Folha de São Paulo
Sob a supervisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, integrantes do
PT se lançaram numa ofensiva para aumentar a pressão sobre os ministros do
Supremo Tribunal Federal que julgarão o processo do mensalão.
Parlamentares e petistas com trânsito no Judiciário foram destacados para
apresentar aos ministros a tese de que o julgamento não deve ser político, mas
uma análise técnica das provas que fazem parte do processo.
O medo dos petistas é de que os ministros do tribunal sucumbam a pressões da
opinião pública num ano eleitoral. O mesmo movimento tenta convencer o Supremo
de que o julgamento não deve acontecer neste ano.
Um dos petistas que participam da ofensiva disse à Folha que fez chegar a
integrantes do STF a avaliação de que não há provas suficientes para condenação
do ex-ministro José Dirceu e do ex-presidente do PT José Genoino.
Na denúncia que deu origem ao processo do mensalão, Dirceu é apontado pela
Procuradoria-Geral da República como chefe de um esquema que teria desviado
recursos públicos para os partidos que apoiavam o governo Lula no Congresso.
O foco mais evidente do assédio petista é o ministro José Dias Toffoli, que
foi assessor do PT e advogado-geral da União no governo Lula. Emissários do
ex-presidente já fizeram chegar a Toffoli a preocupação com a possibilidade de
ele se considerar sob suspeição durante o julgamento do mensalão.
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