terça-feira, 5 de março de 2019

Atrocidades das redes sociais



Quase impossível conviver com tantas mentiras disseminadas sem pudor, idiotices e atrocidades das redes sociais. Definitivamente, é vital dosar essa intimidade. Cada vez mais. E dosar. E dosar. A distância torna-se imperativa.

Nos últimos dias, internautas subiram o tom da selvageria e ultrapassaram todo e qualquer limite do que se chama civilidade. Houve quem comemorasse a morte de uma criança porque essa criança é neta do ex-presidente Lula.

Uma blogueira que não vale citar o nome – Millôr Fernandes dizia que não se deve dar publicidade aos imbecilizados – comemorou a morte do herdeiro de Lula porque seria “um a menos a roubar”. (Im)pessoa, ser repugnante. 

Comentários no Facebook nesses dias tenebrosos nos deixam horrorizados, enojoados. Fake news perversas montaram videos em que Lula abraça animadamente correligionários como se fossem cenas do velório do neto Artur. Bastaria ver a diferença entre a roupa que o ex-presidente trajava no velório e no video para não replicar tal perfidia.

Outros, enlouquecidos pelo ódio, postaram textos e vídeos delirando sobre a morte de Artur. O neto estaria vivo, e, com a conivência da imprensa, Lula teria se valido da mentira para sair da prisão. Insanos. Doentes.

Hora de parar. Sair aos poucos das redes, limpar a mente e a alma, deixar que os mentecaptos falem sozinhos. Quem cala, não consente. Quem cala, não dá audiência a loucos e débeis. Está provado, cientificamente, que as redes sociais fazem muito mal à saúde. Nesse caso, envenenam. 

Estudos recentes vão além. Quem mantém reserva em relação às redes sociais (Facebook e Instagram entre os mais danosos) é mais feliz. Investigação do dinamarquês The Happiness Research Institute concluiu que, em apenas uma semana, as pessoas que deixam de utilizar essas redes se sentem menos melancólicos. 

São muitas as pesquisas, mundo afora. Evidencias irrefutáveis. Certo é que nem precisaríamos de especialistas para exibir o ambiente intoxicado e doentio das redes sociais. Diálogos ardilosos. Comentários peçonhentos. Seres abjetos provando, dia a dia, post a post, porque a humanidade não deu certo. Ciladas. Armadilhas. Estou fora.

Por Miriam Guaraciaba

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