Folha de São Paulo
A criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o
empresário Carlos Cachoeira e suas relações com políticos começou a preocupar a
presidente Dilma Rousseff e rachou o PT, seu partido.
Petistas disseram à Folha que a presidente não gostou de a CPI ter sido
anunciada durante sua viagem aos EUA, nem da participação de alguns de seus
principais ministros em reunião na semana passada que tratou do tema.
Na ocasião, petistas como Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral), Ideli
Salvatti (Relações Institucionais) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil) se encontraram
com a cúpula do partido e decidiram apoiar a investigação.
A adesão do PT à CPI foi incentivada pelo ex-presidente Lula com o objetivo
de fragilizar a oposição no ano do julgamento do mensalão, escândalo que abateu
toda a cúpula do partido em 2005.
Ela também manifestou desagrado com a ideia da CPI como uma revanche ao
mensalão. Tanto que reprovou o depoimento do presidente do partido, Rui Falcão,
segundo quem é necessário usar a CPI para desmascarar os autores "da farsa do
mensalão".
Ontem, ele afirmou que não vinculava uma investigação à outra.
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