quinta-feira, 21 de setembro de 2023

Em delação, Mauro Cid revela que Bolsonaro fez reunião com cúpula militar para avaliar golpe no país


O ex-presidente Jair Bolsonaro — Foto: Cristiano Mariz / Agência O Globo

O ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniu, no ano passado, com a cúpula das Forças Armadas e ministros da ala militar de seu governo para discutir detalhes de uma minuta que abriria possibilidade para uma intervenção militar. Se tivesse sido colocado em prática, o plano de golpe impediria a troca de governo no Brasil. A informação chegou à atual chefia das Forças Armadas, como um dos fatos narrados em delação premiada pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid.

O relato caiu como uma bomba entre os militares. Segundo informações apuradas pela coluna, Cid relatou que ele próprio foi um dos participantes de uma reunião onde uma minuta de golpe foi debatida entre os presentes.

O dado que mais criou tensão na cúpula das Forças é o de que Cid revelou que o então comandante da Marinha, o almirante Almir Garnier Santos, teria dito a Bolsonaro que sua tropa estaria pronta para aderir a um chamamento do então presidente. Já o comando do Exército afirmou, naquela ocasião, que não embarcaria no plano golpista.

A delação premiada de Mauro Cid é considerada um ponto de partida das investigações. A Polícia Federal tem tratado o tema com cautela e sigilo. Para os fatos serem validados e as pessoas citadas pelo tenente-coronel serem eventualmente responsabilizadas, é preciso que haja provas que corroborem as informações repassadas pelo ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

Em nota enviada para a GloboNews, a defesa de Cid disse que não comentaria o caso pois não tiveram acesso ao depoimento citado por esta coluna.

É grande a preocupação entre os militares sobre os efeitos que o relato de Mauro Cid pode ter, principalmente por envolver membros da cúpula das Forças e ministros que, apesar de estarem na reserva, foram generais de alta patente.

2 comentários:

AHT disse...

Entra governo, sai governo e as histórias de 'mal feitos' se repetem, confirmando que a virtude não está nos extremos e, no caso do Brasil, também não está no centrão.

Documentos enviados pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e pela Receita Federal à CPI dos Atos Golpistas indicam, que o entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro movimentou R$ 26,7 milhões entre 2020 e 2023. Essa movimentação identificada nos últimos quatro anos é incompatível com o patrimônio e os rendimentos do grupo.

Das rachadinhas que conseguiram abafar, cresceram e passaram a praticar rachadonas. Portanto, se o Lula e entorno lulopetista comandaram o Mensalão e o Petrolão, além de outros escândalos de corrupção, certamente outros escândalos ainda serão descobertos e envolvendo Bolsonaro e o seu entorno. Mas, o Bolsonaro e entorno sabem que podem ficar tranquilos, pois têm certeza que a impunidade prepondera e, possíveis condenações e punições serão desconstruídas pelas descondenações e despunições, bastando apenas contar com uma equipe de advogados especialistas nesses lances corriqueiros.

Que país é esse? Até quando?

AHT disse...

TROPICAL E SURREAL!


Território vasto e belo, mas abalado,
República sofre com um destino marcado.
Os desafios são grandes, os sonhos também,
Para um país que luta, apesar do desdém.
Injustiças se entrelaçam com o poder,
Corrupção permeia, é difícil de entender.
Ascensões e quedas, na política, são normais,
Lavagem de dinheiro deixa o povo em sinais.

E escândalos eclodem, como fogos no céu,

Sujeira exposta, a nação sente o seu papel.
São tempos tropicais, mas também surreais,
Unidos, buscamos um Brasil com ideais.
Resistiremos à corrupção, com força e paz,
Rmodelando o futuro, onde a justiça será audaz.
Esperança e coragem, juntos, construiremos,
A nação que sonhamos, onde todos viveremos,
Livres da sombra da corrupção, enfim veremos!


AHT
21/09/2023