sábado, 3 de agosto de 2024

O É da Coisa com Reinaldo Azevedo: Maduro e encarceramento em massa; tribunal e farsa

 

Um comentário:

AHT disse...

O Mandatário que Sentou no Colo do Vizinho Ditador

Era uma vez, num país não tão distante, um mandatário que adorava os aplausos. Governava com um sorriso no rosto, prometendo maravilhas ao seu povo, mas sempre atento aos poderosos ao redor.

Naquele tempo, o vizinho ditador, conhecido por sua mão de ferro e discursos inflamados, era temido por muitos e reverenciado por alguns. Seu país vivia sob uma sombra opressiva, onde a liberdade era apenas uma palavra esquecida. Ainda assim, o mandatário, sempre em busca de aliados, decidiu que se aproximar do vizinho seria vantajoso.

Em uma reunião internacional, com todos os holofotes sobre eles, o mandatário caminhou em direção ao ditador. Ignorando os murmúrios de reprovação que ecoavam pelo salão, ele, com um sorriso forçado, sentou-se no colo do vizinho.

"Juntos, somos mais fortes," proclamou o mandatário, enquanto o ditador apenas o fitava com olhos frios, como se já tivesse visto essa cena antes. O mundo assistia, perplexo, a cena inusitada. Alguns líderes murmuravam entre si, outros apenas balançavam a cabeça em descrença.

Mas o povo do mandatário, que tinha esperança em cada promessa feita, viu ali algo diferente. Perceberam que, ao se acomodar no colo do vizinho ditador, seu líder havia cedido mais do que poder. Ele entregara um pedaço da dignidade de seu país, vendendo-a em troca de um sorriso vazio.

O ditador, por sua vez, nada disse. Apenas continuou a olhar para o mandatário, um leve sorriso de canto de boca, sabendo que tinha ganho um aliado – ou, talvez, um novo servo.

E assim, o mandatário voltou para casa, com um ar de triunfo nos olhos, mas sem perceber que sua cadeira estava um pouco mais fria, e o peso da responsabilidade um pouco mais pesado. O povo, antes cheio de esperança, começava a questionar se aquele líder ainda merecia seu apoio.

No final, o mandatário se tornou mais uma peça no jogo do vizinho ditador, lembrando a todos que, na política, sentar-se no colo errado pode ter um preço alto demais.

E o povo? Esse continuou sua luta, esperando o dia em que o sorriso do mandatário fosse genuíno, e que o país voltasse a caminhar por conta própria, sem precisar sentar no colo de ninguém.


AHT