quinta-feira, 7 de março de 2019

Jair Bolsonaro caluniou país que deveria presidir



O caso do vídeo escatológico que Jair Bolsonaro veiculou na sua página oficial no Twitter é mais do que um mero atentado contra o bom gosto, o bom senso e o decoro. Ao afirmar que cenas como a do sujeito que manipula o ânus em público e recebe um banho de urina tornaram-se comuns no Carnaval de rua do Brasil, Bolsonaro entrou para a história como um caso único de presidente da República que comete calúnia e difamação contra o seu próprio país. 

"Temos que expor a verdade para a população ter conhecimento", escreveu Bolsonaro na legenda do vídeo. "É isto que têm virado muitos blocos de rua no Carnaval brasileiro", ele completou. O que Bolsonaro disse, com outras palavras, foi o seguinte: "A obscenidade praticada por essas duas pessoas do vídeo é repetida Brasil afora por milhares de brasileiros. É comum." Ora, não é preciso gostar do Carnaval para saber que isso é uma mentira. 

Comum mesmo nos blocos carnavalescos de 2019 foi a associação que os foliões fizeram de Bolsonaro com os candidatos laranjas do PSL e com Fabrício Queiroz, o personagem cítrico que azeda os humores da família presidencial. A irritação com a cor alaranjada das fantasias não dá a Bolsonaro o direito de levar o Carnaval às manchetes internacionais como uma grande festa popular em que os brasileiros saem às ruas para sambar e uninar uns sobre os outros. 

A deseducação e a desinformação sempre fizeram parte da personalidade política de Bolsonaro. Mas a Presidência lhe deu uma tribuna vitaminada, que ele potencializou ao encostar o Planalto nas redes sociais. De um presidente, espera-se que aproveite esse palanque privilegiado para irradiar confiança e bons exemplos. Bolsonaro vem espalhando ódio e desinformação. Talvez devesse fazer uma concessão ao decoro. Do contrário, vai acabar agigantando o general Hamilton Mourão, conferindo à vice-presidência, pelo contraste, um conteúdo de inusitada moderação.

Por Josias de Souza

Um comentário:

AHT disse...

Cadê o general da banda?K

Governar exige dedicação, visão abrangente, saber ouvir e filtrar, saber priorizar e muito trabalho. Sentiu o gostinho da faixa, ficou malemolente, míope, ouvidos exclusivos para quem falar somente o que ele quer ouvir, e a prioridade não é trabalhar, é passar o tempo fofoqueando no Twitter. Nunca foi um comandante sensato e competente. Não é de se estranhar que agora seja comandado por aqueles criados à semelhança dele, induzidos a erros pelo fake guru que se mandou para os States, pela aloprada da goiabeira, mais alguns fanáticos, e todos crentes que são os únicos capazes de salvar e moralizar o país.


General da Banda
(Blecaute gravou em 1949)


Chegou general da banda ê ê
Chegou general da banda ê a
Chegou general da banda ê ê
Chegou general da banda ê a
Mourão, mourão
Vara madura que não cai
Mourão, mourão, mourão
Catuca por baixo que ele vai
Mourão, mourão
Vara madura que não cai
Mourão, mourão, mourão
Catuca por baixo que ele vai
Chegou general da banda ê ê
Chegou general da banda ê a
Chegou general da banda ê ê
Chegou general da banda ê a