas a real é que o PT está oficialmente encorajando seus eleitores a me agredirem e hostilizarem pelas ruas. E dá até medo. Se os eleitores do PT conseguiram fuder um Pais inteiro imagina o que não podem fazer comigo.

Mas mesmo assim preciso dizer que acho demais estar na lista negra do PT. Estar na lista negra do PT é como ser algo que está no meio da podridão sofrendo ataques constantes e ainda assim resiste. É como se eu fosse o fígado do Lula.

Enfim, PT, vocês querem minha cabeça? Podem vir pegar. Mas não venham usando camisetas com foto da Dilma senão a cabeça que querem estará mole.” (IG)

Ministério da Educação processa 79 faculdades


J.Freitas/Ag.SenadoO Ministério da Educação instaurou processos administrativos contra 79 faculdades localizadas em 20 Estados e no Distrito Federal. Elas registraram baixo desempenho no Índice Geral de Cursos, ferramenta usada pelo governo para aferir a média das notas de graduação e pós-graduaçao. De resto, as instituições se recusaram a assumir o compromisso de sanear as deficiências.

A lista de faculdades encrencadas consta da portaria número 361 do MEC. Foi publicada na edição desta quarta-feira (18) do Diário Oficial da União. Pode ser conferida aqui. As instituições terão 15 dias para apresentar defesa. Estão sujeitas a quatro punições: desativação de cursos; intervenção; suspensão temporária de prerrogativas da autonomia universitária; e, por fim, o descredenciamento.

Desde logo, a pasta da Educação adotou alguns medidas preventivas. Por exemplo: A) suspendeu a assinatura de novos contratos de financiamento estudantil (Fies) para alunos das faculdades processadas, e B) excluiu as instituições do Prouni, o programa de bolsas universitárias do governo. Ou seja: por ora, foram punidos apenas os estudantes, maiores vítimas da inepcia.