O Globo
A fatura a ser paga por contribuintes de todo o país pelo aumento do número
de vereadores em cerca de 7 mil, a partir de 2013, será cobrada já neste ano.
Para acomodar esse contingente, câmaras municipais têm incluído no orçamento de
2012 reformas para ampliações de suas sedes, locação de imóveis para instalar
gabinetes ou até mesmo a construção de novo prédio para o Legislativo.
Ao todo, 2.153 municípios brasileiros tiveram permissão do Congresso para ter
mais vereadores. A conta final promete ser milionária, apesar de todo o discurso
feito por deputados e senadores, na época da aprovação da PEC dos Vereadores, em
2009, de que a medida não traria despesas.
Não existem levantamentos nem estimativas oficiais ou extraoficiais do
tamanho desses gastos nos legislativos municipais. Mas casos reunidos pelo GLOBO
em vários estados indicam que o total dessa fatura será alto.
Em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, a previsão é gastar R$ 6
milhões com a construção de uma nova sede para 27 parlamentares. Hoje eles são
21. Em Maceió, a Câmara estima desembolsar cerca de R$ 5 milhões na compra de um
novo prédio. O município terá 31 cadeiras em 2013, contra as atuais 21.
O fenômeno atinge também cidades pequenas. Em João Monlevade, no interior de
Minas Gerais, município de 75 mil habitantes, a reforma para ampliar o número de
gabinetes está orçada em R$ 1,7 milhão.
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