O Estado de São Paulo
Ao condenar a bancária Rachelle Abadi a 6 anos de reclusão por crime de
lavagem de dinheiro, a Justiça Federal concluiu que houve corrupção nas obras da
Avenida Água Espraiada, na zona Sul de São Paulo, durante a gestão dos
ex-prefeitos Paulo Maluf (1993-1996) e Celso Pitta (1997-2000). A sentença é do
juiz federal Marcio Ferro Catapani, da 2.ª Vara Federal Criminal em São Paulo.

Pitta teria enviado valores para Nova York, Suíça e Guernsey (Comunidade Britânica), "por meio de sofisticados esquemas financeiros, recursos provenientes de corrupção na realização de obras públicas durante os quatro anos em que ficou à frente da Secretaria de Finanças (1993-1996) e durante o mandato de prefeito, notadamente recursos derivados da construção da Avenida Água Espraiada".
O juiz destacou que "há provas nos autos da prática desse delito (corrupção), em grau suficiente para um feito no qual se apura a lavagem de ativos".
"O desvio de recursos se dava por meio da subcontratação, pela Mendes Junior (construtora), de outras pessoas jurídicas para supostamente prestarem serviços relacionados à execução da obra pública", assinala a sentença. "A Empresa Municipal de Urbanização atestava que os serviços haviam sido prestados, apesar de não o terem, e pagava à Mendes Junior, que repassava os valores subcontratados. Estes destinavam os recursos a contas correntes de ‘laranjas’ ou efetuavam saques em dinheiro, muitas vezes os recursos tinham como destino o exterior."
Nenhum comentário:
Postar um comentário