segunda-feira, 16 de abril de 2012

Denúncia de pedágio petista nas mãos do Ministério Público



Mordida no salário dos servidores

Que fase atravessa o PT do Distrito Federal. Não bastasse a enrolada relação de Agnelo Queiroz com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, agora é deputada Erika Kokay que pode ser investigada pelo STF por se apropriar de parte dos salários dos assessores nos tempos de mandato na Câmara Legislativa do DF.

O caso começou em 2010, quando uma ex-assessora de Kokay, Vânia Gomes de Oliveira Silva, inventou que adversários do PT estavam lhe oferecendo dinheiro para denunciar o esquema de repasses no horário eleitoral. Para não abrir o jogo, passou a exigir 180 000 reais da deputada.

Com a versão de que tudo não passava de contribuição voluntária dos seus assessores para o PT, Kokay levou o caso à Polícia.

Na delegacia, ameaçada de prisão, a ex-assessora desmentiu parte da história. Disse que nunca existiram os tais adversários do PT oferecendo dinheiro, e que ela os inventou para arancar uma grana de Kokay. Vânia, contudo, não desmentiu o esquema de repasses dos salários dos assessores. Disse ainda que alguns dos seus pedágios, de 2 600 reais, foram pagos via transferência bancária para uma conta da deputada – e que ela tem os extratos para provar.

Por tentar arrancar o dinheiro da deputada, Vânia acabou condenada por estelionato. Num acordo, teve a pena suspensa e, estranhamente, não foi demitida, continuou trabalhando para Kokay até o final do mandato.

O caso estava para ser arquivado quando um promotor percebeu que a história dos repasses não havia sido investigada. Como Kokay é deputada, ele enviou o caso para Roberto Gurgel, que deve decidir nos próximos dias se abre ou não um inquérito contra a parlamentar.

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