Augusto Nunes
Por vontade de Dilma Rousseff, viraram ministros Antonio Palocci, Alfredo
Nascimento, Wagner Rossi, Pedro Novais, Orlando Silva, Carlos Lupi e Mário
Negromonte. Todos perderam o emprego contra a vontade da chefe de governo, que
ignorou enquanto pôde o assombro dos brasileiros inconformados com a impunidade
dos fabricantes de maracutaias.
Em 13 meses, a presidente foi forçada a devolver à planície sete casos de
polícia. Teriam sido nove se Fernando Pimentel não fosse tratado por Dilma como
um pirralho peralta e Fernando Bezerra não estivesse sob as asas protetoras de
Eduardo Campos.
Se presidisse uma empresa privada, a superexecutiva de araque não teria
sobrevivido ao segundo despejo registrado na diretoria que nomeou porque quis.
Debilitado pelo precedente, seria expulsa aos berros pelo conselho
administrativo, apupada por acionistas coléricos, desqualificada para pilotar
até carrinhos de pipoca e condenada ao desemprego perpétuo.
Como é presidente do Brasil, a única faxineira do mundo que não consegue
viver longe do lixo capricha na pose de defensora da moral e dos bons costumes.
E os jornalistas federais fingem enxergar uma supergerente na superlativa
mediocridade que coleciona escolhas desastrosas.
A mais recente promoveu a ministro das Cidades o deputado Aguinaldo Ribeiro,
do PP da Paraíba. O sucessor de Negromonte nem precisou assumir para desfraldar
a folha corrida e empoleirar-se num andor da procissão dos pecadores. Vai
sentir-se em casa no convívio com os vigaristas, farsantes e perfeitas
cavalgaduras que se acotovelam no pior primeiro escalão de todos os tempos. E
proporcionar a Dilma mais um bom motivo para repetir a festa de confraternização
ocorrida no último dia do governo Lula. Como em 2010, todos os ministros e
ex-ministros estarão, em 2014, sorrindo juntos para a posteridade.
A turma de Lula só posou para a foto de frente. Faltou a data no peito de
muitos. O bando de Dilma não pode esquecer os algarismos. E merece ser
fotografado também de perfil.
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