Estadão
Preso há 12 anos e condenado a mais de 110 anos de prisão, o ex-deputado
federal e ex-coronel da Polícia Militar Hildebrando Pascoal - o "homem da
motosserra" - driblou a vigilância da penitenciária de segurança máxima do Acre
e enviou duas cartas de ameaça e extorsão a autoridades do Judiciário local.
Ele exige dinheiro e afirma ter fatos a revelar aos Conselhos Nacional de
Justiça (CNJ) e do Ministério Público (CNMP), conforme revelou o Estado no
domingo, na coluna Direto de Brasília, de João Bosco Rabello. As cartas integram
um inquérito sigiloso em tramitação no Ministério Público do Acre.
Hildebrando foi detido em 2000, após CPI do Narcotráfico, e condenado a 110
anosManuscritas e postadas no dia 23 de novembro de 2011 numa agência dos
Correios em Rio Branco (AC), foram enviadas por Sedex à desembargadora Eva
Evangelista, do Tribunal de Justiça do Acre, e à procuradora de Justiça Vanda
Milani Nogueira, ex-cunhada de Hildebrando.
Aos 60 anos, o homem que na década de 90 liderou o "esquadrão da morte"
mostra-se ressentido e disposto a vingar-se de quem, segundo ele, o teria
abandonado.
Na carta enviada à procuradora, Hildebrando pede que ela lhe envie R$ 6 mil
"para me manter e manter minha família". E prossegue: "Caso não me atenda, tenha
a gentileza de encaminhar esta carta para os órgãos competentes, pois caso
contrário eu a encaminharei e apresentarei esclarecimentos provando os fatos".
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