Quando a noiva entrou na igreja da paróquia Sagrada
Família, de Maceió (AL), o padre Jonas Mourinho, 68, já se sentiu incomodado. A
professora Enislene Alcântara (foto), 25, estava com um vestido com um
longo decote nas costas.
Minutos depois, o padre surpreendeu os noivos e os 230
convidados quando pediu a uma ministra da eucaristia que acompanhasse Enislene
até a um aposento da igreja.
Ele tinha suspeitado que a noiva estivesse
sem calcinha – o que a auxiliar confirmou. Então o padre decidiu: daquele jeito,
não haveria casamento.
Depois de comunicar aos pais da professora sobre a
decisão, Mourinho avisou os convidados de que a cerimônia não seria realizada
porque a “noiva não estava respeitando o altar sagrado”.
A ministra da
eucaristia tinha contado ao padre que a moça estava sem algo mais, os pêlos
pubianos.
O padre improvisou um sermão: “Os pêlos pubianos marcam a
transição entre a infância e a vida adulta, portanto retirá-los seria realizar
apelo pedófilo para a prática sexual”.
Depois, a amigos, Enislene disse
que estava, sim, sem calcinha e que o padre não tinha nada com isso. Argumentou
que, se ele notou, é porque “estava pensando em ‘taradice’” com ela, “em vez de
celebrar o casamento”.
O padre não respondeu à noiva, mas mandou colocar
nas apostilas do curso de noivas os avisos ‘noiva sem calcinha é satanás na
cabecinha’ e ‘vagina careca é o diabo na boneca’.
O episódio
ocorreu ao final do mês passado. Na ocasião, o casal anunciou que o casamento
seria realizado em um terreiro de umbanda, em homenagem à religião dos pais do
noivo.
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