quinta-feira, 31 de maio de 2018

Católicos celebram Corpus Christi com confecção de 3 km de tapetes em Caçapava


Fieis decoram tapete de Corpus Christi em Caçapava (Foto: Pedro Melo/ Vanguarda)

Trabalho que usa areia, serragem colorida, borra de café e flores para colorir as ruas do Centro. Trabalho dos voluntários durou a madrugada toda desta quinta-feira (31).

Cerca de dois mil voluntários católicos passaram a madrugada desta quinta-feira (31) confeccionando os tradicionais tapetes, que celebram o feriado de Corpus Christi, em Caçapava.

O tapete, de mais de 3 quilômetros, foi feito com areia, serragem colorida, borra de café e flores. O trabalho teve início na noite de quarta (30) e tomou conta das ruas do Centro.

“Este é um trabalho dignificante onde mostramos nossa fé. Desde 1963 Caçapava se destaca com estes trabalhos artísticos que expressam também o amor à fé”, explicOU o diácono Adones Souza Pinto, responsável pela atividade há cerca de 30 anos.

Os desenhos feitos pelos católicos têm temáticas variadas, mas destacam principalmente a eucaristia e a ação de graças. Pela tradição, os fiéis percorrem o caminho decorado com os tapetes e em seguida participam de uma missa. Cerca de 10 mil fieis compareceram à missa nesta manhã.

Ao todo, trabalho tem mais de três quilômetros de extensão (Foto: Pedro Melo/ Vanguarda )
Ladeira São José

G1 Vale

Exportação de carne bovina pode perder R$ 9 bilhões com greve



A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC) divulgou dados preocupantes sobre os prejuízos causados pela greve de caminhoneiros, que podem atingir entre R$ 8 e R$ 9 bilhões.

A entidade divulgou comunicado afirmando que 25 mil toneladas de carne de frango e suínos deixaram de ser exportadas devido ao bloqueio nas rodovias.

Segundo a Abiec, há cerca de 3750 caminhões parados nas estradas, grande parte está parada há mais de sete dias. A estimativa era que os produtos comecem a ficar impróprios para o consumo. Das 109 unidades de produção ligadas à entidade, 107 estão paralisadas e as outras duas estão operando com 50% da capacidade.

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Em Londrina, homem põe fogo no próprio carro em apoio a caminhoneiros


O Brasil está cheio desses boçais. Todos apoiam a intervenção militar.

Um homem ateou fogo no próprio carro, um Fiat Fiorino, na tarde desta terça-feira 29, em Londrina, em apoio à paralisação dos caminhoneiros. Filmado por curiosos que passavam pelo local, o rapaz disse que o ato era um “sacrifício pelo país”.

“Para a gente salvar um país, precisa é de sacrifício. E você ficar cinco dias na sua casa sem gasolina eu acho que é pouco para o bem que a gente pode fazer para o país. Vamos facilitar a vida do nosso herói Sergio Moro, prender tudo, o Michel Temer e aquela bancada do Judiciário que está soltando todo mundo”, afirmou o homem, que disse trabalhar com instalação de aparelhos de ar-condicionado. “Sou autônomo. Esse é o carro que uso para trabalhar”, explicou. O automóvel, onde estava amarrada uma faixa com os dizeres “Intervenção Militar”, foi destruído pelas chamas.

Muito nervoso, o rapaz disse que o brasileiro era um povo “frouxo”. “O brasileiro fecha tudo por cinco dias para pular o Carnaval mas para protestar não fecha. É um povo frouxo e sem ‘culhão’, incluindo os militares e esses políticos ladrão (sic).”

O incidente ocorreu na rotatória da Rodoviária de Londrina, no centro da cidade. Polícia Militar e Corpo de Bombeiros foram até o local. O incêndio no veículo foi controlado e o rapaz, liberado. A Polícia Civil informou que não foi constatada prática de crime pelo rapaz.

Petroleiros fazem greve que emenda com fim de semana, mesmo após liminar do TST



Petroleiros cruzaram os braços nesta quarta (30) mesmo após liminar do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que considerou a greve ilegal e abusiva. Sob multa diária de R$500 mil, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) afirmou que a greve da categoria atinge as refinarias, terminais e plataformas da Bacia de Campos.

Os líderes do movimento são ligados ao Partido do Trabalhadores há muitos anos, o que atribui conotação partidária à paralisação malandra de 72 horas, marcada para esta quarta-feira exatamente para que seu encerramento coincida com os dois dias do fim de semana, garantindo cinco dias de folga. A greve seria “em defesa do Brasil”, segundo seus promotores.

A tentativa do governo de evitar a paralisação dos petroleiros e evitar uma piora na crise dos combustíveis — iniciada com a greve dos caminhoneiros, que já dura dez dias — não surtiu efeito e os trabalhadores paralizaram as atividades nas refinarias de Manaus; Abreu e Lima, em Pernambuco; Regap, em Minas Gerais; Reduc, no Rio de Janeiro; Replan e Capuava, em São Paulo; Repar, no Paraná; Refap, no Rio Grande do Sul; além da Fábrica de Lubrificantes do Ceará, da Araucária Nitrogenados, no Paraná, e da unidade de xisto também do Paraná. Segundo a FUP, não houve trocas de turno nos terminais de Suape, em Pernambuco, e de Paranaguá, no Paraná.

A categoria cobra a redução no preço do gás de cozinha e dos combustíveis, além de criticar a gestão de Pedro Parente na presidência da Petrobras. Os petroleiros afirmam ainda que a greve é uma reação à política de preços dos combustíveis adotada pela estatal no ano passado.

A paralisação da categoria acontece três dias depois do governo anunciar medidas para acabar com o impasse com os caminhoneiros. Atualmente, a maioria dos manifestantes que continuam fazendo bloqueios nas rodovias federais e impedindo que cargas sigam viagem é motivada por intenções políticas. Nesta terça (29), houve vários registros de agressão a caminhoneiros e depredação dos caminhões por pessoas que não revindicam os mesmos pontos que deflagram a greve na última segunda (21).

A QUADRATURA DO CÍRCULO: 87% apoiam a paralisação, mas rejeitam pagar a conta



Manchete desta quarta na Folha de São Paulo traz resultado de pesquisa Datafolha com a opinião da população sobre a paralisação dos caminhoneiros, que hoje entra no seu décimo dia, ainda que com a adesão diminuída. Trata-se de um enigma:
O brasileiro apoia maciçamente a paralisação dos caminhoneiros e defende sua continuidade, apesar de não estar disposto a pagar a conta que o governo federal aceitou receber dos manifestantes para tentar encerrá-la.

A conclusão é de pesquisa telefônica feita pelo Datafolha com 1.500 pessoas na terça (29). A margem de erro do levantamento é de três pontos para mais ou para menos.

Aprovam o movimento, que chega a esta quarta (30) ao décimo dia arrefecido mas ainda com bloqueios de estradas, 87% dos entrevistados. São contrários 10%, enquanto 2% se dizem indiferentes e 1% não souberam opinar.

Já 56% dos entrevistados acham que a paralisação deve seguir, contra 42% que são a favor de seu fim.

O apoio aos caminhoneiros é bastante homogêneo levando em conta as regiões do país, baixando um pouco entre os mais ricos e os mais velhos. (…)

Por Reinaldo Azevedo

terça-feira, 29 de maio de 2018

Embraer vende mais quatro Legacy 650E para Air Hamburg


Legacy 650E
Legacy 650E

A Embraer anunciou hoje um novo pedido da Air Hamburg para mais quatro jatos executivos Legacy 650E. O acordo foi fechado durante o primeiro dia da 18ª Convenção e Exposição da Aviação Executiva Europeia (EBACE) em Genebra, na Suíça. Com esse pedido adicional, a empresa alemã de fretamento de aeronaves executivas, que opera na Europa, Rússia e no Oriente Médio, expandirá sua frota Embraer para um total de 17 aeronaves (15 Legacy 600/650 e dois Phenom 300). A Air Hamburg é a maior operadora de aeronaves dos modelos Legacy 600/650 no mundo. A entrega das aeronaves está prevista para começar no segundo trimestre de 2018 e se completar na cadência de uma aeronave por trimestre até o primeiro trimestre de 2019. O contrato tem um valor de USD 103,6 milhões, com base nos atuais preços de lista, e será incluído no backlog do segundo trimestre de 2018 da Embraer.

“Como cliente lançador do Legacy 650E, a Air Hamburg tem comprovado o sucesso da aeronave, oferecendo uma experiência superior aos seus clientes”, disse Michael Amalfitano, Presidente & CEO da Embraer Aviação Executiva. “É uma imensa satisfação apoiar o contínuo crescimento da frota principal da Air Hamburg, o que reafirma o valor da nossa parceria e do Legacy 650E”.

“Nossa parceria com a Embraer vem desde 2013 com nosso primeiro Legacy 600. Com esse pedido adicional, ficamos empolgados pelo crescimento da nossa frota Embraer em 30% para atender à demanda de mercado por essas aeronaves tão desejadas”, disse Simon Ebert, proprietário da Air Hamburg. “O conforto superior das três zonas de cabines e a conveniência dos diversos recursos a bordo, a confiabilidade, desempenho e o generoso compartimento de cabine contribuem para a satisfação dos nossos clientes”.

Com mais de 70 aeronaves em operação na Europa e mais de 260 aeronaves em todo o mundo, a família Legacy 600/650/650E é baseada em uma plataforma com mais de 25 milhões de horas voadas. O Legacy 650 é a primeira e única aeronave a oferecer uma garantia de sistemas e componentes (do fabricante e de fornecedores) de dez anos ou 10 mil horas de voo, igualando o período de garantia ao da fuselagem. O Legacy 650E oferece três zonas distintas de cabine, com a maior cozinha, lavabo, e compartimento de bagagem da sua classe.

Por Poder Aéreo

Trem carregado com diesel descarrila em Bauru, e polícia suspeita de sabotagem


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Uma composição com dez vagões, carregada com 650 mil litros de óleo diesel, tombou em Bauru, pouco antes de chegar em uma distribuidora na manhã desta terça-feira (29).

A suspeita da Polícia Civil é de que o acidente tenha sido causado por sabotagem. A composição não tombou.

“Soltaram os parafusos da junção dos trilhos, fazendo o trem descarrilar”, afirmou o delegado da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), Marcelo Firmino, que foi até o local do acidente.

Agora, a Polícia Civil vai investigar quem teria causado esse acidente. Foi instaurado um inquérito por perigo de desastre ferroviário, previsto no Código Penal. (…)

Na Folha.

Bolsonaro, o demagogo, é autor de projeto que pune com até 4 anos de cadeia quem obstrui vias públicas


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Pré-candidato à Presidência, o deputado se apressou em ir às redes
sociais apoiar a atual greve dos caminhoneiros

Autor de uma mensagem nas redes sociais prometendo revogar qualquer multa aplicada a caminhoneiros pelo governo de Michel Temer, Jair Bolsonaro (PSL) é autor de projeto que, em sentido contrário, pune com até quatro anos de cadeia aqueles que impedirem ou dificultarem o trânsito de veículos e pedestres nas vias públicas.

O projeto foi apresentado em agosto de 2016 na Câmara dos Deputados.

“A proposição é pautada na necessária preservação dos direitos individuais e coletivos dos cidadãos, vítimas de ações irresponsáveis daqueles que desprezam as liberdades do outro quando da busca de suas demandas sociais”, escreveu Bolsonaro na justificativa do projeto.

O texto estabelece que “impedir ou dificultar o trânsito de veículos e pedestres, sem autorização prévia da autoridade competente” resulta em “reclusão, de um a três anos”, pena agravada em um terço caso o ato prejudique o funcionamento de serviços de emergência. ​

Pré-candidato à Presidência, o deputado se apressou em ir às redes sociais apoiar a atual greve dos caminhoneiros, mas nas manifestações iniciais criticou a obstrução de vias. (…)

Na Folha.

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Sem ração, 64 milhões de aves já morreram em todo o país


Galinha

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) disse que, por falta de condições de transporte pelas rodovias brasileiras devido à paralisação dos caminhoneiros, milhares de toneladas de alimentos estão ameaçados de perder prazo de validade, enquanto o consumidor enfrenta a escassez de produtos.

De acordo com a entidade, 1 bilhão de aves e 20 milhões de suínos estão recebendo alimentação insuficiente e a mortandade animal é uma realidade no setor.

“Com risco de canibalização e condições críticas para os animais, 64 milhões de aves adultas e pintinhos já morreram, e um número maior deverá ser sacrificado em cumprimento às recomendações da Organização Mundial de Saúde Animal e das normas sanitárias vigentes no Brasil. Milhões de suínos também estão ameaçados”, diz a associação em nota. Sem combustível para os tratores, até o enterro dessas aves está sendo afetado.

A mortandade cria uma grave barreira para a recuperação da produção do setor nas próximas semanas e meses. “As carnes suína, de frango e os ovos, proteínas que antes eram abundantes e com preços acessíveis, poderão se tornar significativamente mais caras ao consumidor caso a greve se estenda ainda mais. O velho fantasma da inflação poderá assombrar o país, pelo menos até que ocorra o restabelecimento da produção. Os menos favorecidos serão os mais prejudicados”, alerta a entidade.

A ABPA registrou 167 plantas frigoríficas de aves e suínos paradas. Mais de 234.000 trabalhadores estão com atividades suspensas.

O desabastecimento de alimentos para o consumidor também já é fato, uma vez que milhares de toneladas de carnes e outros produtos deixaram de ser transportados para os centros de distribuição desde o início da greve. Outros milhares de toneladas não foram produzidos pelas fábricas, que foram obrigadas a paralisar a produção por não ter mais onde estocar produtos.

A situação é caótica não só para o mercado nacional. Aproximadamente 100.000 toneladas de carne de aves e de suínos deixaram de ser exportadas na última semana. O impacto na balança comercial já é estimado em 350 milhões de dólares.

Na Veja.com

Comandante do Exército diz que ordem é ‘buscar solução sem conflitos’



O comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, afirmou hoje (27) que o foco das ações em torno da greve dos caminhoneiros é “buscar a solução da crise sem conflitos”. Por meio de sua conta no Twitter, o general voltou a dizer que o bem-estar social deve prevalecer sobre “interesses pontuais” e “privilegiar o abastecimento de itens imprescindíveis”.

“Desejamos, o mais rápido possível, a solução desse desafio, a fim de mitigar as dificuldades crescentes da população. Reafirmamos como diretriz operacional o foco no bem-estar social e na perene negociação para evitar conflitos entre os atores diretamente envolvidos”, declarou.

Villas Boas disse ainda que, nesta crise, as Forças Armadas estão atuando em “perfeita integração” com os órgãos de segurança pública e as agências governamentais. Para o general, o trabalho conjunto é “uma clara demonstração de profissionalismo e sentimento de cumprimento do dever”.

O general participa de reunião na sala do Alto-Comando do Exército com comandantes das Forças Armadas e outros militares sob a coordenação do ministro da Defesa. O grupo participa de uma videoconferência com os responsáveis pelas operações que visam pôr fim à greve dos caminhoneiros. (Com informações da Agência Brasil)

Depois de sacrificar 64 milhões de aves, produtores vão ao Planalto pedir socorro; preços devem aumentar


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Produtores rurais foram ao Palácio do Planalto neste domingo (27) entregar uma carta de manifestação ao presidente Michel Temer depois que 64 milhões de aves foram sacrificadas por falta de alimentos.

De acordo com a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), o prejuízo até agora é de R$ 3 bilhões e, nos próximos cinco dias, 1 bilhão de aves e 20 mil suínos morrerão se não chegar comida para os animais. A região mais atingida é a Sul.

A associação diz que as perdas podem levar a aumento de preços para o consumidor final e que a normalização do abastecimento do mercado pode demoarar até dois meses.

Estamos aqui para pedir uma ação imediata. Já está havendo canibalização. Precisamos que os caminhoneiros deixem passar comida”, disse o diretor-executivo da ABPA, Ricardo Santin, que entregará a carta na Casa Civil.

Segundo Santin, o sistema de produção pode entrar em colapso nos próximos três dias. Além disso, começa a haver risco para a saúde pública por não ter onde enterrar tantos animais sacrificados.

“Estamos no limite de causar um desastre ambiental e de saúde pública”, disse o diretor-executivo.

Segundo Santin, outra preocupação é em relação à produção voltada para o exterior, que segue normas de bem-estar dos animais. Se a situação se prolongar, os produtores poderão ter as vendas externas afetadas.

Após a reunião no Palácio do Planalto, Santin acrescentou que a crise já reduziu em US$ 350 milhões (cerca de R$ 1,3 bilhão) as exportações brasileiras de aves.

O empresário afirmou que, durante o encontro, o presidente Michel Temer demonstrou estar confiante em construir um acordo para iniciar a semana com normalidade.

Santin disse ainda que também conversou com representantes dos caminhoneiros, pedindo a sensibilidade dos grevistas com o transporte de animais, para evitar a mortandade de aves. 

Mais cedo, os produtores receberam o ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo), que informou a eles que o governo estava negociando com os caminhoneiros.

Na carta entregue ao governo, a ABPA reforçou que a mortandade animal já é uma realidade devido à falta de ração e de espaço, em consequência da paralisação nos transportes.
(…)
Na Folha

domingo, 27 de maio de 2018

Bolsonaro e seus seguidores fazem exploração abjeta da crise; se alguém duvidava da toxidade deste senhor, não há mais espaço para a dúvida


Existe uma “questão” envolvendo o preço dos combustíveis? Existe. A própria Petrobras deve se perguntar se a prática em curso, de formação de preço, é a melhor para o país e para a própria empresa no longo prazo? Acho que sim. E ainda voltarei a esse ponto. Dito isso, vamos àquilo que salta aos olhos: na origem do dito “movimento dos caminhoneiros”, o que se tem é uma paralisação promovida e sustentada por empresas. Trata-se de locaute, como escrevi aqui na madrugada de sexta. Mas a coisa não para por aí. Há também os oportunistas da crise, E um deles, também resta evidente, é o deputado Jair Bolsonaro, candidato do PSL à Presidência.

A despeito de toda truculência promovida pelo clã Bolsonaro, setores da imprensa, que andam com medinho das redes sociais, tendem a ser condescendentes com ele, enxergando a figura de um bufão onde está um agente de altíssima toxicidade para o processo político. É impressionante! Não há resposta errada que este senhor não abrace. No caso, a mobilização obviamente incentivada por empresas ganhou as redes sociais e ferramentas de troca de mensagens, em especial o WhatsApp. E está tudo lá. A revista “Piauí” se infiltrou em alguns grupos de caminhoneiros. Eles querem duas coisas para resumir: a) Bolsonaro presidente e b) intervenção militar já. Ainda que aparentemente contraditórias, no aparelho mental construído para conciliar as duas ações, os militares destituiriam Temer agora e, bem, colocariam Bolsonaro em seu lugar em janeiro. A eleição, por óbvio, vira um detalhe.

Bolsonaro, ele mesmo, foi ao Twitter para assegurar que “Qualquer multa, confisco ou prisão imposta aos caminhoneiros por Temer/Jungmann, será revogada por um futuro presidente honesto/patriota” e que “a melhor maneira de resolver problemas é evitar que apareçam. Os responsáveis pela crise são ótimos para distribuir ministérios, estatais, diretorias de bancos… que geram ineficiência do estado e corrupção. Essa é a “governabilidade” que vem destruindo o Brasil”.

Ninguém mais tem o direito de duvidar de que Bolsonaro é o tipo de político que faz malabares com fogo à beira de um tanque de gasolina. A rigor, para ele, quanto pior a situação, convenham, melhor. Seu discurso em defesa de uma suposta “ordem” progride com mais desenvoltura na desordem. O vídeo do advogado Gustavo Bebbiano, seu braço direito, defendendo a greve e a ação dos caminhoneiros, não deixa a menor dúvida. O fascismo caboclo ou não, mitigado ou não, fanfarrão ou não, convenham, progride é no caos. Vejam:


Está tudo dito: “Não sou político, mas acompanho o maior político do Brasil na atualidade: JaIr Bolsonaro. O PT prometeu parar o Brasil e não fez merda nenhuma porque quem não trabalha não tem força para parar porra nenhuma. Quem trabalha é que tem força para parar o Brasil”, diz Bebbiano. Parece que, no dia em que discursou, o seu “trabalho” era parar o país.

Como resta claro, para tentar se eleger, Bolsonaro topa deixar os hospitais sem oxigênio, os marcados sem comida, as escolas sem alunos, a sociedade sem segurança pública. Assim, primeiro vem o Apocalipse. E, depois, claro!, a redenção. E o Bolsonaro saberia julgar os vivos e os mortos, separando quem presta — os de sua turma — de quem não presta: todos os outros. E por isso que ele se juntou ao mensaleiro Valdemar da Costa Neto: para salvar o Brasil!

Eis a conspiração de patriotas que ameaçou levar o país ao colapso.

Por Reinaldo Azevedo

Combustíveis: distribuidoras agem como agiotas



Distribuidora exige grana à vista e penhora de imóveis de postos

Distribuidoras de combustível, além de atuarem como atravessadores, também praticam agiotagem na sua relação com postos. Só entregam combustível mediante pagamento à vista, mas dão prazo de até 7 dias, mediante juros de R$0,259 sobre cada litro, e ainda exigem penhora de outro imóvel com valor líquido cinco vezes maior. Para cada crédito de R$1 milhão, as distribuidoras exigem garantia real de R$5 milhões.

A relação leonina dos postos com as distribuidoras inclui também a punição para aqueles revendedores que recorram à Justiça.

O mesmo princípio se aplica a produtores de etanol. Muitos deles são coagidos a não lutar contra a hegemonia das distribuidoras no sistema.

Politicamente poderosas e capitalizadas, distribuidoras deitam e rolam junto a políticos influentes, governos e sobretudo órgãos de controle.

Nenhum órgão fiscalizador interfere no relacionamento dos postos com as distribuidoras, principalmente a Agência Nacional do Petróleo (ANP).

sábado, 26 de maio de 2018

Empresário afirma ser dono dos R$ 51 milhões de apartamento em Salvador



Se até hoje, quase nove meses depois da apreensão pela Polícia Federal de mais de R$ 51 milhões em dinheiro em um apartamento em Salvador, os irmãos Geddel e Lúcio Vieira Lima não reivindicaram a propriedade nem deram explicações sobre a origem da fortuna, tem quem o faça. Diferentemente da Procuradoria-Geral da República, que afirma em denúncia que o dinheiro tem origem em propinas da construtora Odebrecht, o empresário baiano Carmerino Conceição de Souza acha que é dele.

E diz mais: os R$ 51 milhões apreendidos no âmbito da operação Tesouro Perdido, em setembro, seriam parte de um montante de R$ 65 milhões que ele afirma ter repassado em dinheiro a um intermediário de Geddel – e do qual não recebeu a contrapartida acertada com o ex-ministro, uma carta-fiança da Caixa Econômica Federal para fundamentar um pedido de financiamento no valor de R$ 110 milhões junto ao BNDES. “Até hoje, não houve a aplicação”, disse.

Segundo Carmerino, a negociação foi acertada pessoalmente com Geddel “no final de 2012 ou início de 2013”, quando o ex-ministro era vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa.

Ele relata que o dinheiro foi entregue por um de seus sócios entre os meses de outubro e dezembro de 2015 na superintendência de Pessoa Jurídica na Bahia. À época, Geddel não estava mais na Caixa. Ele foi exonerado em dezembro de 2013.

Segundo o empresário, foram “mais de dez” entregas. “No total, foram 225 envelopes cheios de notas de R$ 50 e R$ 100, guardados em 19 malotes”, disse, citando as mesmas características do dinheiro apreendido pela Polícia Federal.

Carmerino afirma “acreditar” que tenha os recibos dessa transação. “De qualquer forma, deve ter imagem de câmeras de segurança mostrando as entregas dos malotes. Já pedi isso à Caixa, mas eles não me atendem. Quando chego lá, parece que sou um fantasma.”

Ele nega que a transação com Geddel tenha sido pagamento de propina. “Não tem por que pagar propina. Dei o dinheiro para receber a aplicação”, disse. Afirmando conhecer Geddel há pelo menos 20 anos, Carmerino disse não acreditar que o ex-ministro tenha agido de má-fé. “Se ele guardou esse dinheiro, é porque não tinha nenhuma maldade”, afirmou.

Segundo ele, os pagamentos “à Caixa” foram feitos em dinheiro porque é assim que suas empresas recebem da maioria de seus clientes. “Tratamos com muita gente ‘negativada’, que não podem usar a conta bancária. Por isso recebíamos muito em dinheiro. Mas estamos mudando isso”, disse.

O empresário se apresenta como presidente do grupo Polocal, holding que reúne mais de 30 empresas em 19 Estados, com cerca de 300 funcionários. As atividades do grupo vão da manutenção predial à venda parcelada de veículos. O faturamento anual, segundo ele, é de cerca de R$ 300 milhões.

Busca

Carmerino disse que após a apreensão dos R$ 51 milhões e a posterior prisão de Geddel, iniciou uma verdadeira peregrinação atrás do dinheiro. Procurou a PF em Salvador e pediu para visitar o ex-ministro, que está preso desde setembro no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.

A PF o orientou a procurar a defesa de Geddel, o que foi feito diversas vezes e insistentemente, segundo o advogado Gamil Foppel. Em petição enviada à PF, cujo conteúdo foi revelado pela coluna Satélite, do jornal Correio, de Salvador, Foppel informa que o empresário “tem insistido em buscar contato com este peticionário e demais advogados do escritório, passando a proferir expressas ameaças contra a defesa técnica”.

“A insistência do referido senhor já tem causado estorvo ao normal funcionamento do escritório diante do número absolutamente elevado de ligações diárias (que superam o total de duas dezenas)”, escreveu o advogado.

Em resposta, Foppel orientou o empresário a procurar a PF “para que, perante a autoridade policial, ele pudesse esclarecer os fatos que julgasse pertinentes, notadamente sobre a sua alegada propriedade”. Ao jornal O Estado de S. Paulo, o advogado disse que as alegações do empresário, “são absurdamente mentirosas”.

Carmerino diz que também tem procurado o deputado Lúcio Vieira Lima (MDB-BA) e a Caixa, igualmente sem resposta. Sua intenção, diz, é apenas reaver o dinheiro ou receber a carta-fiança. “Só preciso que Geddel diga: ‘foi fulano de tal que pegou e, se esse dinheiro não aparecer na Caixa, esse cidadão vai ter de explicar o que fez com ele”.

“Com relação à denúncia apresentada, a Caixa Econômica Federal esclarece que irá apurar internamente as declarações do empresário e, se necessário, acionará os órgãos competentes”, afirmou a Caixa em nota. Procurado pela reportagem, o deputado Lúcio Vieira Lima não retornou os contatos.

Veja.com

STF avaliza uso da força para desbloquear vias



O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, concedeu liminar que autoriza a União e os governos estaduais a utilizar a força policial para liberar rodovias bloqueadas por caminhoneiros, incluindo os acostamentos. Em seu despacho, Moraes menciona as corporações que estão autorizadas a agir: Polícia Rodoviária Federal, Polícias Militares e Força Nacional de Segurança.

Deve-se a decisão do ministro a um pedido da Advocacia-Geral da União. Ex-ministro da Justiça de Temer, Moraes foi escolhido como relator da ação do governo por sorteio. Além de avalizar o emprego da força policial, o magistrado determinou a suspensão dos efeitos “das decisões judiciais que impedem a imediata reintegração de posse das rodovias federais e estaduais ocupadas em todo o território nacional.”

Mais: Moraes autorizou a imposição de multas aos responsáveis pelos bloqueios, estabelecendo a “responsabilidade solidária entre os manifestantes/condutores dos veículos e seu proprietários, sejam pessoas físicas ou jurídicas.” Entidades que desrespeitarem a determinação ficarão sujeitas a multas de R$ 100 mil por hora. Para os caminhoneiros, a multa é de R$ 10 mil por dia. Vai abaixo a íntegra da decisão do ministro, tomada na noite desta sexta-feira:


Em 25 de maio de 2018. CONCEDO A MEDIDA CAUTELAR postulada na presente ADPF, ad referendum do Plenário (art. 5º, § 1º, da Lei 9.882/1999) e, com base no art. 5º, § 3º, da Lei 9.882/1999: (a) AUTORIZO que sejam tomadas as medidas necessárias e suficientes, a critério das autoridades responsáveis do Poder Executivo Federal e dos Poderes Executivos Estaduais, ao resguardo da ordem no entorno e, principalmente, à segurança dos pedestres, motoristas, passageiros e dos próprios participantes do movimento que porventura venham a se posicionar em locais inapropriados nas rodovias do país; bem como, para impedir, inclusive nos acostamentos, a ocupação, a obstrução ou a imposição de dificuldade à passagem de veículos em quaisquer trechos das rodovias; ou o desfazimento de tais providências, quando já concretizadas, garantindo-se, assim, a trafegabilidade; inclusive com auxílio, se entenderem imprescindível, das forças de segurança pública, conforme pleiteado (Polícia Rodoviária Federal, Polícias Militares e Força Nacional). (b) DEFIRO a aplicação das multas pleiteadas, a partir da concessão da presente decisão, e em relação ao item (iv.b) da petição inicial, estabeleço responsabilidade solidária entre os manifestantes/condutores dos veículos e seu proprietários, sejam pessoas físicas ou jurídicas. (c) SUSPENDO os efeitos das decisões judiciais que, ao obstarem os pleitos possessórios formulados pela União, impedem a livre circulação de veículos automotores nas rodovias federais e estaduais ocupadas em todo o território nacional, inclusive nos respectivos acostamentos; (d) SUSPENDO os efeitos das decisões judiciais que impedem a imediata reintegração de posse das rodovias federais e estaduais ocupadas em todo o território nacional, inclusive nos respectivos acostamentos. Publique-se e comunique-se, com URGÊNCIA, o DD. Presidente da República. Publique-se.

sexta-feira, 25 de maio de 2018

Ministro diz que Forças Armadas atuarão de maneira 'enérgica' para liberar estradas


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O ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, afirmou nesta sexta-feira (25) que as Forças Armadas atuarão de maneira "rápida" e "enérgica" para liberar as rodovias bloqueadas por caminhoneiros pelo país (veja no vídeo acima).

Silva e Luna deu a declaração após se reunir com os comandantes de Exército, Marinha e Aeronáutica para definir a atuação dos militares.

Mais cedo, nesta sexta, o presidente Michel Temer afirmou em pronunciamento no Palácio do Planalto que havia acionado as tropas federais para liberar as estradas onde há bloqueios.

Especialistas afirmam que setor de transporte de carga está praticando locaute


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Os manifestantes pediram e conseguiram suspender a política de reajustes diários de preços da Petrobras até o fim do ano. As revisões no valor do diesel serão mensais. Caso a estatal tenha prejuízos, a União cobre --uma prática que resgata o subsídio aos combustíveis.

É preciso esperar a reação dos caminhoneiros nesta sexta-feira (25) para medir o nível de adesão ao acordo. A Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros), que vinha liderando a paralisação, deixou a mesa de negociação e não assinou o acordo. O governo vai monitorar em particular se a desmobilização será tão ágil quanto foi a organização.

A rapidez com que a paralisação se alastrou pelo país desperta suspeitas de que as transportadoras, que também sofrem com a alta do preço do diesel, participam da mobilização, o que é proibido por lei.

Seria o chamado locaute, espécie de greve coordenada por empresários. A legislação brasileira só garante o direito à greve aos trabalhadores.

Em entrevista a Folha, na noite desta quinta, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que informações da área de inteligência do governo identificaram indícios de participação do setor empresarial que, se comprovada, vai exigir ação da Polícia Federal.

(...)

Leia íntegra na Folha

quinta-feira, 24 de maio de 2018

Governo e caminhoneiros anunciam acordo para suspender a greve



Após uma tarde de reunião com os caminhoneiros, o governo anunciou um acordo para encerrar a greve da categoria, iniciada na segunda-feira. O acordo prevê que o desconto de 10% sobre o preço do diesel será mantido por 30 dias – período maior que os 15 dias oferecidos ontem pelo presidente da Petrobras, Pedro Parente.

“O que estamos acordando é que o preço ficará fixo no patamar definido pela Petrobras por 30 dias. Nos primeiros 15 dias, voluntariamente proposto pela Petrobras, e, a partir do 16º dia, o governo irá pagar “, disse o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia.

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, negou que essa decisão represente uma intervenção na política de preço da Petrobras. “A política de preços continua intacta até a porta da refinaria. Depois, o governo propõe uma política de preços de acordo com a realidade brasileira.”

De acordo com os ministros, os representantes dos caminhoneiros aceitaram dar uma trégua de 15 dias na greve. Depois deste período, as partes voltam a se reunir para negociar as reivindicações da categoria.

Apesar do anúncio do acordo com entidades de representação dos caminhoneiros, não há certeza de que a greve será encerrada. Nélio Botelho, presidente Sindicato dos Caminhoneiros Autônomos do Estado do Rio de Janeiro, diz que não reconhecesse esse acordo.

“Estamos todos revoltados, quem não participou da reunião está discordando de tudo o que foi decidido com o governo. Não vamos apoiar esse absurdo. Recusamos e vamos avisar aos caminhoneiros para não desmobilizar. Esse acordo não resolve o problema de ninguém”, afirmou ele a VEJA.

A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) não participou da reunião. Seu presidente, José da Fonseca Lopes, abandonou a reunião logo no início dizendo não concordar com os termos do acordo que estava sendo desenhado.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, minimizou a ausência de Fonseca e afirmou que o acordo foi fechado com a Confederação Nacional dos Transportes (CNT), a qual a Abcam é filiada. “A forma como ele saiu, as palavras que ele usou abandonando a reunião, mostraram que ele nunca deveria ter entrado [na reunião].”

CAÇA DA FORÇA AÉREA CAI NA AVENIDA BRASIL, NO RIO DE JANEIRO


CAÇA DA FAB CAI APÓS DECOLAR DA BASE AÉREA DE SANTA
CRUZ, NO RIO DE JANEIRO (FOTO: BANDNEWS)

Um caça F5 da Força Aérea Brasileira (FAB) sofreu uma pane e caiu, na manhã desta quinta (24), na rodovia Rio-Santos (BR-101), no final da Avenida Brasil, no Rio de Janeiro. O jato de combate, fabricado há 43 anos, havia decolado da base aérea de Santa Cruz, também no estado do Rio. Em 2015, a FAB chegou a comemorar os 40 anos de fabricação do caça.

Segundo a Aeronáutica, os dois pilotos conseguiram se ejetar do avião antes da queda. Um deles sofreu escoriações no rosto. Todos estão sendo atendidos encaminhados para uma unidade de saúde da FAB para atendimento médico. 

Muita fumaça pode ser vista no local da queda. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que a aeronave não chegou a cair na rodovia.

A Aeronáutica divulgou uma nota após o acidente:

O Comando da Aeronáutica informa que uma aeronave de caça F-5 Tiger da Força Aérea Brasileira (FAB), do 1º Grupo de Aviação de Caça, acidentou-se nesta quinta-feira (24/05), por volta das 7h40, na Ala 12 (Base Aérea de Santa Cruz), Rio de Janeiro (RJ). Os pilotos ejetaram-se, estão vivos e recebem cuidados médicos.

A tripulação realizava um voo local de treinamento e detectou uma falha, que obrigou os pilotos a se ejetarem. A aeronave foi direcionada a uma região desabitada, sem causar danos pessoais ou materiais no solo.

Equipes de investigação da FAB estão no local para apurar os fatores contribuintes da ocorrência.

Por Diário do Poder

Bolsonaro exibe ética flexível em ato de prefeitos



Jair Bolsonaro vai se revelando um presidenciável peculiar. As poucas ideias que tem não são boas. E algumas nem são dele. Quando discursa, o candidato passa a impressão de que apenas repete o que a plateia deseja ouvir. Nesta quarta-feira, falando para prefeitos, Bolsonaro defendeu a flexibilização dos rigores do Ministério Público no trato com gestores municipais em litígio com a lei.

Disse Bolsonaro: ''Temos de ter coragem de falar sobre o Ministério Público. Faz um bom trabalho? Em parte, sim. Mas tem seus problemas. Que prefeito não fica com medo ou preocupado respondendo por improbidade administrativa? Temos de mudar isso.''

Como assim? ''Não é dizer que não vai ter mais fiscalização, não é isso. Mas temos de ser prefeitos, governadores e presidente sem medo. Todos nós podemos errar. E não é do erro que vem acontecendo, vem uma lapada em cima da cabeça da gente.'' Sem medo, chegou-se ao mensalão, punido com cadeia pelo STF. Com medo, produziu-se o petrolão. Mas Bolsonaro quer um Ministério Público “parceiro”. Pelo bem do “desenvolvimento do Brasil.”

Os repórteres estranharam a falta de nexo, pois Bolsonaro apresenta-se na campanha enrolado na bandeira do combate à corrupção. E o candidato: Não ''tem nada a ver uma coisa com outra. Tem que ter bom senso. Até um simples fiscal não pode chegar num estabelecimento e meter a mão na caneta. Orienta num primeiro momento. Quem nunca reclamou de uma multa de trânsito? Esta é a intenção. O combate à corrupção tem que continuar''.

Bolsonaro sentiu a necessidade de esmiuçar um pouco mais seu raciocínio. ''Por exemplo: quando fala de propriedade rural, está lá a emenda constitucional do trabalho escravo. Ninguém é a favor de trabalho escravo. Tem gente do Ministério Público, do Judiciário, que entende que o trabalho análogo à escravidão também é escravo. Tem que botar um ponto final nisso. Análogo é uma coisa e escravo é outra.''

Quer dizer: a pretexto de justificar um absurdo —o relaxamento na fiscalização de malfeitos municipais— Bolsonaro se alinhou com outras três temeridades: desmereceu o trabalho de fiscais fazendários, estimulou a rebelião contra inspetores de trânsito e revelou-se condescendente com a exploração de mão de obra no campo. Fez tudo isso num instante em que negocia uma aliança com o PR de Valdemar Costa Neto, o ex-presidiário do mensalão.

Nesse ritmo, o ex-capitão vai acabar ensinando ao seu eleitorado que não se deve confundir um certo candidato com o candidato certo. Não é que o Bolsonaro seja contra o combate à corrupção. Não, não. Absolutamente! Ele apenas ostenta princípios éticos flexíveis. Natural. Acabar com a corrupção sempre foi a prioridade de todos os que ainda não chegaram ao poder.

Ministro diz que 'foi superado' receio com pacto Embraer-Boeing


Embraer

Joaquim Silva e Luna, do Ministério da Defesa, disse que o governo acompanha de perto as negociações entre as duas empresas, oficializadas em dezembro de 2017, e que ambas buscam um acordo do tipo "ganha-ganha"

O ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, afirmou que foram superadas as preocupações que o governo brasileiro tinha sobre os projetos militares estratégicos da Embraer, em razão do acordo com a Boeing.

Em entrevista à agência Bloomberg, o ministro disse que o governo acompanha de perto as negociações entre as duas empresas, oficializadas em dezembro de 2017, e que ambas buscam um acordo do tipo "ganha-ganha".

Silva e Luna negou que tenha havido retrocessos na conversa, em razão da complexidade do negócio, e disse que espera a conclusão do acordo até o final do ano.

"Todos nós, a Boeing e a Embraer também, estamos otimistas. Havia uma preocupação para preservar investimentos da nossa base industrial de defesa, de que os projetos estratégicos não fossem interrompidos. Essa parte foi superada", disse o ministro.

Até o momento, o plano em discussão pelas duas fabricantes é de criação de uma joint venture que incluiria os jatos comerciais da Embraer em vez de uma aquisição total pela Boeing, que manteria o controle majoritário da nova companhia. Não se sabe ainda se a aviação executiva da Embraer também entraria no negócio.

CASAMENTO.

Segundo o ministro da Defesa, o valor de cada lado da empresa resultante está em discussão e dependerá de quanto dinheiro cada parte tem para investir na joint venture.

"Não sabemos se em comunhão ou separação de bens, mas a tendência é de casamento, sim", afirmou Silva e Luna.

Em nota, a Embraer confirmou o andamento da negociação e disse que não há prazo para que o acordo esteja definido. Também em nota, a Boeing disse que o acordo seria de "ganho mútuo"...

Por O Vale

quarta-feira, 23 de maio de 2018

SP proíbe fogos de artifício barulhentos para preservar animais e idosos


Fogos de artifício iluminam céu durante festa de réveillon na avenida Paulista, em São Paulo

O prefeito Bruno Covas (PSDB) sancionou nesta quarta-feira projeto de lei que proíbe o uso de fogos de artifício que produzam ruído. Segundo o texto, a proposta é evitar o mal-estar que esse tipo de barulho provoca em idosos, crianças e animais domésticos. Os fogos sem estampidos, que produzem apenas efeitos visuais, continuam permitidos.

A forma de fiscalização ainda será definida pela prefeitura. Em caso de descumprimento, a multa prevista é de R$ 2 mil. Caso ocorra reincidência, o valor será cobrado em dobro. A lei será regulamentada pelo Poder Executivo em 90 dias.

“Queremos gerar empregos, mas que as pessoas tenham renda de forma digna, respeitando não apenas as crianças e idosos, mas também os animais. São Paulo precisa ser exemplo e influenciar outras cidades a fazerem o mesmo”, disse Covas.

O texto do projeto é de autoria dos vereadores Mário Covas Neto, Abou Anni e Reginaldo Trípoli. “Essa ação significa um avanço. Queremos informar as pessoas sobre os malefícios que o ruído desses fogos provocam, por exemplo, em crianças autistas, nos idosos adoentados e também nos animais, que têm sistema auditivo muito sensível”, declarou Trípoli.

Veja.com

EX-GOVERNADOR AZEREDO SE ENTREGA À POLÍCIA CIVIL DE MINAS



O ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB) se entregou à polícia, em uma delegacia de Belo Horizonte no começo da tarde desta quarta-feira (23). Azeredo já era considerado foragido pela Polícia Civil do Estado.

O mandado de prisão foi emitido no final da tarde de terça-feira, 22. A corporação já faz diligências e o tucano pode ser preso se, por exemplo, for parado em uma blitz.

Ontem, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) negou recurso apresentado pela defesa do ex-governador e determinou sua prisão imediata.

O tucano foi condenado pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro pela primeira vez em dezembro de 2015, quando foi sentenciado a 20 anos e 10 meses de prisão por participação no chamado Mensalão Tucano. Em agosto do ano passado, a condenação foi confirmada em segunda instância e a pena aplicada ao político foi reduzida em 9 meses, para 20 anos e um mês.

terça-feira, 22 de maio de 2018

ONU rejeita pedido de Lula contra prisão



O Comitê de Direitos Humanos da ONU rejeitou o pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que sua prisão fosse evitada, como parte de medidas cautelares solicitadas por seus advogados.

A queixa que teve seu início em 2016 nas Nações Unidas não está encerrada. O governo brasileiro terá mais seis meses para responder a uma série de perguntas formuladas pela ONU e uma decisão final, segundo a entidade, ficará apenas para 2019. Mas, num primeiro momento, o apelo do ex-presidente não foi atendido.

“O Comitê de Direitos Humanos não concederá medidas cautelares no caso de Lula da Silva”, declarou a porta-voz de Direitos Humanos da ONU, Julia Gronnevet.

“Baseada na informação que recebeu, o Comitê não pode concluir que existe um risco de um dano irreparável nesse momento”, declarou a ONU em um comunicado, que insiste que não avaliou a substância ainda da queixa original da defesa de Lula. (…)

Leia mais no Estadão.

Promotor quis me forçar a delatar o Kassab, diz acusado da máfia do ISS


Jorge Araujo/Folhapres
O auditor Ronilson Rodrigues,

Acusado de participar de um esquema de corrupção na prefeitura paulistana, Ronilson Rodrigues, 55, afirma que seu acordo de delação premiada não foi aceito pelo Ministério Público por ter se recusado a envolver no escândalo o ex-prefeito Gilberto Kassab (2006-2012) e hoje ministro da Ciência e Tecnologia do governo Temer (MDB).

Ex-subsecretário da Receita Municipal, Ronilson diz que o promotor Roberto Bodini queria colocar palavras em sua boca. “Ele queria que eu dissesse o que ele queria, e não o que eu sabia”, diz o auditor, que afirma ter entregue uma lista com nome de vários políticos, entre os quais vereadores, relacionados ao esquema.

Segundo ele, o promotor envolveu sua mulher na investigação, que chegou a ser presa, com o objetivo de forçá-lo a fazer a delação “como eles queriam, e não como eu sei”.

Conhecido como a máfia do ISS, o esquema, segundo a Promotoria, desviou de R$ 500 milhões do cofre municipal. Em troca de propina, empreiteiras obtinham descontos no pagamento do ISS (Imposto sobre Serviços) para a concessão do Habite-se pós-conclusão de obras imobiliárias. Mais de 400 inquéritos foram abertos. Ronilson é alvo de 24 processos, com uma condenação até agora, mas ele recorre em liberdade.
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Na Folha

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Uma face nova na política


O executivo João Amoêdo é um desconhecido para grande parte da população. Ele deixou o mercado financeiro para ajudar na criação do Partido Novo, com o objetivo de reconstruir a política brasileira no longo prazo. Agora, é pré-candidato à presidência pela sigla que ajudou a fundar. A insatisfação com a política tradicional e a crise institucional, porém, fazem com que Amoêdo sonhe em implementar, já em 2018, suas ideias de uma economia liberal no País. Saiba o que ele pensa e o que ele quer.

Crédito: Divulgação

João Amoêdo

Idade: 55 anos
Formação: engenharia e administração de empresas
Carreira: Citibank, BBA, Creditansalt, Fináustria, vice-presidente do Unibanco e membro do conselho de administração do Itaú-BBA
Propostas: reduzir o papel do Estado, equilibrar as contas públicas e realizar as reformas estruturais

Parece impossível imaginar um político brasileiro sem um séquito de “aspones” ao redor. Esse bando de assessores cuida de quem se aproxima, faz cara feia para uma pergunta considerada indelicada e tenta garantir que a melhor imagem chegue para o cidadão. João Dionísio Filgueira Barreto Amoêdo, 55 anos, não se cerca de nenhum na entrevista concedida à DINHEIRO em seu escritório no Itaim Bibi, um bairro nobre da zona Oeste de São Paulo. Ele é um novato na política nacional e, até por esse motivo, quer fazer o contrário do que os velhos políticos fazem.

Pré-candidato do Partido Novo à presidência da República, Amoêdo pensa grande e longe. Ganhar a eleição de 2018 e ocupar a principal cadeira do Palácio do Planalto é o objetivo de curto prazo. A provável derrota, porém, não será tratada como fracasso. O fundamental é participar, influenciar e interferir na reconstrução da política nacional, para que o debate de idéias ocupe o espaço do discurso populista que tem dominado as últimas disputas – algo que, ele sabe, só vai acontecer aos poucos e em longo prazo. “Não basta ter só um nome novo na política”, diz Amôedo. “É preciso ter postura e atitude novas.”

Leiam íntegra da entrevista na Revista ISTOÉ

Governo Temer não pode reconhecer resultado da eleição na Venezuela; o tirano Maduro leva 67% em processo fraudulento e sem eleitores



Aquilo a que se viu na Venezuela neste domingo não foi uma eleição, mas uma farsa asquerosa de uma ditadura que mata seu povo de fome e de falta de remédios quando não o mata a tiros. Na condição de país mais importante da América Latina, particularmente da América do Sul, o Brasil não pode reconhecer o resultado. O tirano Nicolás Maduro venceu, é claro! Enquanto escrevo, Costa Rica e Panamá já seguiram esse caminho. Sei que são países pequenos, com pouco poder de pressão. Isso só faz crescer a importância de um posicionamento mais duro do Brasil. Se o país adotar o que considero a única posição digna diante de tamanho acinte, haverá a gritaria de sempre das esquerdas. Fazer o quê? Como sabem, não defendo nem nossos assassinos nem os dos outros; nem os de ontem nem os de hoje. Ademais, reitero, não houve uma eleição no país, mas apenas um ritual a mais de recondução do ditador — e, desta feita, o arranjo é ainda mais mambembe do que os anteriores. Se o Brasil não reconhecer o resultado, estará em companhia de Canadá, EUA e União Europeia. Não custa lembrar: Ruy Carlos Pereira, embaixador do país em Caracas, foi expulso em dezembro do ano passado.

Comecemos pelo básico. Os dois principais opositores de Maduro, Henrique Capriles e Leopoldo López, não puderam se candidatar. O primeiro foi declarado inelegível em 2017 pelos 15 anos seguintes. A decisão é da Controladoria-Geral da República, mera repartição do chavismo. O segundo está preso desde 18 de fevereiro de 2014. Em setembro de 2015, foi condenado a 13 anos, nove meses e sete dias de prisão sob a acusação de ter insuflado protestos contra o governo que resultaram na morte de 43 pessoas, abatidas como moscas pelas forças policiais e por milícias a serviço de Maduro. Vale dizer: o ditador mandou matar e prendeu seu opositor, acusando-o de ser o responsável pelos assassinatos. Essa é a Venezuela de hoje.

O MUD (Mesa da Unidade Democrática) boicotou a eleição. Não quis coonestar a farsa. Os críticos dessa posição lembram o que foi, de fato, um erro em 2005, quando os antichavistas denunciaram a desigualdade de condições na disputa e se retiraram do pleito. O chavismo disputou sozinho. Deitou e rolou. Com o domínio absoluto da Assembleia Nacional, Chávez nomeou sem contestação os juízes do Tribunal Supremo de Justiça, que é o STF deles, e os juízes do Conselho Nacional Eleitoral, correspondente ao nosso TSE. Ocorre que as circunstâncias agora são outras.

A verdadeira oposição está fora do pleito. O principal adversário de Maduro é o ex-chavista Henri Falcón. Pesquisa do Instituto Datanálisis dava-lhe 7,1 pontos de vantagem sobre o atual mandatário (41,4% a 34,3%). A rejeição ao tirano chegava a 80%. Doce ilusão! Às 22h27 deste domingo, a presidente do Conselho Nacional Eleitoral anunciou que, com 96,6% da apuração concluída, Maduro havia sido reeleito com 5.823.728 votos. Falcón obteve apenas 1.822.552. Javier Bertucci ficou com 942.042, Reinaldo Quijada, com 34.600. A participação não alcançou nem a metade do eleitorado. Ficou em 46.1%.

Se foi um erro a oposição não ter participado da disputa em 2005, agora, tudo indica, o erro foi participar — ainda que Falcón seja um ex-homem do regime; apenas um neo-oposicionista. Observem: será plausível imaginar que o governo que responde pelo pior momento da história do país obtenha 67,7% votos? É bem verdade que isso corresponde a algo em torno de um terço do eleitorado. A maioria, com efeito, não compareceu. Mesmo assim, as evidências de fraude são escandalosas.

Daí que deixo aqui o convite ao governo Temer: não reconheça o resultado. Sei que é outra a tradição da política externa brasileira. Mas que se saiba a hora de romper a tradição diante de uma fraude vendida como eleição.

Por Reinaldo Azevedo

domingo, 20 de maio de 2018

De faxina a banho em Maluf: a rotina dos irmãos Batista na cadeia


Wesley e Joesley Batista, donos da Friboi

Reportagem de VEJA desta semana mostra a rotina dos irmãos Batista, donos da JBS, durante o período em que estiveram presos em uma ala da carceragem da Polícia Federal em São Paulo. Eles cortaram o cabelo um do outro, conseguiram autorização para limpar a ala feminina e chegaram até a dar banho no deputado Paulo Maluf, quando este, adoentado, passou rapidamente pelas dependências da PF. Joesley e Wesley ficaram sozinhos em suas respectivas celas, localizadas uma ao lado da outra. Ambos tinham direito a duas horas de banho de sol por dia e podiam deixar a tranca para conversar com os advogados. Joesley, então, pediu a um de seus defensores que o visitasse, diariamente, de manhã e à tarde. Wesley acabou solto em fevereiro passado. Joesley, no mês seguinte.

sábado, 19 de maio de 2018

Doleiro presenteou Sergio Cabral com uma academia inteira



Preso na operação Câmbio, Desligo, o doleiro Roberto Rezinski deu de presente uma academia inteira ao então governador Sergio Cabral. Os aparelhos de ginástica ficavam num imóvel alugado só para isso, no mesmo prédio onde Cabral morava.

PROPINA DA TAM PARA GLEISI PODE ESTAR LIGADA A ‘FAVOR’ ÀS EMPRESAS AÉREAS



Investigadores ligados à Lava Jato suspeitam que os pagamentos de propina da TAM à senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) podem estar ligados à decisão do governo Dilma Rousseff que favoreceu empresas aéreas. Com a decisão do Ministério do Planejamento, cujo titular era seu marido Paulo Bernardo, o governo federal passou a fazer compra direta de passagens aéreas, dispensando as agências de viagem. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Segundo a Polícia Federal, Gleisi recebeu R$1,3 milhão em propinas. Somente a antiga TAM (hoje Latam) pagou R$ 345 mil.

O governo não economiza com a compra direta de passagens, mas as empresas aéreas economizam comissões às agências de viagem.

Desde a decisão do Planejamento, as empresas aéreas são os únicos fornecedores do governo pagos à vista, usando cartões corporativos.

Além da venda direta e do recebimento à vista, as aéreas nem precisam recolher na fonte o imposto de renda, CSLL e PIS/Cofins.

sexta-feira, 18 de maio de 2018

Mais de 1.000.000 de visualizações



Resultado de imagem para Comemoração de um milhão de visualizações



O Blog ultrapassou hoje a marca de 1 milhão de visualizações! Agradeço aos leitores e amigos que, diariamente ou esporadicamente, colaboraram para o Blog atingir esta marca.

Estimulado por tanto, o Blog continuará seu trabalho, respeitando a verdade, informando e opinando de forma apartidária e democrática como sempre fez.

 E espero, com a anuência dos leitores, em breve atingir a marca de 2 milhões de visualizações.

Grande abraço a todos

Clovis Cunha

PS: Um abraço especial ao André Silvestre! Querido amigo e leitor assíduo do Blog.

TCU MANDA INVESTIGAR SUMIÇO DE OBJETOS NOS GOVERNOS LULA E DILMA



O Palácio do Planalto está na busca por presentes dados a Lula e Dilma que desapareceram. Há dez dias, foi aberta uma investigação para encontrar 712 itens registrados no acervo da Presidência da República. A caça aos tesouros foi determinada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em 2016, a partir de uma lista de presentes recebidos por Lula e Dilma durante os seus mandatos.

Do Palácio da Alvorada, sumiram 391 objetos; já da Granja do Torto, casa que fica à disposição dos presidentes, foi constatado o desaparecimento de 114 itens. Somados, o valor desses bens chegaria a R$ 5,8 milhões.

A comissão responsável por identificar onde estão esses objetos decidiu começar as buscas por locais onde foram guardados os bens pessoais do ex-presidente Lula desde sua saída do Planalto, em 2010. Do total de itens desaparecidos, 144 artigos ligados a Dilma Rousseff e já separados por seus assessores serão recolhidos por um avião da Força Aérea Brasileira. 

Outras 390 peças já foram encontradas por um grupo de servidores do Planalto em caixas guardadas no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo. A estimativa da comitiva é de encontrar 568 objetos no local. Entre os itens desaparecidos estão três peças que compõem o acervo do Museu de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Essas peças já foram devolvidas ao museu.

Cofre recheado

Em 2016, um cofre em uma agência bancária de São Paulo foi encontrado com presentes recebidos nos oito anos de mandato do ex-presidente Lula. O cofre estava no nome da ex-primeira-dama Marisa Letícia e no de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha. Entre as peças que chegaram ao local em 2011 estavam moedas de ouro com símbolos do Vaticano; um camelo de ouro; uma adaga dourada com empunhadura de marfim cravejada de rubis; entre outros objetos.

O Instituto Lula afimrou na época que “a Presidência da República catalogou todos os objetos de seu acervo e providenciou a mudança para São Paulo” e que todos os objetos desta lista estavam "guardados, preservados e intocados". No entanto, a lei determina que os presentes trocados entre chefes de Estado devem ser incorporados ao patrimônio da União.

Para constatar quais objetos haviam sumidos, o Tribunal de Contas da União procurou órgãos de controle de patrimônio e registros do Ministério das Relações Exteriores sobre as viagens oficiais dos presidentes ao exterior e de visistas de líderes mundiais ao Brasil. Para evitar casos semelhantes, a Corte determiou que o gabinete presidencial, o cerimonial do Planalto e o cerimonial do Ministério das Relações Exteriores usem um formulário para registrar todos os presentes recebidos pelos presidentes durante eventos oficiais.

quinta-feira, 17 de maio de 2018

Embraer confirma “danos extensos” em protótipo do KC-390 após incidente




Aeronave sofreu uma saída de pista enquanto realizava teste em solo em Gavião Peixoto

A Embraer informou quinta-feira (10) que, após uma avaliação inicial do protótipo 001 do KC-390 que se envolveu em um incidente no último dia 5 de maio, quando saiu da pista enquanto realizava testes em solo na unidade em Gavião Peixoto (SP), foram identificados danos extensos nos três trens de pouso da aeronave além de avarias na parte estrutural da fuselagem.

Imagens obtidas pelo site Poder Aéreo mostram o avião bastante danificado após o incidente. Em comunicado oficial, a Embraer afirma que análises iniciais apontam que a aeronave e todos os sistemas comportaram-se normalmente conforme as características do projeto.

A fabricante informou que está avaliando o planejamento para a continuidade dos ensaios de certificação, incluindo a possibilidade de transferir alguns testes para o protótipo 002 e também para as primeiras aeronaves de série que já se encontram em estágio avançado de montagem. A Embraer também afirma que o incidente não altera a previsão de atingimento da certificação de Capacidade Final de Operação (Final Operational Capability), assim como a primeira entrega à Força Aérea Brasileira, programada para o quarto trimestre de 2018.

A Embraer ainda ressaltou que já iniciou a investigação para apurar as causas do incidente. A empresa, no entanto, ainda não confirma se o protótipo avariado deve voltar a voar.

Segundo incidente com o mesmo protótipo

A ocorrência registrada nessa semana já é o segundo incidente envolvendo o protótipo 001 do KC-390. Em outubro de 2017, a mesma aeronave enfrentou uma perda inesperada de altitude enquanto executava avaliações de certificação sobre a qualidade de voo em baixa velocidade e simulando formação de gelo nas asas, também na região de Gavião Peixoto.

A rápida descida submeteu o protótipo a grandes forças aerodinâmicas, o que acabou danificando partes de carenagens externas. Após passar por essa situação, o avião pousou em segurança e nenhum tripulante ficou ferido.

Enquanto aguardava por peças de reposição e reparos, o protótipo 001 do KC-390 ficou afastado da campanha de testes e certificação do programa KC-390. O modelo havia retornado aos ensaios em março deste ano.

As primeiras entregas do KC-390 estão programadas para o segundo semestre deste ano. O primeiro cliente do novo cargueiro militar da Embraer será a FAB, que encomendou 28 aeronaves.

Por Airway / Poder Aéreo

Coligações sujas inibem discurso ético em 2018


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Começa em 31 de agosto o horário político no rádio e na TV. Vai durar 35 dias, até 4 de outubro, antevéspera da eleição. Como sempre, os candidatos levarão ao ar propaganda política, não informação política. A mistificação será maior em 2018. O combate à corrupção, uma das prioridades do eleitor, tende a ficar em plano secundário, pois alguns dos principais candidatos negociam a incorporação de partidos sujos às suas coligações. Em troca de alguns segundos a mais de propaganda, dão de ombros para a lama.

A corrida pelo Planalto é marcada por um paradoxo: quem tem mais votos —Jair Bolsonaro, Marina Silva e Ciro Gomes— não dispõe de partidos estruturados. Quem tem estrutura partidária —Geraldo Alckmin e Henrique Meirelles— não dispõe de votos. A exceção é o PT, que tem estrutura e Lula. Mas o candidato favorito amarga numa cela o castigo de segunda instância que fez dele um ficha-suja.

O excesso de candidatos retardou a formação das coligações. Começa a bater um desespero nos candidatos. A vitrine eletrônica terá uma dimensão fixa: dois blocos de 12min30s —um no início da tarde, outro à noite— sempre às terças, quintas e sábados. Sem contar as inserções de 30 segundos espalhadas ao longo da programação, até totolizar 14 minutos diários por emissora. Quanto maior a coligação partidária, maior o tempo de exposição do candidato. Daí a inquietação.

A bordo do minúsculo PSL, Jair Bolsonaro, que lidera as pesquisas nos cenários sem Lula, dispõe de ridículos 10 segundos de propaganda diária. Defensor de gogó da ética e dos bons costumes, o ex-capitão negocia abertamente, na frente das crianças, uma aliança com o PR do ex-presidiário do mensalão Valdemar Costa Neto, dono de um tempo de publicidade de 45s.

Tomado pela biografia, Ciro Gomes poderia puxar um debate sobre corrupção. Mas ele dispõe de exíguos 33s de propaganda. E negocia uma aliança do seu PDT, varrido do Ministério do Trabalho na gestão Dilma sob a acusação de converter a pasta num ninho de ONGs desonestas, com os 50s de propaganda do PP, campeão no ranking de enrolados na Lava Jato.

O PSDB oferece a Geraldo Alckmin 1min18s de propaganda. Perto do tempo dos rivais, trata-se de um latifúndio eletrônico. Mas é insuficiente para prover ao candidato uma exposição capaz de projetá-lo da quarta colocação para o segundo turno da eleição. Às voltas com a acusação de receber R$ 10,3 milhões da Odebrecht por baixo da mesa, Alckmin já adicionou ao seu tempo os 33s do PTB do ex-presidiário Roberto Jefferson, o homem-bomba do mensalão.

Insatisfeito, Alckmin frequenta o mercado da baixa política disposto a fechar qualquer negócio. Não descarta nem mesmo a hipótese de celebrar um acordo com o PMDB. Apinhada de delatados, investigados, denunciados, réus, condenados e presos a legenda de Michel Temer virou lixo hospitalar. Mas dispõe de 1min26s, que Alckmin disputa com o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles.

Repete-se em 2018 a mesma pantomima de eleições anteriores. Antes de se venderem no horário eleitoral como protótipos do avanço, os candidatos entregam a alma ao atraso em troca de segundos de propaganda. Com isso, em plena crise de compostura, a ética pode se tornar um valor invisível na campanha de 2018. Candidatos como Marina Silva (Rede) e Álvaro Dias (Podemos) talvez se animem a tocar no assunto. Mas será por pouco tempo. Cada um dispõe de 12s diários de exposição no rádio e na TV.

Por Josias de Souza

quarta-feira, 16 de maio de 2018

A PGR, defensora fanática da mudança de foro para deputados e senadores, passa a ser, no STJ, defensora do que chamava de “privilégio”



 
Se me pedissem para escolher a melhor frase de todos os tempos, a eleita seria a de La Rochefoucauld, aristocrata e pensador do Século 17: “A hipocrisia é o tributo que o vício presta à virtude”.

Vocês acompanharam o debate sobre a restrição de foro especial para deputados e senadores. É bem provável que eu esteja a falar, neste momento, com uma maioria de leitores deste blog que discordou do blogueiro. De tal maneira ficou parecendo que se tratava de escolher entre a justiça e a injustiça, entre a punibilidade e a impunidade que as pessoas nem quiseram ler ou ouvir os argumentos.

Qual posição triunfou? Permanecem com foro no Supremo os deputados e senadores que tenham cometido crimes durante o mandato e em razão deste. Todo o resto vai para a primeira instância. Parece coisa boa? Parece. Na prática, os senhores parlamentares serão processados e julgados por juízes estaduais (na maioria dos casos) ou federais de seus respectivos estados, onde são influentes, ganhando o direito a mais instâncias e a mais recursos. A ideia de que a primeira instância pune mais do que o Supremo é falsa como nota de R$ 3. Proporcionalmente, pune menos. Mais ainda: haverá, a depender do caso, dificuldades incontornáveis. Imaginem um juiz da primeira instância estadual ou um Tribunal de Justiça determinando a prisão (preventiva no primeiro caso) de um deputado ou senador por crime anterior ao mandato ou sem conexão com este. Ocorre que o Artigo 53 da Constituição garante que o parlamentar federal só pode ser preso por flagrante de crime inafiançável. E aí? Como é que fica? Delega-se, então, um caso a juízes que não podem sê-lo plenamente?

Sim, é preciso disciplinar o foro especial, que atinge quase 60 mil pessoas. Mas essa não era e não é tarefa para ministro do Supremo. A decisão foi tomada. Magistratus dixit, causa finita est. Reinaldo Azevedão perdeu mais uma, certo? Viva o grito das ruas, certo ou errado.

Pois é…

O ministro Luis Felipe Salomão, do Superior Tribunal de Justiça, fez a coisa certa. Ele próprio declinou de processos, envolvendo governadores, que estavam em suas mãos. E o fez para compatibilizar a prática desse tribunal superior com a decisão tomada pelo STF. Se deputado e senador acusado de crimes que teriam sido cometidos antes do mandato ou sem conexão com este devem ir para a primeira instância, por que não fazer o mesmo com os governadores? E propõe que o Órgão Especial do STJ, que fala pelo tribunal, passe a adotar tal posição.

Eis que surge, então, a hipocrisia. A Procuradoria-Geral da República, que se mostrou uma fanática da mudança do foro para deputados e senadores decidiu, desta feita, fazer diferente. Deu um parecer contrário à proposta de Salomão. Quem falou pelo órgão foi Luciano Mariz Maia, vice-procurador. E o argumento ou é igualmente hipócrita ou é cediço:

– o hipócrita: a Constituição prevê o foro especial para governadores; bem, mas ela também prevê para deputados e senadores, ora… Por que mudar no caso destes e não daqueles?;

– o cediço: a questão de ordem proposta por Barroso se limitava a parlamentares federais. Sim, é verdade. O ministro Salomão está propondo uma unificação de procedimentos.

A verdade, com a devida vênia, é que o vice-procurador está se lixando para os governadores. O ponto é outro.

Acontece que a “Alínea a” do Inciso I do Artigo 105 da Constituição diz que compete ao STJ processar e julgar originariamente “nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais”.

Entenderam o ponto? Quando cair o foro especial dos governadores no STJ, cairá também o dos desembargadores dos Tribunais de Justiça, dos membros dos Tribunais Regionais Federais e dos integrantes do Ministério Público da União, incluindo os procuradores da República, como o próprio Maia. Toda essa gente seria julgada por juiz de primeira instância.

Nos bastidores, Roberto Barroso e Luiz Fux, dois entusiastas da mudança do foro para deputados e senadores, passaram a falar contra a mudança. E o muxoxo é o seguinte: “Imaginem um juiz de primeira instância processando e julgando um desembargador…” Ora, doutores, se o projeto já aprovado no Senado passar também na Câmara, teremos magistrado de primeiro grau convocando para depor ministro do Supremo.

Vocês não queriam brincar de Deus? Não quiseram legislar?
O colunismo que se conforma em ser porta-voz e assessor de imprensa do Ministério Público Federal agora se mostra contrário à mudança do STJ.

Eu, agora, sou a favor. E não se trata de uma questão de mérito, mas de unificação de procedimentos. Trata-se apenas de uma questão de coerência e vergonha na cara, não é mesmo, senhores e senhoras da PGR?
 
Por Reinaldo Azevedo