quinta-feira, 18 de julho de 2013

PPS desistiu de ‘esperar’ por Eduardo Campos



O PPS decidiu desembarcar do projeto presidencial de Eduardo Campos (PSB). Chegou a essa deliberação após concluir que o governador de Pernambuco não ofereceu garantias de que desembarcará da aliança comandada pelo PT para disputar o Planalto com Dilma Rousseff.

Presidente do PPS, o deputado Roberto Freire havia declarado publicamente que seu partido, aliado tradicional do PSDB, pendia mais para Eduardo do que para Aécio Neves. Hoje, o PPS negocia o ingresso do tucano José Serra. E sonha com uma candidatura presidencial própria.

Roberto Freire chegou a manter três encontros com Eduardo Campos. Em reunião com dirigentes do PPS, rememorou o teor das conversas. Dissecados os diálogos, verificou-se que não é possível extrair deles nada que se pareça com um desdobramento prático.

Para piorar, Eduardo tomou chá de sumiço. Não telefona nem manda recado. Como se fosse pouco, reaproximou-se de Lula depois que as ruas roncaram em junho. “A nossa ficha caiu”, diz um dos operadores do PPS. “A essa altura, já não descarto a hipótese de termos sido usados para que o Eduardo pudesse barganhar a posição de vice na chapa de Dilma.”

Roberto Freire e seus correligionários não são os únicos a levar o pé atrás. Também o senador pernambucano Jarbas Vasconcelos, dissidente do PMDB, suspeita que a candidatura presidencial de Eduardo Campos tenha subido no telhado. O apoio de Jarbas ao projeto nacional de Eduardo foi muito mais explícito do que as manifestações de simpatia do PPS. Porém…

A exemplo do que sucedeu com Freire, Eduardo não deu continuidade às conversas que entabulara com Jarbas. Não se falam há mais de um mês. O silêncio do governador pernambucano passou a ser interpretado como desistência. Jarbas também desistiu de procurá-lo. Pediu a um amigo que tentasse descobrir o que se passa. E começou a olhar ao redor.

Velho amigo de José Serra, a quem apoiou na sucessão de 2010, Jarbas reuniu-se com o quase-ex-tucano no gabinete do colega Pedro Taques (PDT-MT), no Senado. Deu-se na terça-feira. Falaram de conjuntura, não de candidatura. Mas ficou entendido que, enquanto Eduardo claudica, Serra se esforça para demonstrar que está de volta ao jogo.

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