Lula voltou a atribuir o mau humor do mercado à especulação. "Há um jogo de interesse especulativo contra o real", disse, em nova entrevista radiofônica. Adicionou no caldeirão em que ferve a cotação do dólar o ingrediente da ameaça.
Convencido de que "não é normal o que está acontecendo", Lula soou como combatente no campo de batalha: "Temos que fazer alguma coisa." O quê? "Eu não posso falar porque senão estaria alertando meus adversários."
Lula não dá o braço a torcer. Mas já foi avisado que suas declarações tóxicas sobre economia fazem a festa de quem lucra com a alta do dólar. A cotação é puxada por razões externas. Mas os tiros disparados a esmo por Lula, em ritmo praticamente diário, pretextos adicionais para os fogos da especulação.
Quem paga a conta é o brasileiro, sobretudo o mais pobre. A alta do dólar tem um corrosivo efeito inflacionário. Essa assombração logo aparece nos preços —do combustível na bomba ao pãozinho na padaria.
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