Instalada nesta quarta-feira, a 15 dias da Copa, a CPI mista da Petrobras tem o tempo como seu principal estorvo. O tempo da comissão não passa. Já passou. A lógica recomendaria uma apuração refinada e concentrada. Porém, já na sessão inaugural, os membros da CPI apresentaram cerca de 500 requerimentos, entre pedidos de inquirição, de quebras de sigilos bancários e fiscais e requisições de documentos da Operação Lava Jato.
A nova CPI será presidida por um conhecido personagem: o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), o mesmo que já serve aos interesses do governo na CPI homônima que finge investigar a Petrobras no Senado. O vice-presidente será Gim Argello (PTB-DF), um governista cujo prontuário sepultou recentemente a pretensão de ocupar uma cadeira no Tribunal de Contas da União.
Chama-se Marco Maia (PT-RS) o deputado escolhido, com a anuência do Planalto, para ser o relator da CPI mista. Pressionado pela oposição a apresentar um plano de trabalho ainda nesta quarta, ele se escorou na montanha de cinco centenas de requerimentos para empurrar a tarefa para a semana que vem. Propôs terça-feira. Estica daqui, puxa dali concordou em trazer seu plano à luz na segunda-feira, a dez dias da Copa.
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