quinta-feira, 21 de setembro de 2023

Posse de Fufuca se deu a portas fechadas, mas com cofre aberto



Ninguém esperava que o centrão transformasse o Ministério dos Esportes num exemplo de boas práticas. Mas não se imaginava que o novo ministro André Fufuca fosse converter a pasta num extraordinário aviso antes mesmo de se apossar da poltrona que foi da medalhista olímpica Ana Moser. Às vésperas da posse, Fufuca foi presenteado com a liberação de R$ 4,7 milhões. Verba pública remanescente do antigo orçamento secreto.

Notícia do Globo revelou que o dinheiro federal será aplicado na construção de um estádio de futebol na cidade de Peritoró. Fica no Maranhão, estado de Fufuca. Não é um celeiro de craques. Tampouco constitui uma prioridade para o desenvolvimento do desporto nacional. Mas foi em Peritoró que Fufuca obteve sua maior votação na disputa por uma cadeira de deputado federal, no ano passado.

Lula proporcionou a Fufuca uma posse envergonhada, a portas fechadas. Mas o cofre já estava aberto. Estão entesourados nos Esportes R$ 211 milhões do antigo orçamento secreto. A esse montante serão adicionadas novas emendas do centrão.

No Brasil, desperdiça-se tudo, até as más experiências. Autor de emendas que pagaram a compra superfaturada de kits de robótica para escolas de Alagoas, Arthur Lira, padrinho político de Fufuca, virou matéria prima para a PF. Mas o susto jamais educa o centrão. Seus gatos escaldados correm sempre para a panela. Ou para o Supremo Tribunal Federal. No caso de Lira, as investigações foram sedadas pelo ministro Gilmar Mendes.

O Barão de Itararé, pseudônimo do jornalista Apparício Torelly, dizia que "de onde menos se espera é que não sai nada mesmo." Nos casos que envolvem o centrão, sai dinheiro pelo ladrão.

Nenhum comentário: