quinta-feira, 28 de julho de 2011

Testemunhas foram depor, mas Ustra não compareceu


Agência Brasil




O coronel reformado do Exército, Carlos Alberto Brilhante Ustra, acusado de comandar sessões de torturas em que presos políticos morreram na ditadura militar, não compareceu nesta quarta-feira à audiência em que foram ouvidas testemunhas de acusação no processo movido pela família do jornalista Luiz Eduardo Merlino, morto em 1971.

Merlino ficou preso por cinco dias nas dependências do Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI), chefiado por Ustra à época.

Das cinco pessoas que estiveram no Forum João Mendes, em São Paulo, quatro o acusaram de ser o responsável por atos de tortura, inclusive com informação de que o coronel ordenou policiais para que passassem várias vezes com um caminhão sobre o cadáver de Merlino para desaparecer com sinais de agressão.

- Os depoimentos foram importantes porque destacou que Merlino foi torturado até sofrer com gangrena nas duas pernas, e por isso ele teria sido levado para um hospital, onde dizem que ele morreu. As testemunhas contaram ainda que um caminhão passou várias vezes sobre o cadáver de Merlino até decepar vários órgãos dele. Além disso, afirmou-se que o coronel Ustra participou pessoalmente dessas sessões de tortura - disse o criminalista Fábio Konder Comparato, advogado da família de Merlino.

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