O Globo
Prefeitos e ex-prefeitos estão em maior número entre os réus nas ações de
fraudes ajuizadas pela Advocacia Geral da União (AGU), com base em condenações
impostas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). De dezembro de 2009 a novembro
de 2010, das 2.449 pessoas envolvidas em desvios de verba nas diversas áreas da
administração pública , 1.115 (45,53%) eram prefeitos ou ex-prefeitos.
De longe, é o grupo mais numeroso, bem à frente dos servidores e
ex-servidores públicos, em segundo lugar, com 354 pessoas (14,45%).
Segundo o diretor do Departamento de Patrimônio e Probidade, André Mendonça,
o grande número de administradores municipais é uma demonstração de como
recursos pulverizados por meio de pequenos repasses tornam mais difícil a
fiscalização.
No caso dos ex-prefeitos, o tempo que passou entre a ocorrência da
irregularidade e a cobrança do prejuízo dificulta a recuperação do dinheiro.
Essa espera pode levar até 17 anos. Nesse período, o suspeito de desvio já teve
tempo para transferir os recursos desviados para a conta de um parente ou
intermediário, o que torna ainda mais difícil a recuperação do dinheiro.
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