segunda-feira, 19 de maio de 2014

PT faz sua segunda “Virada Cultural” em SP e produz o segundo espetáculo de incompetência e desorganização


Vejam esta imagem. Vocês vão entender tudo.

Demônios da Garoa

O PT fez a sua segunda “Virada Cultura”. Mais um desastre! Infelizmente! A boa sorte não costuma acompanhar a incompetência. Para que os leitores de outros Estados e de outras cidades tenham uma informação básica: a iniciativa começou em 2005, no primeiro ano da gestão de José Serra à frente da Prefeitura da maior cidade do país. E já nasceu como um sucesso de público. A ideia era promover 24 horas de atividades culturais nos mais variados pontos da cidade. Aqui e ali, ocorriam pequenos problemas, mas nada muito significativo.

No ano passado, a coisa já não andou bem: duas pessoas foram assassinadas. Neste 2014, no segundo evento organizado pela gestão petista, a sensação foi de fiasco. O tempo, claro, não ajudou. Mas a incompetência foi pior do que a chuva. E, para piorar tudo, a violência.

Houve nada menos de 18 arrastões na madrugada de sábado para domingo. Há quaro pessoas internadas em estado grave, duas delas feridas a bala e duas outras a faca. A Polícia Militar, que teve muito trabalho, estima em 13 mil o número de abordagens feitas. Houve mais de cem detenções.

Em 2013, a gestão petista já foi criticada por ter concentrado os eventos na região central da cidade — quando a ideia original da Virada era justamente levar eventos para a periferia. Neste ano, houve ainda menos palcos, atraindo menos público, embora o evento tenha custado 13% a mais — estima-se em R$ 13 milhões.

O tempo ruim, a desorganização e a violência forçaram o cancelamento de diversas apresentações. O grupo Demônios da Garoa, um patrimônio da cidade, cancelou a sua participação acusando desrespeito e falta de condições. Segundo o produtor da turma, eles foram impedidos, sem qualquer justificativa, de instalar a sua própria mesa de som. Sergio Rosa, o Pimpolho, desabafou à Folha: “De repente o cara te joga dentro da Cracolândia. Não é o fato de estar na Cracolândia. Mas ali perto do palco tinha um mau cheiro, um negócio degradante. Você acha que a gente iria até lá e não ia querer fazer o show se tivesse condições?”

A banda de rap Pollo, agendada para as 4h da madrugada deste domingo, também cancelou sua apresentação. Rafael de Melo, produtor, narrou à Folha: “Cheguei com a equipe por volta de 1h30 para montar o show. Mas, por volta das 2h, houve uma briga, e as coisas saíram do controle. Começaram a saquear uma loja, subiram no palco, invadiram os camarins”.

Contra todas as evidência, no entanto, Juca Ferreira, secretário de Cultura da cidade de São Paulo, viu um sucesso danado e diz que a virada vai continuar.

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