O Globo
Um quadro preocupante: o Rio tem hoje pelo menos 11 cracolândias e outros
seis pontos itinerantes de consumo de crack, segundo mapeamento informal, feito
pela Secretaria municipal de Assistência Social, a pedido do GLOBO.
Nessas áreas circulam cerca de três mil usuários (20% deles menores), o que
leva o município a gastar, mensalmente, R$ 2 milhões no acolhimento e tratamento
de viciados. A prefeitura, na verdade, até hoje não fez um mapeamento completo
da geografia do crack na cidade.
Diante dessa realidade, o prefeito Eduardo Paes vai assinar, na sexta-feira,
um convênio com os governos federal e estadual, em mais uma tentativa de frear o
avanço da droga. O programa "Crack, é possível vencer" faz parte do Plano
Nacional de Enfrentamento do Crack.
Com isso, o Rio receberá R$ 40 milhões por ano. As ações do município se
concentrarão nas maiores cracolândias cariocas: Jacarezinho, Manguinhos e Morro
do Cajueiro (Madureira).
Segundo o secretário de Assistência Social, Rodrigo Bethlem, a verba será
usada na ampliação de consultórios de rua, de abrigos-modelo e de leitos em
hospitais públicos para o tratamento de viciados.
Será desenvolvido também, adiantou ele, um trabalho de acompanhamento de
menores após o tratamento do vício. As equipes serão monitoradas e treinadas
pela professora de psiquiatria da Uerj e ex-diretora do Núcleo de Estudos e
Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas (Nepad/Uerj) Maria Thereza de Aquino.
Nenhum comentário:
Postar um comentário