sexta-feira, 10 de junho de 2016

A fúria contra a Lava Jato é silenciosa e vem de todas as direções



Toda a classe política brasileira tem algum tipo de envolvimento com corrupção. É a triste conclusão, depois de dois anos de Lava Jato.

Quem não participou diretamente, de alguma forma foi beneficiado.

O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da operação, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, asseverou: ‘São pessoas tramando em segredo contra a Lava Jato. Querem cortar as asas da Justiça e do Ministério Público’.

‘Buscam construir uma cápsula, um escudo para que continuem inatingíveis’, acrescentou o procurador.

Ele se referia aos políticos flagrados nos áudios de Sérgio Machado, mas a assertiva vale para toda a imensidão da classe política.

Nos áudios, Romero Jucá fala em ‘estancar a sangria’. Renan, vai mais além, e sugere mudar a lei de delação premiada.

Jandira Fehgali, comunista do PCdoB, crítica mordaz dos políticos flagrados nas gravações de Sergio Machado, foi uma das agraciadas pelo mesmo esquema.

Uma assustadora e horripilante incoerência e mais uma demonstração de que não escapa ninguém e de que só quem realmente está do lado da Lava Jato é a população.

Daí, a explicação para aquele pronunciamento do juiz Sérgio Moro, quando pedia o apoio popular para que a maior operação da história contra a corrupção tivesse continuidade.

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