quarta-feira, 27 de julho de 2011

Diretor financeiro do Dnit é réu por corrupção


O Estado de S.Paulo





Segundo promotoria do Tocantins, o então delegado Geraldo Lourenço de Souza integrava em 2003 uma quadrilha que explorava jogos de azar

O diretor de Infraestrutura Ferroviária e diretor interino de Administração e Finanças do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Geraldo Lourenço de Souza Neto, é réu em uma ação penal no Tocantins, na qual é acusado pelo Ministério Público de corrupção passiva e falsidade ideológica.

Segundo a promotoria, Lourenço integrava, em 2003, uma quadrilha que explorava jogos de azar. À época, ele era o delegado titular da Delegacia Estadual de Crimes Contra os Costumes, Jogos e Diversões.

De acordo com os promotores, o diretor do Dnit recebia semanalmente R$ 1.500 de um contraventor para se abster de combater a exploração de máquinas caça-níqueis e também trabalhava para a "aniquilar" a concorrência do homem que lhe pagava a propina.

Na denúncia, o Ministério Público afirma que o contraventor pagava despesas de viagem e alimentação dos agentes públicos que operavam para acabar com os concorrentes. A promotoria sustenta ainda que em julho de 2003, a delegacia comandada por Lourenço continha 27 máquinas caça-níqueis desacompanhadas dos devidos procedimentos legais.

Para o MP, o diretor do Dnit "transformou a unidade policial em um balcão de negócios" e Lourenço e outros réus "praticaram uma série indeterminada de delitos, em uma contínua vinculação (...) para a concretização de um programa delinquente, destinado a causar prejuízo à administração pública".

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