Folha de S. Paulo
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) José Antonio Dias Toffoli faltou
a um julgamento na corte para participar do casamento do advogado criminalista
Roberto Podval na ilha de Capri, no sul da Itália. Ele não informa quem pagou
pela viagem.
Os noivos ofereceram aos cerca de 200 convidados dois dias de hospedagem no
Capri Palace Hotel, um cinco estrelas cujas diárias variam de R$ 1,4 mil a R$
13,3 mil (de acordo com o câmbio de ontem).
Procurado pela Folha, Toffoli não esclareceu se a viagem, os deslocamentos
internos e a hospedagem foram cortesias de Podval. O advogado também não quis
falar sobre o assunto.
No STF, Toffoli é relator de dois processos nos quais Podval atua como
defensor dos réus. Ele atuou em pelo menos outros dois casos de clientes de
Podval.
A legislação prevê que o juiz deve se declarar impedido por suspeição se for
"amigo íntimo" de uma das partes do processo. Se não o fizer, a outra parte pode
pedir que ele seja declarado impedido.
Um dos criminalistas mais requisitados de São Paulo, Podval é defensor de
Sérgio Gomes da Silva, acusado de matar o prefeito petista Celso Daniel; do
petista Marcelo Sereno; do casal Nardoni, condenado por matar a filha; e da
ex-diretora da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) Denise Abreu.
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