sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Daqui a pouco, o presidente também vai chegar à conclusão de que o mais chato no bolsonarismo é o bolsonarista



Daqui a pouco, até Jair Bolsonaro vai descobrir que o mais chato do bolsonarismo é mesmo o bolsonarista… A sua bancada de valentes eleita para a Câmara, na figura de algumas nulidades intelectuais influentes, saiu por aí dando bordoadas nos políticos tradicionais, e isso incluiu, no começo, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), que deve ser reeleito nesta sexta presidente da Câmara. Exercerá o cargo pela terceira vez. Recebeu nas urnas 74.232 votos. O federal mais votado, Eduardo Bolsonaro, conquistou 1.843.735 — 24,8 vezes o que obteve Maia. E se este decidisse, num ato de maluquice, bater chapa com o outro? Seria derrotado. No Parlamento, número de votos não corresponde a influência, habilidade e experiência políticas, coisas que o deputado do Democratas tem de sobra quando cotejado com qualquer membro da bancada genuinamente bolsonarista. Até outro dia, ainda havia um muxoxo: “Ah, ele deve explicações à Lava Jato…” Pois é! Depois de o Coaf ter atropelado o agora senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), o Primeiro Filho, poucos ousam cutucar suspeitas com vara curta. Ou logo aparecem milicianos na narrativa para abafar o moralismo de goela, não é mesmo?

Por Reinaldo Azevedo

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