sábado, 15 de novembro de 2014

Cidade procura bons candidatos (Chacoalhando o Bambuzal)




Terminadas as eleições nacionais e estaduais, começa a corrida para as municipais. Em Caçapava pululam os boatos. E a “fila” para as inscrições começa. Digo “fila” porque vemos em cada campanha que o número de candidatos aumenta de forma exagerada, o que não aumenta é a qualidade desses candidatos. É claro que falo da maioria. Existem poucos, mas existem bons candidatos.

O jornalista e escritor Lima Barreto (1881-1922) escreveu um conto muito interessante, “O homem que sabia javanês”. É uma história que fala de um homem que lê num anúncio: “garoto precisa de professor de javanês”. Esse homem logo procurou saber do assunto em bibliotecas e mesmo sem saber nada de javanês, ofereceu seu “conhecimento” ao menino que precisava traduzir uma carta nesse idioma. No final, mesmo sem nenhum conhecimento naquela língua, ganhou prestígio e fama do cliente com sua enganação, pois o menino, ignorante em javanês, acreditou em tudo que esse aproveitador dizia. Esse conto nos leva a atual realidade política do país. Candidatos sem instrução e absolutamente despreparados para os cargos que pleiteiam são exaltados como grandes políticos.

Existe um exército desses “homens que sabem javanês” e é na política, essa boquinha que não exige experiência anterior e nem preparo, que eles proliferam.

A boa notícia - parece que o povo está tomando consciência desse despreparo que muitos candidatos não estão conseguindo esconder mais. Nas eleições de outubro, o eleitor do estado de São Paulo e em particular da cidade de Caçapava, mostrou que o uso exagerado da mídia por esses “especialistas em javanês” só expõem suas deficiências e a real pretensão na vida política. O eleitor caçapavense tem mostrado, e isso está evoluindo a cada eleição, que os partidos políticos precisam selecionar melhor seus candidatos. Boa formação escolar, experiência administrativa comprovada, vida social, profissional e familiar equilibrada e, principalmente, o uso correto da língua portuguesa em seus discursos, debates e entrevistas (a falta disto tem envergonhado muito o povo caçapavense) são necessários.

Caçapava precisa de apenas onze eleitos, sendo dez para o legislativo e um executivo. Num universo de 68.328 eleitores têm, sem dúvida nenhuma, pessoas capazes de fazer desta cidade, uma cidade estruturada, feliz, educada e saudável. Eles estão aí, do seu lado, só precisando de um estimulo. Identificar os boquirrotos e aproveitadores é ainda mais fácil. Eles estão aí gritando, tentando parecer heróis, de ocasião é claro, ocupando espaços na mídia e levantando poeira para encobrir suas sanhas interesseiras e despreparo administrativo que só a política admite e o voto consagra. 

Portanto, escolher os melhores, experientes e estudados, é ter uma cidade que traga orgulho e satisfação aos seus cidadãos. Vamos nessa!

Um comentário:

Guasca Magdolem disse...

Aqui em Caçapava tem um que se elegeu que é o mais ignorante de todos, vive cheio de puxa sacos ao seu redor para tirar foto e depois colocar nos blogs chapa branca. Falta pouco porque agora já entraremos em contagem regressiva e até onde eu sei o cachorro só é cachorro do rabo pra frente. Esta turma que aí está que viram casaca a todo momento vai dançar em peso. Não sei avaliar o que foi pior, se foi ele pra nossa cidade ou a Dilma para o Brasil.