terça-feira, 20 de maio de 2014

O Ato e o Fato


Brasilino Neto
Caros leitores na semana que antecede os jogos da copa decidi fazer “O Ato e o Fato” diferente, com resumos de notícias publicadas na dita ‘grande imprensa’, desejando que nestes momentos de euforia, de catarse coletiva, da qual se excluiu a minoria, e sirva de inspiração, lembrança e reflexão daquilo que queremos para nosso país, ou se continuaremos a crer que ele continuará a ser o “Pais do futuro”.

Salman Rushdie

Se fossemos realmente um povo que se interessasse pelas coisas de nosso país, como nos interessamos pelas coisas do futebol, ao ler a frase pronunciada por este escritor indiano, simplesmente não ligaríamos um só aparelho de televisão no país e nem gastaríamos um único centavo para ver qualquer jogo da copa, pois como diz o ditado: ‘Pra quem sabe ler um pingo e um risco é Zé Francisco”.

Disse este escritor anglo-indiano, enquanto esperava uma conexão no aeroporto de São Paulo: ‘Neste aeroporto me sinto em casa. É como na Índia. Nada funciona e ninguém se importa”.

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Abílio Diniz

Vi, com tristeza, a manifestação de Abílio Diniz, que em linhas gerais, concitava o povo brasileiro a receber em aos estrangeiros por ocasião da realização da copa do mundo, a mostrar que é um povo alegre, que os protestos nada adiantam e que as questões internas sejam resolvidas posteriormente, tudo de forma a termos boas imagens no exterior.

Pergunto a esse senhor, que como empresário orgulha o Brasil: ‘Por que ele não combateu antes a causa dos protestos, que são as mazelas impostas ao povo brasileiro, com gastos excessivos em área que não são primordiais para o bem estar de todos ?

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Machado de Assis

Escrevi na semana passada sobre a ignomínia do Ministério da Cultura destinar R$ 1.000.000,00 para que as obras de Machado de Assis, ‘O Alienista’ e José de Alencar, “A Pata da Gazela” fossem reescritos de forma ‘descomplicada’ para que se permitam suas leituras por pessoas que não tiveram acesso aos clássicos. 

Agnaldo Silva

Sobre isto o novelista afirmou: ‘Quando a gente pensa que já viu tudo, eis aí: criaram um projeto para adaptar os livros de Machado de Assis à linguagem de Lula!’.

Lia Luft

Quanto ao assunto a colunista da VEJA, em ‘Aula de Mediocridade’ disse: ‘A velha história: a gente pensa que já viu de tudo, mas novamente um desses choques que me fazem pensar num engano, não pode ser, vou ler de novo. Era verdade, um projeto, já em execução, financiado em parte pelo Ministério da Cultura, banca a edição de centena de milhares de de livros de autores de clássicos brasileiros “facilitados”, começando por Machado de Assis. ... Volto, pois, ao meu velho tema: a mediocridade paulatina e permanente de tantos setores do Brasil. Desta vez, em lugar de elevar o nível do nosso ensino, em todos os graus, há um triste esforço para reduzir tudo ao mais elementar, ao mais primário”.

Um comentário:

Anônimo disse...

Brasa esta sua apresentação e noticias matou a pau. Parabéns.