O Globo
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, contestou informações divulgadas pela
Organização das Nações Unidas segundo as quais 200 mil mulheres morrem
anualmente no Brasil por causa de abortos de risco. Ele acredita que pode ter
havido confusão com outro dado, já que cerca de 200 mil mulheres se submetem a
curetagens por ano no Brasil, procedimento muito utilizado após o processo
abortivo.
A ONU cobrou posição do governo brasileiro durante a 51ª sessão do Comitê
Para a Eliminação de Discriminação Contra as Mulheres, que ocorreu essa semana
em Genebra, quando a perita suíça Patrícia Schulz pediu esclarecimentos ao
governo brasileiro, sem poupar críticas. "O que vocês vão fazer com esse
problema politico enorme que têm"?
Padilha se disse surpreso com os números divulgados pela ONU:
- Primeiro que desconheço esse número de 200 mil mortes por ano decorrentes
de aborto. Vi esse número apenas no jornal, e precisamos de mais detalhes a
respeito desses dados. Temos cerca de mil e oitocentos óbitos por mortalidade
materna. E todas em idade fértil são investigadas sobre a mortalidade materna.
Então, volto a lembrar: o que nós temos são 200 mil procedimentos de curategem
no sistema público de saúde e não necessariamente mortes por causa disso -
afirmou.
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