Bolsonaro reabriu a torneira do orçamento secreto. Na terça-feira, véspera do Dia da Independência, o presidente editou decreto que escancara sua dependência. O capitão imbrochável continua sendo um thutchuca generoso do centrão.
Por exigência de Arthur Lira, réu que comanda a distribuição de emendas a partir da presidência da Câmara, Bolsonaro autorizou a liberação de R$ 5,6 bilhões. Desse total, R$ 1,67 bilhão já saiu dos cofres do Tesouro.
O desbloqueio de R$ 5,6 bilhões foi escorado em duas medidas provisórias editadas na semana passada. Numa, empurrou-se para até 2027 a liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Noutra, adiou-se para até 2024 desembolsos para o setor cultural. Coisa assegurada pelas leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo.
Presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco foi aconselhado a devolver as medidas provisórias ao Planalto. Ficou de pensar até segunda-feira. Esqueceu de lembrar —ou lembrou de esquecer— que o centrão não perde por esperar. Ganha.
Ao deflagrar os repasses, o presidente viril amolece gostosamente para o centrão.
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