O fluxo de refugiados continua intenso. Entre a semana passada e esta terça-feira (13), o Acre enviou de ônibus para São Paulo 325 imigrantes, a maioria haitianos. Nesta quarta, embarcam mais 88. Considerando-se que outros 55 devem receber até o final do dia os protocolos de refúgio da Polícia Federal, o número de embarques deve chegar a 465 na quinta.
Nos últimos dias, a PF tem sido mais ágil na emissão do papelório que legaliza os imigrantes trazidos ilegalmente pelos ‘coiotes’. A despeito disso, o abrigo montado em Rio Branco pelo governo do Acre não esvazia -uma evidência da lucratividade da rota para os criminosos. Nesta terça, havia sob as telhas 465 almas: 239 do Senagal, 207 do Haiti, nove da República Dominicana, duas de Cuba, uma da Nigéria, uma da Nicarágua e uma da Colômbia.
Por sorte, ouve-se apenas o ronco do motor dos ônibus. Silenciaram os insultos. Ainda não veio à luz nada que se pareça com uma solução. Mas pelo menos as autoridades parecem ter se dado conta de que o bate-boca é o caminho mais longo entre a encrenca e sua resolução.
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