Estadão.com.br
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ontem abrir um processo criminal
contra o senador João Ribeiro (PR-TO). Os ministros do STF receberam a denúncia
na qual o Ministério Público Federal acusa Ribeiro de envolvimento com trabalho
escravo. Com a decisão, o senador passa da condição de investigado para a de
réu.
De acordo com a acusação, o congressista teria participado de aliciamento
fraudulento de trabalhadores em Araguaína, no Estado de Tocantins, para que
trabalhassem numa fazenda dele, localizada em Piçarra, no Pará.
A denúncia teve como base uma inspeção realizada em 2004 por auditores do
Ministério do Trabalho. A inspeção ocorreu após um trabalhador ter comunicado à
Comissão de Pastoral da Terra (CPT) a suposta existência de trabalho escravo na
fazenda.
Na inspeção, os funcionários do Ministério do Trabalho relataram ter
encontrado 35 trabalhadores em condições subumanas de trabalho e acomodação.
De acordo com os técnicos, os homens trabalhavam em jornadas excessivas e
dormiam em ranchos cobertos com folhas de palmeira, sem sanitários e sem água
filtrada. Os advogados do senador negaram que houvesse trabalho escravo.
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