segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Paralisação começou na madrugada desta segunda-feira; categoria pede a renúncia da presidente Dilma Rousseff


Em protesto, caminhoneiros bloqueiam uma faixa da ERS-122, em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, nesta segunda-feira (09)
Caminhoneiros em greve bloqueiam rodovias federais pelo país

Um grupo de caminhoneiros iniciou na madrugada desta segunda-feira protestos em rodovias e avenidas de pelo menos doze Estados. São eles: Goiás, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Tocantins, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Espírito Santo. Em São Paulo, motoristas bloquearam a marginal Tietê durante quase três horas. O movimento, que pede a renúncia da presidente Dilma Rousseff, foi organizado por motoristas autônomos desvinculados dos sindicatos e não tem previsão para acabar.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Goiás, motoristas bloqueiam a BR 040, no quilômetro, 12, em Luzitânia, e a BR 153, no quilômetro 430, em Anápolis. Além disso, em Jataí (GO), há interdição na BR 364, do quilômetro 196 ao 198. Em Petrolina, em Pernambuco, o quilômetro 130 da BR 407 está interditado.

No Rio Grande do Norte, há um ponto de bloqueio próximo à cidade de Moçoró. Cerca de cinquenta caminhoneiros interditam, desde as 6 horas, o quilômetro 51 da BR 304. O trânsito está liberado apenas para emergências e carros de passeio. No Tocantins, a BR 153 está parcialmente interditada, próximo ao município de Colina. Conforme apontou a PRF, no Rio de Janeiro, caminhoneiros bloqueiam o quilômetro 273 da BR 116, no sentido São Paulo, na altura do município de Barra Mansa. Apenas a faixa da esquerda está liberada. No sentido Rio, apenas o acostamento está interditado.

Em Minas Gerais, a manifestação já dura mais de oito horas, segundo a PRF. No momento, estão interditadas as rodovias BR 381, do quilômetro 359 ao 513, na altura de João Monlevade (MG); a BR 262, no quilômetro 412, em Igaratinga (MG); e a BR 040, nos quilômetros 627, em Conselheiro Lafaiete (MG); e 398, em Bom Jesus do Amparo (MG). Em Capim Grosso, na Bahia, manifestantes interditam o quilômetro 230 da BR 407 - no início do dia, eles queimaram pneus. No Estado, também estão bloquadas a BR 116, no quilômetro 415, em Feira de Santana (BA); e a 407, no quilômetro 2, em Juazeiro (BA). Também há concentração de manifestantes em Barreiras (BA), no quilômetro 805 da BR 242, mas a via não está interditada.

Motoristas também protestam em três pontos diferentes na BR 376, no Paraná, na altura das cidades de Paranavaí, Nova Esperança e Apucarana. No Estado, também estão interditadas a BR 277, no quilometro 339, em Guarapuava (PR); a BR 153, quilômetro 111, em Ibaiti; a BR 476, no quilômetro 358, em União da Vitória. Em Santa Catarina, há dois pontos de bloqueio na BR 116, no quilômetro 54, em Papanduva (SC); e no quilômetro 138, em Santa Cecília (SC). Na cidade de São Bento do Sul (SC), o quilômetro 122 da BR 280 está bloqueado parcialmente. No trecho, os caminhoneiros deixam livre a passagem para automóveis e ônibus.

Em São Paulo, os caminhoneiros interditaram totalmente a pista expressa da Marginal Tietê, na altura da Ponte da Casa Verde, na Zona Norte da cidade, por quase três horas. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), os motoristas começaram a ocupar o local por volta das 11 horas e a pista foi totalmente liberada às 13h55.

Pela manhã, houve interdições em vias do Rio Grande do Sul. Embora elas já tenham sido liberadas, ainda há protestos em cinco estradas federais que cortam o Estado. Na BR 285, caminhoneiros estão em cinco pontos da BR 285, do quilômetro 273 ao 497,9. Na BR 116, manifestantes estão nos quilômetros 397, em Camaquã; 40, em Vacaria; e 66, em Pelotas. Em Três Cachoeiras (RS), o quilômetro 21 da BR 101 tem protesto, assim como a BR 386, nos quilômetros 245, Tabaí; e 134, em Sarandi. Também há manifestação em dois pontos da BR 472, que cruza a cidade de Santa Rosa. São eles os quilômetros 155,5 e 168. Em Iconha, no Espírito Santo, o quilômetro 375 da BR 101 tem protestos, mas não está bloqueado.

De acordo com o organizador do movimento, Ivar Luiz Schmidt, não há previsão para o fim da greve. "Ficaremos paralisados até que a presidente Dilma renuncie", afirmou. Schmidt também foi o responsável por liderar a paralisação de fevereiro, que ocorreu em diversos Estados e chegou a afetar a distribuição de combustível pelo país. Na ocasião, o grupo pedia pela redução do preço do óleo diesel, criação do frete mínimo e liberação de crédito subsidiado para os transportadores. "As reivindicações (de fevereiro) não foram atendidas. Agora não queremos negociar, não aceitaremos acordo. Queremos a renúncia da presidente", afirmou Schmidt.

Apesar da articulação, a categoria representada pela Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Carga Geral do Estado de São Paulo não aderiu ao movimento. "Os sindicatos entendem que o governo federal tem dificuldades para cumprir todas as requisições. Por, isso não aderimos à greve", afirmou o presidente da Federação dos Caminhoneiros de Carga em Geral do Estado de São Paulo, Norival de Almeida Silva. Para Almeida, a paralisação não assusta. "Pelo que pudemos observar, são poucos os motoristas que vão aderir ao movimento", disse.

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