domingo, 31 de outubro de 2010

PSDB triunfa em 8 Estados, e oposição comandará 52,3% do eleitorado brasileiro

A oposição, composta por PSDB e DEM, vai administrar 52,3% do eleitorado brasileiro.

Derrotado na corrida à Presidência, o PSDB saiu das eleições como o campeão na disputa pelos Estados (oito vitórias) e terá, a partir de janeiro, quase metade do eleitorado brasileiro sob sua administração _64,2 milhões, que representam 47,5% do total.

A conquista tucana nos Estados torna-se um contrapeso à vitória de Dilma Rousseff (PT), que contará com apoio certo de 16 governadores _o PMN, vencedor no Amazonas, estava na chapa de José Serra (PSDB).

Os tucanos já haviam faturado a eleição no primeiro turno em quatro Estados: São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Tocantins, sendo os dois primeiros os maiores colégios eleitorais do país.

A esse cinturão no Centro-Sul do mapa somaram-se vitórias em mais quatro praças ontem: Alagoas, Pará, Goiás e Roraima.

O resultado está acima dos prognósticos mais otimistas feitos pelo comando do partido no início da campanha, cuja expectativa era faturar no máximo seis Estados.

Em números, é o melhor desempenho da sigla desde 1994 (52% dos eleitores), quando houve uma onda nos Estados alavancada pela eleição de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Em 2006, conseguiu 43%.

A oposição faturou no primeiro turno em Santa Catarina e no Rio Grande do Norte, com o DEM.

O PT teve crescimento discreto, de 13,5% para 15,7%, ganhando em quatro Estados (AC, BA, RS e SE) e no Distrito Federal. Além da reeleição na Bahia, a grande vitória petista foi no Rio Grande do Sul.

Maior partido do Brasil, o PMDB encolheu e comandará 15,3% do eleitorado, ante 22,8% há quatro anos. A legenda administrará cinco Estados (MA, MS, MT, RJ e RO).

Outro destaque destas eleições é o PSB, que termina com seis vitórias (PB, CE, PE, ES, PI e AP), totalizando 14,8% do eleitorado. A força dos "socialistas" está concentrada no Nordeste.

CONGRESSO

O triunfo da oposição na geopolítica do país é, entretanto, relativizado pela ampla maioria que Dilma terá no Congresso.

De largada, a petista conta com 311 dos 503 deputados. Mas, se tomado o arco de partidos que hoje apoiam o governo Lula, ela teria uma base de 402 parlamentares _a maior desde a redemocratização do Brasil.

Os principais alvos de negociação do futuro governo Dilma serão PP, PTB e PV, que optaram por não se coligarem formalmente à chapa dela ao Planalto.

No Senado, a petista também terá maioria confortável, que variaria hoje entre 52 e 60 das 81 cadeiras.

Cai o número de mulheres eleitas governadoras no país


Representatividade será menor após aumento ao longo das eleições.
São apenas duas eleitas; recorde é de 2006 (três).
 
Apesar de o Brasil eleger a primeira mulher presidente da história, só duas comandarão um estado do país. Com o resultado, o consecutivo aumento de mulheres eleitas governadoras nas últimas eleições é interrompido.

Roseana Sarney (PMDB), governadora eleita do Maranhão.Em 2006, foram eleitas três mulheres – o recorde. Em 2002, foram duas; em 1998, uma. Em 1990, só homens foram eleitos para o cargo.

Neste ano, entre as duas eleitas está Roseana Sarney (PMDB-MA), justamente a primeira mulher a ocupar o cargo no Brasil, ao vencer a eleição em 1994. A outra governadora eleita é Rosalba Ciarlini (DEM-RN).

Em Santa Catarina, nem Angela Amin (PP) nem Ideli Salvatti (PT) conseguiram levar a disputa para o segundo turno. No Pará, Ana Julia (PT) perdeu a corrida à reeleição.

A participação das mulheres na política nacional também não irá se alterar significativamente. Na Câmara dos Deputados, haverá o mesmo número de mulheres em comparação com 2006: serão 45. Para o Senado, foram eleitas sete mulheres - uma pequena queda. Na última vez em que foram escolhidos 54 senadores (em 2002), oito mulheres conseguiram sair vitoriosas das urnas.

Maior participação

A baixa representatividade contrasta com a participação cada vez maior das mulheres nas disputas eleitorais desde os anos 90. Para reforçar essa presença feminina, inclusive, a reforma eleitoral aprovada pelo Congresso no ano passado fez uma pequena mudança na legislação no que se refere às "cotas" para mulheres.
 
Rosalba Ciarlini (DEM) é eleita governadora do Rio Grande do Norte.Antes, a lei determinava que os partidos deviam "reservar" no mínimo 30% e no máximo 70% das vagas para as candidaturas de cada sexo às Assembléias Legislativas, Câmaras municipais e à Câmara dos Deputados. Agora, a expressão utilizada é a de que os partidos devem "preencher" esses mesmos percentuais. Apesar disso, essa regra nem sempre é seguida (às vezes pela própria falta de mulheres dispostas a concorrer).

História

A participação feminina na política pode ser contada a partir de 1928, quando Luiza Alzira Soriano Teixeira se tornou a primeira mulher eleita para uma prefeitura no Brasil, na cidade de Lajes, no Rio Grande do Norte.

Já a paulista Carlota Pereira de Queiroz foi a pioneira em 1933 a ocupar uma cadeira na Câmara dos Deputados. No Senado Federal, a primeira foi Eunice Michilles, do Amazonas, em 1979, que assumiu o cargo após a morte de João Bosco Ramos de Lima.

Veja mapa da apuração para a Presidência, estado por estado

Segundo turno é disputado por Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB).

Infográfico mostra o percentual de votos válidos de cada candidato.

Uma mulher no Planalto: Dilma é eleita presidente

Ex-ministra da Casa Civil vence a corrida ao Palácio do Planalto

 
 
Pela primeira vez na história política do país, o Brasil será presidido por uma mulher. A mineira Dilma Vana Rousseff, 62, foi eleita presidente da República neste domingo. A vitória foi constatada por volta das 20h, quando, com 89,42% dos votos apurados, a candidata ungida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a 55,07% dos votos e o candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, José Serra, estava com 44,93% dos votos ( 40,1 milhões).

Na primeira vez que disputou uma eleição, a ex-ministra da Casa Civil obteve a preferência de 49,2 milhões de eleitores, tornando-se a mulher mais votada em todas as eleições já realizadas no país. Apesar da façanha nas urnas, a petista não conseguiu bater o seu padrinho político. Em 2006, Lula foi reeleito com mais de 58 milhões de votos (60,8%) contra mais de 37 milhões de Geraldo Alckmin (39,1%).

Ao lado do governador eleito do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), a ex-ministra votou em um colégio de Porto Alegre (RS) pela manhã. Depois seguiu para Brasília. Acompanha a apuração e a divulgação oficial do resultado ao lado de Lula no Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente.

Congresso e oposição – Ao assumir a presidência, em 1º de janeiro de 2011, Dilma terá o conforto de ter a seu favor um Congresso Nacional com ampla maioria. Na Câmara, obteve vantagem ainda maior do que a de Lula. Vai contar com mais de 350 dos 513 parlamentares. O PT tornou-se a maior bancada da Casa. O Senado, que tinha um equilíbrio maior de forças, também sucumbiu à onda vermelha. Um crescimento expressivo do PT e a maior bancada nas mãos do PMDB devem dar tranquilidade à nova presidente.

Os governistas somam ao menos 50 cadeiras (número ainda em aberto por causa da Lei da Ficha Limpa). Dilma terá o que Lula não teve: uma maioria qualificada, com mais de 3/5, não só na Câmara, mas também no Senado. Com essa sustentação, o governo tem uma base suficientemente grande até mesmo para aprovar mudanças na Constituição - que exigem o consentimento de 49 senadores e 308 deputados.

Por outro lado, a petista terá de lidar com uma oposição forte nos estados. O PSDB de Serra garantiu os governos de quatro estados já no primeiro turno - entre eles São Paulo e Minas Gerais, os dois maiores colégios eleitorais do país. No segundo turno, os tucanos brigam por mais quatro estados – Alagoas, Goiás, Pará e Piauí. Até 20h, os tucanos já haviam conquistado o governo de Goiás. O DEM levou Santa Catarina e Rio Grande do Norte já no primeiro turno.

Pouco conhecida da população até o momento em que Lula entrou em campo para apadrinhar sua candidatura, nunca havia disputado uma eleição. Era uma figura dos bastidores: foi secretária de governo no Rio Grande do Sul, ministra de Minas e Energia e da Casa Civil antes de subir ao palanque em 2010. Agora, se depara com o desafio de suceder o presidente mais popular da história política brasileira. E sair da sombra dele para alçar voo próprio.

Boca de urna: Dilma, 58%, Serra, 42%

Ganha a mediocridade e a pilantragem... O brasileiro não pode reclamar mais, a culpa é nossa... A vida vai continuar uma bosta!!!

TSE já mostra 51% dos votos apurados e abstenção está baixa, em 20%. Não entrou Norte e Nordeste.

Todo mundo quieto. Abstenção pode ter sido baixíssima no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. E altíssima no Norte e Nordeste. Isto muda completamente qualquer resultado de boca de urna. Vamos aguardar.

Goiás mais uma vitória da onda azul

Marconi Pirillo fatura em Goiás...

Leia mais, aqui...

Agnelo Queiroz é eleito governador do Distrito Federal

Agnelo
Agnelo Queiroz (PT) foi eleito em segundo turno, neste domingo (31), o novo governador do Distrito Federal. Segundo informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), às 17h56, com 81,05% das urnas apuradas, o petista tinha 66,44% dos votos e não podia mais ser alcançado por Weslian Roriz (PSC), mulher do ex-governador Joaquim Roriz (PSC).

Weslian entrou na disputa após o marido renunciar à candidatura por estar ameaçado pela Lei da Ficha Limpa.

Comento: Mais um ladrão foi eleito, graças a estupidez do eleitor medíocre...

Goiás: boca de urna

Votos válidos:

Marconi Perillo (PSDB): 52%

Iris Rezende (PMDB): 48%

A pesquisa foi realizada no dia 31 de outubro de 2010. Foram entrevistados 4.500 eleitores.

A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Solicitante: Televisão Anhanguera S.A.

Registro: 55102/2010 (TRE) e 38123/2010 (TSE)

Em Londres, Serra vence o segundo turno das eleições presidenciais

Com 57,85% dos votos válidos, o tucano José Serra venceu o segundo turno da eleição realizada no consulado de Londres neste domingo (31). Ele obteve 1.783 votos, contra 1.299 recebidos pela petista Dilma Rousseff, que ficou com 42,14%. A votação foi encerrada às 17h (15h no horário de Brasília).

No primeiro turno, Serra já havia vencido, mas a disputa tinha sido mais acirrada. Na ocasião, ele recebera 37% (1.152) dos votos válidos, e Dilma 35,6% (1.106).

Na votação deste domingo, os votos em branco chegaram a 117 e os nulos, a 131. Dos 6.981 eleitores cadastrados no Reino Unido, 3.330 (47,7%) compareceram, percentual semelhante ao do primeiro turno e dentro da expectativa do consulado.

"A votação foi muito tranquila, não houve fila em momento algum porque os eleitores vieram mais distribuídos ao longo do dia", afirmou o cônsul-geral do Brasil em Londres, Valter Pecly Moreira, após o término da eleição.

'Tranquilo', diz deputado eleito Tiririca sobre possível teste de alfabetização

Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca, votou em São Paulo.
Ele declarou que seguiu orientação do PR e votou em Dilma Rousseff.


Tiririca votou em seção localizada na Unip, na Rua Vergueiro. Deputado eleito com 1,3 milhão de votos disse que votou em Dilma Rousseff.
O deputado eleito Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca, votou por volta das 15h30 deste domingo (31) em uma universidade na Rua Vergueiro, na Zona Sul da capital paulista. Após votar, o humorista respondeu a apenas duas perguntas feitas pelos jornalistas que o aguardavam no local.

O humorista disse que votou na candidata apoiada por seu partido, o PR. "Meu voto é com o partido, meu partido vota na Dilma, então eu voto na Dilma", disse. Sobre a possibilidade de realizar o teste para comprovar que é alfabetizado, o humorista fez apenas uma afirmação. "Tranquilo", disse.

Protesto em colégio de SP termina em brincadeira



Um protesto de um manifestante em frente ao Colégio Santa Cruz, no Alto de Pinheiros, em São Paulo, provocou um pequeno tumulto mas terminou em paz. A escola recebeu o candidato do PSDB à presidência da República, José Serra. O universitário Henrique Mogadouro da Cunha, de 21 anos, estudante do curso de Ciências Sociais da USP, levou um cartaz protestando contra a posição de Serra em relação ao aborto.

Raphael Penteado, delegado do PSDB, se colocou na frente do cartaz na hora em que Serra chegou. A polícia apaziguou os ânimos, dizendo que um tinha direito de protestar em silêncio, e o outro tinha direito de protestar interferindo que o primeiro não protestasse. No final, estudante e delegado se abraçaram.

Mesário irritado causa confusão e acaba preso em Osasco

Segundo o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), um mesário da 315ª Zona Eleitoral de Osasco, na Grande São Paulo, foi preso na manhã deste domingo (31). A prisão ocorreu depois que um dos mesários chegou ao local de votação e encontrou seu lugar ocupado por outra pessoa, nomeada pelo presidente. Houve confusão e a juíza responsável pela Zona Eleitoral deu voz de prisão para um deles, enquanto o outro permaneceu trabalhando, sem prejuízo para a rotina da votação.

Juiz manda apreender jornal por crime eleitoral em São José dos Campos

Jornal Folha Universal publicou foto e texto recomendando voto em candidata do PT


São José dos Campos teve um caso de crime eleitoral neste domingo (31). O juiz eleitoral do município, Carlos Guttemberg, mandou apreender o jornal Folha Universal, que pertence à Igreja Universal.

O periódico publicado no dia da votação de segundo turno estampou na contra-capa uma imagem da candidata à Presidência, Dilma Roussef, acompanhada de um texto expondo sete razões para que o eleitor vote na petista.

De acordo com o juiz, a Polícia Militar deve apreender todos os jornais e prender quem estiver distribuindo o material aos eleitores.

PROTESTO AO VOTAR

A estudante Alice Veríssimo, 16, protesta ao se apresentar com nariz de palhaço para votar no Colégio Santa Cruz, no Alto de Pinheiros, em São Paulo.

TSE registra 77 prisões em todo o país até as 13h25 deste domingo

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que, até as 13h25 deste domingo (31), 77 pessoas tinham sido presas por crimes eleitorais em todo o país.

Ao todo, o tribunal registrou 149 ocorrências no país, das quais 72 sem prisão. Os dados foram repassados ao TSE pelos tribunais regionais. Nenhum candidato foi preso.

Os números mostram que houve queda frente ao registrado no primeiro turno, quando até as 14h30 do dia 3 de outubro haviam sido registradas 368 ocorrências com prisão.

"Talvez isso se explique porque temos menos cargos eleitorais, só um voto para presidente e, em oito estados e no DF, para governadores. Talvez a paixão toda do primeiro turno tenha contribuído [para o maior número de prisões]", disse o ministro do TSE Arnaldo Versiani.
 
Do total de 77 prisões feitas em todo país, a maior parte aconteceu no estado da Pará, que registrou 19 casos

A Bahia registrou 11 prisões, Goiás teve nove e Minas Gerais, oito. No Ceará, sete pessoas foram presas e, na Paraíba, outras seis.

Partidos serão multados por sujar ruas em Rondônia

Os partidos e coligações dos candidatos a governador Confúcio Moura (PMDB) e João Cahulla (PPS) serão multados em R$ 5.000, cada um, devido ao derrame de santinhos nas ruas de Porto Velho (RO), afirmou neste domingo o procurador da República Ercias Rodrigues.

Após o primeiro turno, o procurador entrou com ação na Justiça Estadual para que os partidos fossem multados se lançassem os santinhos nas calçadas e ruas dos locais de votação, como ocorreu na votação de 3 de outubro.

Onda Azul, a vitória...



Serra neles meu povo...

Sobe para 24 número de países que já encerraram votação no exterior

A votação para brasileiros no exterior já terminou em 24 países, segundo informações do TRE-DF (Tribunal Regional Eleitoral) do Distrito Federal, responsável pelo recebimento da transmissão de resultados externos.

Os países são Nova Zelândia, Austrália, Coreia do Sul, Japão, Timor Leste, Hong Kong, Malásia, Taiwan, Tailândia, Indonésia, Filipinas, Cingapura, China, Índia, Emirados Árabes, Rússia, Romênia, Qatar, Kwait, Quênia, Jordânia, Grécia, África do Sul e Israel.

Eleições 2010


Mesária é presa por comparecer embriagada à seção eleitoral em GO

Uma mesária foi presa na manhã deste domingo (31) quando chegou para trabalhar e foi constatado que ela estava embriagada no Colégio Estadual Colina Azul, em Aparecida de Goiânia (GO). Ela foi detida por determinação do Juiz Eleitoral responsável pela Zona Eleitoral 132.

Cartório eleitoral é assaltado em Pernambuco

Um cartório eleitoral foi arrombado, na madrugada deste domingo (31), no município de Goiana (PE), e assaltantes levaram mais de R$ 13 mil, segundo a assessoria de imprensa do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Pernambuco. A polícia havia informado anteriormente que R$ 3 mil haviam sido levados do cartório, e o roubo de outros R$ 10 mil era investigado.

O dinheiro, que seria usado para gastos com transporte e alimentação dos mesários, já foi reposto, segundo o TRE. Devido à ausência de bancos abertos neste domingo, o presidente do Tribunal e desembargados colaboraram pessoalmente, segundo a assessoria de imprensa, para enviar a quantia às zonas eleitorais. Eles deverão ser ressarcidos na segunda-feira (1º).

O arrombamento só foi percebido na manhã deste domingo, quando funcionários chegaram ao cartório. A polícia investiga o caso, mas ainda não tem suspeitos.

A votação para o segundo turno das eleições segue tranquila em Pernambuco, neste domingo, segundo o TRE. Do total de 18 mil urnas usadas no estado, apenas 16 tiveram que ser substituídas.

Eleições no exterior já acabaram em 16 países, informa TSE


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou neste domingo (31) que, até às 11h (horário de Brasília), as eleições no exterior já terminaram em 16 países.

São eles: Nova Zelândia, Austrália, Coreia do Sul, Japão, Timor Leste, Cingapura, China, Filipinas, Hong Kong, Malásia, Taiwan, Tailândia e Indonésia, Índia, Emirados Árabes e Rússia.

Neste ano, mais de 200 mil eleitores votam no exterior, segundo dados do TSE. Deste total, 168.480 têm idade entre 25 a 59 anos. No exterior, a votação é apenas para o cargo de presidente e vice-presidente da República.

Pequeno, porém sério

Olho na Mira

O Insituto Veritá, de Goiás, pode ser o único a escapar dessas eleições sem arranhão e passar a ser referência em pesquisas eleitorais daqui prá frente. Como citou o blog do Coronel, o DataFolha é turbinado pelo jornal Folha de São Paulo, que precisa dar credibilidade ao seu instituto, e o IBOPE é apoiado pela Globo, que precisa manter seus índices de audiência. O Sensus e o Vox Populi se declararam eleitores de Dilma. Difícil acreditar neles, pois nem os petistas os levam a sério.

Fazendo levantamento de campo com recursos próprios, o Instituto Veritá entrevistou 5028 pessoas, em todos os estados da Federação, e mostra Dilma com 6,9 pontos à frente de Serra (42,8 a 35,9), tanto na espontânea como na estimulada. O que chama atenção são os indecisos, que ficaram em 14,4%. A margem de erro da pesquisa é de 1,4% para mais ou para menos e foi realizada entre os dias 27 e 28 de Outubro.

Algumas curiosidades marcam a pesquisa do Vertitá. Entre os entrevistados, 68,6% são católicos e 19,8% evangélicos. Pelas datas da pesquisa, dois fatos recentes não entraram na estatísitca: o primeiro, nesse caso valendo mais aos entrevistados católicos, a pesquisa não captou os efeitos da orientação do Papa Bento 16, sobre votos para candidatos que pregam o aborto. O segundo, foi não ter medido os efeitos do debate da Globo.

Em todo caso, a pesquisa do Veritá, naquele momento, fotografou algo bem próximo do real, com Dilma caindo em relação à votação que teve no primeiro turno, o que é normal devido ao fraco desempenho nos debates anteriores ao da Globo, e Serra mantendo a mesma votação de 3 de Outubro, o que também é normal, visto que o tucano tinha grande rejeição no primeiro turno e manteve o eleitorado.

Essas duas hipóteses, mostradas pelo Veritá, somadas ao elevado número de indecisos, deixam claro que os eleitores da Marina Silva ainda não se decidiram e nenhum dos candidatos conseguiu convence-los. Em resumo, os candidatos ficaram brigando o tempo todo em busca de votos que já eram deles. O que é uma ironia.

Parabéns ao Veritá, que mostrou algo bem próximo da realidade. A eleição está aberta e serão os indecisos que ajudarão a eleger o futuro presidente do Brasil. Se os indecisos decidirem não votar em ninguém, Dilma Rousseff terminará o domingo como presidente

Charge do Néo

Collor passa em sua TV comercial proibido pela Justiça

O senador Fernando Collor de Mello (PTB) voltou a utilizar seus veículos de comunicação em benefício de seu candidato ao governo do Estado, Ronaldo Lessa (PSB). Neste sábado, Collor veiculou em sua emissora de TV um direito de resposta que Lessa não tinha direito.

A peça publicitária havia sido vetada pelo Tribunal Regional Eleitoral. Na inserção, Collor, Lessa e Lula apareceram pedindo votos para o candidato do PDT.

A exibição da propaganda constitui crime eleitoral e pode deixar Collor e Lessa inelegíveis por oito anos.

A coligação Frente pelo Bem de Alagoas, que apóia a reeleição do governador Teotônio Vilela Filho (PSDB), deu entrada, ainda na noite deste sábado (30), em mais uma representação contra Collor e Lessa, cobrando providências da Justiça Eleitoral por descumprimento de determinação judicial, abuso de poder político e econômico e uso irregular de meios de comunicação.

Durante toda a campanha eleitoral, Collor usou de forma escancarada seus veículos de comunicação para promover, primeiro, sua candidatura ao governo e, em seguida, a candidatura de seu aliado.

Collor responde a uma ação impetrada pelo Ministério Publico Eleitoral que pede a sua inelegibilidade pelo uso ilegal de seu instituto de pesquisa, o Gape, suspeito de ter manipulado dados de intenção de voto.

Imagem e semelhança

Dora Kramer - O Estado de S.Paulo

Hoje à noite o Brasil terá novo presidente. Depois de oito anos de Presidência "irradiada" - como se dizia na era das transmissões exclusivamente radiofônicas - daqui a dois meses o País volta ao normal em termos de conduta presidencial.

A menos que Luiz Inácio da Silva pretenda substituir-se ao presidente - seja como chefe da oposição ou como tutor da chefe da Nação - e ocupe todo dia algum microfone por alguma razão, chega ao fim um período peculiar no que tange à figura de alguém que fez da Presidência um exercício de egolatria.

Daí a singularidade da campanha eleitoral que ontem chegou ao fim, exatamente no molde pretendido por Lula: uma guerra desprovida de conteúdo político (na melhor acepção do termo), na qual o que menos importou foram os atributos dos candidatos e os respectivos projetos de País.

Sinal mais expressivo é que nenhum dos dois se deu ao trabalho de expor ao eleitorado um plano de governo bem explicado e detalhado. E pelo pior dos motivos: medo de criar polêmica e, com isso, prejudicar as chances de vitória.

Embromaram no que seria substantivo e capricharam no adjetivo, no "aqui e agora" do embate. Diga-se, por sinal, que esse tipo de atitude seria impossível se o voto fosse facultativo, com os candidatos precisando lutar pelo interesse do eleitor.

Prevaleceu uma disputa na qual o eleitor foi ora espectador, ora massa de manobra, ora inocente útil, e Lula o protagonista.

A sociedade foi ativa ao provocar um segundo turno?

É relativo: o segundo turno é da regra, sempre esteve no cenário. Representou apenas um fato surpreendente em relação ao quadro de artificialismo triunfante criado pela máquina de propaganda governamental em conjunto com pesquisas, cujos números acabaram se mostrando excessivos no tocante ao favoritismo da candidata oficial.

Lula conseguiu exatamente o que queria ao se impor como a figura central da campanha. Não lhe importa a evidência de que isso significa uma deformação institucional. Por si fácil de ser entendida, mas podemos ilustrar com o exemplo mais ou menos recente da então presidente do Chile, Michelle Bachelet, que mesmo popularíssima perdeu a eleição. Só não perdeu a compostura.

Para não ir longe, mas recuando bem mais no tempo, tivemos aqui Fernando Henrique Cardoso na transição civilizada para o PT. Mérito? Só porque a comparação é com Lula, pois de verdade seria uma obrigação.

Fragilizado politicamente, José Sarney ficou distante da eleição de 1989 servindo apenas de muro de pancadas dos muitos candidatos da época.

Itamar Franco não jogou o governo na luta pelo sucessor. Fernando Collor, com toda ausência de zelo pela coisa pública e arrogância doentia, enfrentou o período de acusações, investigações e impedimento sem fazer um centésimo do que Lula fez em matéria de abuso da máquina pública.

Pintou e bordou como nunca se viu diante de parte da sociedade perplexa, parte embasbacada, parte inebriada com a chance de comprar e crente que tudo se deveu à vontade, à coragem e à sensibilidade social de Lula.

Fez e aconteceu nas barbas da Justiça Eleitoral totalmente leniente e de um Ministério Público ausente.

Usou governo, ministros, capacidade de pressão, ludibriou e ainda se fez de ofendido quando a oposição resolveu parar de apanhar calada. Conseguiu que, ao final, a impressão fosse de "baixarias de parte a parte".

Quem fez campanha ilegal por dois anos e transgrediu fora do limite de qualquer responsabilidade? Pois é.

Na regra limpa, no mano a mano, Dilma Rousseff teria chegado aonde chegou? Pois é.

Pode-se argumentar que os presidentes citados, à exceção de Itamar, foram derrotados pelas circunstâncias.

Lula saiu vencedor, no mínimo no quesito popularidade. Falta ainda esperar que a História conte a história toda: aquela parte que fala da credibilidade e fica para sempre.

Abstenção. Hoje não é demais repetir: "O maior castigo para aqueles que não se interessam por política é que serão governados pelos que se interessam". Arnold Toynbee.

Afinal, o que queremos?

Editorial - O Estado de São Paulo

Encerra-se hoje a mais longa campanha eleitoral de que se tem notícia no País, e certamente em todo o mundo: oito anos de palanque na obstinada perseguição de um projeto de poder populista assentado sobre o carisma e a popularidade de um presidente que, se por um lado tem um saldo positivo de realizações econômico-sociais a apresentar, por outro lado, desprovido de valores democráticos sólidos, coloca em risco a sustentabilidade de suas próprias realizações na medida em que deliberadamente promove a erosão dos fundamentos institucionais republicanos. Essa é a questão vital sobre a qual deve refletir o eleitor brasileiro, hoje, ao eleger o próximo presidente da República: até onde o lulismo pode levar o Brasil?

Quanto tempo esse sentimento generalizado de que hoje se vive materialmente melhor do que antes resistirá às inevitáveis consequências da voracidade com que o aparelho estatal tem sido privatizado em benefício de interesses sindical-partidários? Tudo o que ambicionamos é o pão dos programas assistenciais e do crédito popular farto e o circo das Copas do Mundo e Olimpíada?

Lamentavelmente, as questões essenciais do País não foram contempladas em profundidade pelo pífio debate político daquela que foi certamente a mais pobre campanha eleitoral, em termos de conteúdo, de que se tem notícia no Brasil. Mais uma conquista para a galeria dos "nunca antes neste país" do presidente Lula, que nessa matéria fez de tudo. Deu a largada oficial para a corrida sucessória, mais de dois anos atrás, ao arrogar-se o direito de escolher sozinho a candidata de seu partido. Deu o tom da campanha, com a imposição da agenda - a comparação entre "nós e eles", entre o "hoje e ontem", entre o "bem e o mal" - e com o mau exemplo de seu destempero verbal.

Uma das consequências mais nefastas dessa despolitização que a era lulo-petista tem imposto ao País como condição para sua perpetuação no poder é o desinteresse - resultante talvez do desencanto -, ou pelo menos a indulgência, com que muitos brasileiros tendem a considerar a realidade política que vivemos. A aqueles que acreditam que podem se refugiar na "neutralidade", o antropólogo Roberto DaMatta se dirigiu em sua coluna dessa semana no Caderno 2: "Você fica neutro quando um presidente da República e um partido que se recusaram a assinar a Constituição e foram contra o Plano Real usam de todos os recursos do Estado que não lhes pertencem para ganhar o jogo? (...) Será que você não enxerga que o exemplo da neutralidade é fatal quando há uma óbvia ressurgência do velho autoritarismo personalista por meio do lulismo, que diz ser a ‘opinião pública’? O que você esperava de uma disputa eleitoral no contexto do governo de um partido dito ideológico, mas marcado por escândalos, aloprados e nepotismo? Você deixaria de tomar partido, mesmo quando o magistrado supremo do Estado vira um mero cabo eleitoral de uma candidata por ele inventada? É válido ser neutro quando o presidente vira dono de uma facção, como disse com precisão habitual FHC? Se o time do governo deve sempre vencer porque tem certeza absoluta de que faz o melhor, pra que eleição?"

Quatro anos atrás, nesta mesma página editorial, dizíamos que "as eleições de hoje são o ponto culminante da mais longa campanha eleitoral de que se tem notícia no Brasil. Desde 1.º de janeiro de 2003, quando assumiu a Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva não deixou, um dia sequer, de se dedicar à campanha para a reeleição. Tudo o que fez, durante seu governo (...) teve por objetivo esticar o mandato por mais quatro anos". Erramos. O horizonte descortinado por Lula era, já então, muito mais amplo. Sua ambição está custando à Nação um preço caríssimo que só poderá ser materialmente aferido mais para a frente. Mas que já se contabiliza em termos éticos, toda vez que o primeiro mandatário do País desmoraliza sua própria investidura e não se dá ao respeito. Mais uma vez, essa semana, no Rio de Janeiro, respondeu com desfaçatez a uma pergunta sobre o uso eleitoral de inaugurações: "Não posso deixar de governar o Brasil por conta das eleições." Ele que, em oito anos no poder, só pensou em eleições!

Novo presidente deve ser confirmado até as 21h30

Apuração deve ser mais rápida, mas horário de verão vai atrasar até 19 horas fim da votação em alguns Estados


Daniel Teixeira/AE-3/10/2010
No Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ninguém quer se comprometer a cravar o horário no qual os brasileiros saberão quem será o próximo presidente da República. Mas estimativas são de que isso pode ocorrer entre 20 horas e 21h30 de hoje.

Os cálculos são feitos com base no que ocorreu no primeiro turno. Em 3 de outubro, quando estavam em disputa os cargos de presidente, governadores, deputados federais, estaduais e distritais e senadores, às 20h30 já estavam apurados 90% dos votos. Agora se acredita que a apuração será ainda mais rápida.

Se por um lado a apuração de hoje deve ser bem mais ágil, já que estarão em disputa somente os cargos de presidente da República e de governador em oito Estados e no Distrito Federal, por outro lado haverá uma diferença maior de fuso horário. No primeiro turno não estava em vigor o horário de verão. Agora, sim.

Com isso, a eleição em Estados como Acre só terminará às 19 horas no horário de Brasília. Apenas depois de concluída a votação em todo o País é que o TSE pode começar a divulgar resultados. No primeiro turno, a divulgação das primeiras porcentagens da apuração dos votos ocorreu às 18 horas.

Ausência. Assim como no primeiro turno, 135.804.433 brasileiros estão aptos a votar nas cerca de 500 mil urnas espalhadas pelo País. O problema é que, como o segundo turno caiu no meio do feriado de Finados, a expectativa é de que a taxa de abstenção seja alta. No primeiro turno, o índice de abstenção foi de 18,12%. Hoje deverá ser bem maior, apesar dos apelos da Justiça Eleitoral para que os eleitores não faltem.

"O comparecimento do eleitor às urnas é um dever cívico, não é uma formalidade burocrática. É um compromisso que o cidadão tem com a democracia", disse durante a semana o presidente do TSE, Ricardo Lewandowski. "Eu faço um apelo para que todos compareçam às urnas e pelo voto consciente, o voto que é dado com razão e sentimento a um determinado candidato."

Cinco países já encerraram a votação para brasileiros no exterior

A votação para brasileiros que vivem em cinco países do exterior já foi finalizada, informa o TRE-DF (Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal), responsável pelo recebimento da transmissão de resultados do exterior. Os países são Nova Zelândia, Austrália, Coreia do Sul, Japão e Timor Leste.

De acordo com o TSE, 200.392 brasileiros estavam aptos a votar nas 579 seções eleitorais no exterior. No primeiro turno apenas 88,9 mil compareceram --uma abstenção de 55,5%. Entre os eleitores que votaram no Brasil, a abstenção foi de 18%.

Na China, brasileiros elegem Serra com 81,4% dos votos

Na China, Tsunami azul arrasou...


Sem nenhum incidente, 278 brasileiros compareceram às três urnas instaladas na China para votar no segundo turno presidencial.

O tucano José Serra venceu com folga: 215 votos, contra apenas 49 para a petista Dilma Rousseff. Fecham a conta 14 votos brancos e anulados. Em porcentagem, a vitória tucana foi de 81,4%, contra 18,6% para a candidata governista.

"Só não votei na bruxa", brincou a cozinheira paulista Elisabeth dos Santos, 61, a última a votar em Pequim, em alusão à festa de Halloween.

Por causa do fuso horário, a votação na China terminou antes de a votação começar no Brasil: 17h em Pequim, 7h em Brasília.

A votação teve uma abstenção alta. Apenas 55,1% dos 504 eleitores inscritos na China saíram de casa para votar.

O maior "colégio eleitoral" fica em Xangai, com 330 eleitores inscritos, seguido por Pequim (131) e Dongguan (37).

Começa a votação do segundo turno das eleições na maior parte do país

Reprodução / G1

As eleições começaram às 8h (de Brasília) na maior parte do país. Os 135,8 milhões de eleitores brasileiros voltam às urnas neste domingo (31) para escolher o novo presidente da República. Disputam o segundo turno os candidatos do PSDB, José Serra, e do PT, Dilma Rousseff.

Em oito estados (Alagoas, Piauí, Pará, Rondônia, Amapá, Paraíba, Roraima e Goiás) e no Distrito Federal, os eleitores ainda escolherão o novo governador.

sábado, 30 de outubro de 2010

Miss Mundo 2010 é americana

Brasileira Kamilla Salgado não passou da semifinal


A americana Alexandria Milles, 18 anos, foi eleita neste sábado (30/10) Miss Mundo 2010. Na grande final do concurso, que ocorreu em na Ilha de Sanya, na China, a Miss Mundo Estados Unidos venceu a Miss Mundo Botsuana, Enna Wareus e a Miss Mundo Venezuela, Adriana Vasini.

Miss Mundo 2010 é americana

A Miss Mundo Brasil, Kamilla Salgado, 23 anos, não passou das semifinais. Além de trabalhar como modelo, a representante do Brasil é formada em Administração e cursa pós-graduação em Gestão Empresarial (FGV).

Estados pró-Dilma tendem a ter maior abstenção

Onde não há 2° turno para governador, mais eleitores deixam de votar. Em 12 desses Estados, petista venceu 1° turno

Levantamento feito pelo blog com dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) mostra que, em 2002 e em 2006, a abstenção foi maior em Estados onde não houve 2° turno para governador. Ou seja, menos eleitores votaram para presidente. Em 2010, essa tendência pode provocar uma diminuição do comparecimento em Estados onde Dilma Rousseff (PT) venceu o 1° turno.

Em 12 dos 18 Estados nos quais a petista venceu a 1ª votação não haverá 2ª etapa para governador. Esses 12 Estados reúnem 51,1% dos eleitores do país.

José Serra (PSDB) venceu em 9 Estados no 1º turno. Em 6 deles não haverá 2° turno estadual (34,4% do eleitorado).

Ao todo, os 18 Estados que só precisam votar para presidente no domingo (31.out.2010) possuem 86% do eleitorado nacional. O aumento médio da abstenção entre esses eleitores, em 2002, foi de 6 pontos do 1° para o 2° turno. Em 2006, de 4,5 pontos.

Análise das eleições passadas também aponta que, no geral, a abstenção é maior onde não há 2° turno estadual (como demonstrado nos quadros abaixo). Se a tendência se confirmar, 2010 pode registrar abstenção recorde, pois é o ano em que menos eleitores precisam votar para governador no 2° turno (apenas 14%, como noticiou o Blog em 8.out.2010).

Serra acaba campanha em Minas com superprodução

USE A HASHTAG DA VITÓRIA!
O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, realizou na manhã deste sábado uma carreata em Belo Horizonte para encerrar sua campanha em Minas Gerais.

A comitiva, formada pelo ex-governador e senador eleito pelo PSDB de Minas Gerais, Aécio Neves, pelo governador reeleito, Antonio Anastasia, e pelo senador eleito Itamar Franco (PPS), saiu do Palácio das Mangabeiras, residência oficial do governador, até a Praça do Papa, de onde seguiu em carreata pelo bairro da Savassi, na área nobre da capital mineira.

Aécio montou uma superprodução para o último ato da campanha do presidenciável tucano. Centenas de veículos - incluindo caminhões, motos e até triciclo - e skatistas, participaram da carreata.

Todo o percurso estava tomado de pedestres, e as casas no caminho estavam enfeitadas, demonstrando que houve forte distribuição de material de campanha (como faixas e bandeiras). Percussionistas animaram a militância ao longo do percurso.

A execução do Hino Nacional e um abraço coletivo marcaram o fim do percurso de pelo menos 6 quilômetros (km) a bordo de um jipe.

Taiadablog mostra petroleira denunciando Dilma

Serra 72%, Dilma 23%, Indecisos 5%.

Coturno Noturno


Este foi o resultado das pesquisas qualitativas feitas ontem, pela campanha de José Serra, após o debate. Pelos cálculos, Serra pode ter buscado entre 2,5 e 3 milhões de votos novos. O tracking , por sua vez, continua empatado e as abstenções, ao que parece, decidirão a eleição. Agora é Guarujá versus Juazeiro do Norte. Pelo que mandam de notícias, Guarujá está vazio e Juazeiro do Norte está bombando. Bom para o Bem. Estão vendo ali aquela Onda Azul chegando? Só depende de nós.

Remédios de marca x genéricos

O Globo

A proximidade da chegada de novos genéricos no mercado, com fim de patentes de remédios de marca, está levando a indústria a antecipar descontos. Os exemplos mais recentes são o Viagra e o Lípitor, ambos da Pfizer.

Em junho, antes de o genérico entrar no mercado, o preço do Viagra de 50 miligramas, na embalagem com quatro comprimidos, era de R$ 135,33. Hoje ele custa R$ 67,67. Um desconto direto da fábrica de 50%.

Já o Lípitor, usado no combate ao colesterol elevado, ficou 30% mais barato: de R$ 221,45 até setembro para R$ 155,02.

- Normalmente, os remédios de marca costumam ficar mais baratos quando o genérico entra no mercado. Mas, nesses casos, a indústria se antecipou e baixou os preços antes - afirmou Ricardo Scaroni, diretor de Negociação da Drogasmil, rede com 90 lojas entre Rio e São Paulo.

A concorrência com os genéricos é forte. Por lei, para entrar no mercado, o laboratório que lança o genérico precisa ter um preço, no mínimo, 35% inferior ao remédio de marca.

- Mas há vários laboratórios de genéricos. E alguns esperam para saber o preço e lançar o mesmo produto mais barato ainda - diz Scaroni.

Debate da Globo - propostas enfim aparecem


Finalmente, um debate de propostas. Em uma clara tentativa de evitar o clima de guerra que se instalou nos debates no segundo turno, os presidenciáveis Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) se concentraram em responder aos temas propostos pelos eleitores indecisos, no último debate da eleição, exibido pela TV Globo.

Serra provocou sutilmente Dilma, ao falar de corrupção e de inflação. Mas, na maior parte do tempo, listaram propostas para áreas como funcionalismo, agricultura, segurança e saneamento.

Ao responder à pergunta do advogado Lucas Andrade, do Distrito Federal, sobre a sucessão de escândalos envolvendo políticos no país, Serra afirmou que a corrupção no país "chegou a níveis insuportáveis".

Na réplica sobre o tema, citou o caso dos aloprados, envolvidos na compra de dossiê contra a campanha do tucano Geraldo Alckmin (PSDB), em 2006. O tucano fez também referência a escândalos que atingiram a política "nos últimos vinte anos".

Serra fez uma referência indireta aos escândalos na Casa Civil, mas, diferentemente de outros embates, sem citar o nome do PT, de Dilma ou da ex-ministra Erenice Guerra:

- O exemplo tem de vir de cima. Tem de ser implacável, não passar a mão na cabeça. Quando o chefe passa a mão na cabeça é terrível, do ponto de vista que isso vai acabar se repetindo porque pessoas vão achar que estão protegidas. Tem casos até hoje insepultos. Lembra do dossiê dos aloprados? Tinha 1,7 milhão que a polícia apreendeu, ninguém foi condenado, não tem processo. Esse é um péssimo exemplo - disse Serra.

O candidato tucano aproveitou para defender a liberdade de imprensa, ao dizer que é a imprensa que "descobre grande parte das irregularidades e não pode ser inibida, pressionada".

Lauro Jardim - Radar On-Line

Não é para qualquer um

A Hublot, fabricante suíça de relógios de luxo e pertencente ao grupo LVHM, fechou uma parceria com o Flamengo para lançar um modelo desenhado especialmente para explorar a marca do clube mais popular do Brasil. Serão apenas 250 peças, vendidas a 19 000 euros (45 000 reais) cada uma — recomenda-se, portanto, aos interessados não irem às arquibancadas com seu Fla-Hublot no pulso.

Apagão nas combinações

As operadoras de telefonia estão preocupadas. Já a partir de dezembro, podem ter de deixar de oferecer novas linhas com prefixo 11. Simplesmente, estão acabando as combinações de números em São Paulo. Embora o problema tenha sido detectado pela Anatel desde o início do ano, nenhuma solução foi definida até agora. A Anatel não sabe se aumenta de oito para nove números as linhas com prefixo 11 ou se a região passará a contar com um prefixo de três dígitos.

Desejos de Lula

Lula tem dito aos mais próximos que, se for consultado por Dilma Rousseff sobre a montagem do seu governo, ele a aconselharia a manter, pelo menos no primeiro ano, os presidentes da Petrobras, CEF, Banco do Brasil, Banco Central e BNDES.

O ibope do debate da Globo

O debate final da Globo entre Dilma Rousseff e José Serra, ontem, registrou 25 pontos de audiência na Grande São Paulo, segundo números prévios do Ibope. A segunda colocada no horário, a Record, alcançou treze pontos.

É o maior ibope desta temporada de debates eleitorais. Superou os 23 pontos que o debate também da Globo, mas no primeiro turno, conseguiu.






A jequice da Era da Mediocridade não deixou escapar nem o criador do Jeca Tatu

O Brasil conseguiu ficar mais jeca, resumiu o título do post publicado em setembro de 2009 e reproduzido na seção Vale Reprise. Depois de descrever a inverossímil quermesse patriótica montada para celebrar a fantasia do pré-sal, que chegou ao climax com a Proclamação da Segunda Independência pelo presidente Lula, o texto reitera nas três últimas linhas que os brasileiros ainda providos de lucidez continuavam a enxergar as coisas como as coisas são: “Sem parentesco com o país que o governo inventou, o Brasil real não mudou. Só conseguiu tornar-se ainda mais metido a esperto, mais grosseiro, mais caipira, mais jeca. Toda nação acaba ficando parecida com quem a governa”.

Ficou mais parecida ainda nesta semana, informa o parecer do Conselho Nacional de Educação publicado no Diário Oficial da União de quinta-feira. Segundo a entidade, o livro “Caçadas de Pedrinho”, do escritor Monteiro Lobato, é perigoso demais para cair nas mãos dos alunos de escolas públicas. Em que pecado teria incorrido o pai de personagens ─ Emília, Narizinho, Dona Benta, Visconde de Sabugosa, Tia Nastácia, o próprio Pedrinho ─ eternizados no imaginário de milhões de crianças brasileiras? Que crime teria cometido o admirável contador de histórias que inoculou em incontáveis gerações o amor à leitura?

Monteiro Lobato é racista, acaba de descobrir Nilma Lino Gomes, professora da Universidade Federal de Minas Gerais, que redigiu o documento endossado pelos demais conselheiros. No livro publicado em 1933, ela identificou vários trechos grávidos de preconceito, sobretudo os que envolvem Tia Nastácia, macacos e urubus. “Estes fazem menção revestida de estereotipia ao negro e ao universo africano”, explica a vigilante conselheira. Num deles, “Tia Nastácia é chamada de negra”. Noutro, trepa numa árvore “com a agilidade de um macaco”. Solidária com os conselheiros, a Secretaria de Alfabetização e Diversidade do MEC já resolveu que “a obra só deve ser usada quando o professor tiver a compreensão dos processos históricos que geram o racismo no Brasil”.

Quem não compreende coisa nenhuma é o bando de ineptos alojado nas siglas que vão colocando em frangalhos o sistema de ensino. Quem precisa tratar processos históricos com menos ligeireza são os cretinos fundamentais que ousam censurar a obra de um escritor genial. Só burocratas idiotizados pelo politicamente correto tentam aprisionar em gavetas nos porões criaturas que excitaram a imaginação de milhões de pequenos brasileiros.

Ironicamente, um dos filhos literários de Monteiro Lobato é o Jeca Tatu. Nasceu para ensinar que o Brasil só conheceria a civilização se erradicasse o atraso crônico, as doenças da miséria, o primitivismo cultural ─ a jequice, enfim. No Brasil do presidente que não lê, não sabe escrever e celebra a ignorância, o caipira minado pelo amarelão, que fala errado e se imagina esperto, virou modelo a imitar. Ser jeca está na moda, rende votos, aumenta a popularidade. Pode até garantir o emprego de conselheiro nacional de educação.

Por Augusto Nunes

Roriz diz que decisão do STF é teatro de absurdos


Barrado pela Lei da Ficha Limpa, o ex-governador Joaquim Roriz (PSC) publicou um texto titulado “Carta ao Povo do Distrito Federal” com duras críticas à decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na última quarta-feira. Como houve empate no julgamento, a corte decidiu acompanhar decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e validou a lei para este ano.

“Caiu a ficha. Desceu o pano. Após o último ato do teatro de absurdos protagonizado pelo julgamento desta semana, o Supremo Tribunal Federal usou de dois pesos e duas medidas ao avaliar a situação dos candidatos em relação à chamada Lei da Ficha Limpa”, declarou Roriz.

O ex-governador repetiu ainda as afirmações do ministro Gilmar Mendes durante o julgamento. Mendes disse que a lei foi criada para mudar o quadro das eleições no Distrito Federal e que tinha nome, sobrenome e filiação do PT. Roriz citou ainda o fato do coordenador de campanha de Dilma Rousseff (PT) – deputado José Eduardo Cardozo – ter incluído no projeto a emenda que trata de renúncia, caso do ex-governador.

“O Supremo decidiu que a Lei da Ficha Limpa vale para alguns e para outros, não. Assim, estão salvos os interesses do PT e do governo”, avaliou Roriz. O ex-governador terminou a carta pedindo votos para a esposa Weslian Roriz (PSC), que entrou na disputa depois que ele foi barrado na Justiça.

“Recorro, agora, a mais alta de todas as cortes, a do voto popular, rogando ao povo que eleja governadora minha amada esposa Weslian Roriz, que me substitui, além de me lavar a alma diante de tantas injustiças e arbitrariedades”, concluiu.

Mesmo vazio, Congresso custa R$ 1,9 bi a contribuinte


Mesmo vazio, Congresso custou <br>R$ 1,9 bi durante as eleições

Mesmo vazio, o Congresso Nacional custa caro ao contribuinte. De julho a outubro, quando votações e debates são próximos de zero, houve R$ 1,9 bilhão de despesas de todos os tipos.

Chamado de "recesso branco", a paralisia do Legislativo acontece de dois em dois anos por causa das eleições. Além deste período com pouco trabalho, o recesso constitucional continua: em julho e no final do ano. Ou seja, são cinco meses de trabalho escasso.

Confira pesquisas mais recentes para disputa pelos governos estaduais

Oito estados e DF terão votação do segundo turno neste domingo (31).

Veja os votos válidos e os votos totais de cada levantamento.

Estradas para o litoral de SP têm trânsito tranquilo neste sábado

Concessionárias disseram que não havia lentidão por volta de 8h.
Motoristas que iam para o interior do estado também não viam problemas.

Quem deixou para pegar a estrada no início da manhã deste sábado (30) a fim de aproveitar o feriado de Finados não encontrou lentidão nas estradas que levam ao Litoral Sul de São Paulo. De acordo com a concessionária Ecovias, o sistema Anchieta-Imigrantes apresentava trânsito tranquilo por volta de 8h nos dois sentidos. A previsão é que o fluxo de veículos seja intenso até as 14h.

A situação era a mesma para o motorista que utilizava as rodovias Ayrton Senna e Carvalho Pinto, que dão acesso às praias do Litoral Norte e a algumas cidades do interior, principalmente, no Vale do Paraíba. De acordo com a Ecopistas, não havia pontos de parada na manhã deste sábado e o tráfego fluía sem problemas.

Nas rodovias Castello Branco e Raposo Tavares, que também levam ao interior paulista, a informação da Via Oeste era de que por volta de 8h o trânsito estava tranquilo. Na Raposo havia apenas 1 km de lentidão – entre os km 35 e 36 – na altura de Cotia, Grande São Paulo, por causa de uma carreta quebrada. O veículo chegou a bloquear duas das três faixas à esquerda, mas, às 8h, já tinha sido retirada da pista.

Quem decidiu viajar pela Rodovia Presidente Dutra, que liga os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, também não enfrentou problemas com congestionamentos. Segundo a concessionária Nova Dutra, o tráfego fluía sem problemas nos dois sentidos.

Na Rodovia Régis Bittencourt, que leva a Curitiba, no Sul do país, o cenário era o mesmo. A concessionária Autopista Régis Bittencourt informou que não havia lentidão ao longo da estrada.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Vejam a que ponto chega a estupidez desse governo...

Folha de São Paulo

Monteiro Lobato (1882-1948), um dos maiores autores de literatura infantil, está na mira do CNE (Conselho Nacional de Educação). Um parecer do colegiado publicado no “Diário Oficial da União” sugere que o livro “Caçadas de Pedrinho” não seja distribuído a escolas públicas, ou que isso seja feito com um alerta, sob a alegação de que é racista. Para entrar em vigor, o parecer precisa ser homologado pelo ministro da Educação, Fernando Haddad. O texto será analisado pelo ministro e pela Secretaria de Educação Básica.

O livro já foi distribuído pelo próprio MEC a colégios de ensino fundamental pelo PNBE (Programa Nacional de Biblioteca na Escola). Em nota técnica citada pelo CNE, a Secretaria de Alfabetização e Diversidade do MEC diz que a obra só deve ser usada “quando o professor tiver a compreensão dos processos históricos que geram o racismo no Brasil”. Publicado em 1933, “Caçadas de Pedrinho” relata uma aventura da turma do Sítio do Picapau Amarelo na procura de uma onça-pintada.

Conforme o parecer do CNE, o racismo estaria na abordagem da personagem Tia Nastácia e de animais como o urubu e o macaco. “Estes fazem menção revestida de estereotipia ao negro e ao universo africano”, diz a conselheira que redigiu o documento, Nilma Lino Gomes, professora da UFMG. Entre os trechos que justificariam a conclusão, o texto cita alguns em que Tia Nastácia é chamada de “negra”. Outra diz: “Tia Nastácia, esquecida dos seus numerosos reumatismos, trepou, que nem uma macaca de carvão”.

Em relação aos animais, um exemplo mencionado é: “Não é à toa que os macacos se parecem tanto com os homens. Só dizem bobagens”. Por isso, Nilma sugere ao governo duas opções: 1) não selecionar para o PNBE obras que descumpram o preceito de “ausência de preconceitos e estereótipos”; 2) caso a obra seja adotada, tenha nota “sobre os estudos atuais e críticos que discutam a presença de estereótipos raciais na literatura”.

À Folha Nilma disse que a obra pode afetar a educação das crianças. “Se temos outras que podemos indicar, por que não indicá-las?” Seu parecer, aprovado por unanimidade pela Câmara de Educação Básica do CNE, foi feito a partir de denúncia da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, ligada à Presidência, que a recebeu de Antonio Gomes da Costa Neto, mestrando da UnB.
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É um escárnio. Submete-se Monteiro Lobato a padrões, debates e proselitismos que estão postos hoje em dia, mas que não estavam dados então. É claro que não se descarta a possibilidade de um professor trabalhar em sala de aula a figura de Tia Nastácia — que, atenção!, é um dado da formação histórica, familiar, social e moral brasileira. Que seja, pois, tema de aula se for o caso. Proibir a obra ou meter nela uma tarja de “racista” é uma estupidez sem par.


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