sábado, 6 de janeiro de 2018

O capo e a ameaça petista


Ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva - 06/06/2016

Na Chicago da época da Lei Seca, Al Capone corrompe, controla e corrói a cidade da forma que ele deseja por meio de sua atividade rentável do comércio ilegal de bebidas alcoólicas e venda de proteção. Eliot Ness é um agente federal que chega na cidade com a missão de acabar com as atividades ilegais.

O trecho acima, que copiei da sinopse do filme “Os Intocáveis”, drama policial norte-americano de 1987, dirigido por Brian De Palma e escrito por David Mamet, bem que podia ser adaptado para narrar a história de Lula e dos governos petistas no Brasil e o esforço do juiz Sérgio Moro e da equipe da Operação Lava Jato para combater a corrupção e prender os criminosos que montaram uma organização criminosa que dominou a estrutura do Estado por 13 anos.

Na ficção, o final da trama todos conhecem. No Brasil real, o veredicto pode ser conhecido no próximo dia 24 de janeiro, quando o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva enfrentará o julgamento em segunda instância do chamado processo do tríplex do Guarujá. Em julho do ano passado, ele foi condenado pelo juiz Sergio Moro a nove anos e meio de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Assim como Robert De Niro, Lula é um ótimo ator. Mas seu talento será capaz de convencer os desembargadores da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região de que é inocente?

O PT está em franca campanha nas ruas para tentar desmoralizar os integrantes da Operação Lava Jato e influenciar o julgamento. Prometem grandes mobilizações, com artistas nacionais e internacionais, em defesa da absolvição de Lula.

Caso condenado, ameaçam promover um festival de protestos, e porque não dizer badernas, pelo país em defesa de seu capo.

No enredo policial americano, de nada adiantou o esforço do mafioso para pulverizar a equipe que lhe investigava. Mais crimes foram cometidos, mas o cerco contra a quadrilha se fechava.

É certo que a propina do tríplex do Guarujá talvez seja um dos menores crimes que Lula tenha cometido. Mas em Os Intocáveis, Capone foi parar atrás das grades não pelos assassinatos, pela venda ilegal de bebidas e outra série de delitos que cometeu. Foi condenado por sonegação fiscal.

Na trama cinematográfica, o astro da máfia de Chicago caiu.

Aqui, aos 24 dias deste mês, teremos mais um capítulo decisivo no meio de uma constelação de crimes praticados contra o povo brasileiro. Que venha o julgamento!

Por: Rubens Bueno é deputado federal pelo PPS do Paraná

Um comentário:

AHT disse...

Se o Lula voltar a presidir o Brasil, talvez iremos conhecer o lado vingativo dele e todos seus apoiadores. Mas, ao invés de não querer acreditar que Lula não terá a menor chance e até poderá ser preso no próprio dia 24/janeiro, caso não fuja do Brasil, eu prefiro não desprezar os claros sinais da existência de uma grande "jogada" em favor do Lula e outros peixes grandes e médios. Não será surpresa se Lula for candidato, ser eleito e tomar posse.

Por quê?

Porque, infelizmente, muitos daqueles que nos representam nos Três Poderes dão sinais que perderam boa parte das referências garantidoras do Estado de Direito e da Democracia.

O povo e as FFAA não impedirão o Lula de se candidatar e até mesmo tomar posse. O Lula poderá conseguir tudo isso “de forma legal” e através das becas e togas de terceiros, além do apoio de muitos do Executivo e Legislativos, principalmente dos enrolados com a Lava Jato e outras operações.

“Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa”. Convenhamos, Lula não perdeu o carisma junto ao povo "povão". Ele continua hábil em mentir e blefar. Lula conta, seguramente, com “33,33 %” do eleitorado brasileiro, mais alguns “por centos” de eleitores dele que não se declaram “pró Lula” por “timidez". E a Dilma? A Dilma foi apenas uma "coisa" inventada e usada por Lula para tomar conta da cadeira presidencial durante e apenas por 4 anos. Para desgraça do Brasil a Dilma se achou maior que Lula, o seu criador – e deu no que deu. Portanto, Lula também é o culpado pelo desemprego e bilionários prejuízos, além de parte do povo ter voltado à pobreza e miséria. Mas o povão ainda não se deu conta inteiramente disso.

No próximo dia 24/janeiro no TRF-4, em Porto Alegre, será realizada a análise do recurso feito pelos advogados do Lula. Se, um dos três desembargadores votar favorável ao recurso do Lula contra a condenação, significará que - mesmo com a sentença do juiz Moro sendo confirmada, porém sem unanimidade, é provável que Lula não será preso. Em caso de unanimidade, também é possível que não seja preso. Portanto, é plenamente plausível supor que o Lula conseguirá ser candidato, graças a recursos e embargos, a morosidade da Justiça e o "STF = fator 7 indicados por Lula e Dilma”. Isso acontecendo, não será Bolsonaro, nem Álvaro Dias, Marina, Manuela, Ciro ou Alckmin capaz de enfrentar e vencer o Lula.

Infelizmente, “Lula eleito presidente em 2018 e tomando posse”, poderá ser uma indesejável realidade, principalmente se considerarmos a história relativamente recente, desde 1964: 21 anos de ditadura militar; "redemocratização em 1985"; eleição e impeachment do Collor; eleição do Lula em 2.002; crise do Mensalão em 2005 e 2006; corrupção e desemprego nas alturas; impeachment da Dilma; Temer pego por um gravador, em desespero tentando comprar a todos; Três Poderes fora de sintonia e ruidosas interferênciaqs; ministros do STF batendo boca ao vivo e em cores.

Essa “institucional e federal balbúrdia” propiciará um ambiente ideal para o Lula emplacar com sucesso seus discursos para o povão, que vem sofrendo mais intensamente os efeitos da Crise que tomou conta do Brasil. Uma vez diante da urna eletrônica, o povão que por quatro vezes emplacou Lula e Dilma presidentes, não associará que a Crise foi provocada justamente pelo Lula & Dilma, pois valerá a falação do Lula nos palanques e a grana que será torrada em marketing e propaganda, lamentavelmente. Ora, os "eleitores politicamente conscientes e esclarecidos" não conseguiram eleger Serra, Alckmin e Aécio. E dessa vez os eleitores contrários ao lulopetismo estarão ainda mais divididos entre os candidatos da “Oposição Pero No Mucho”.

Tem mais, para deleite do Lula e fiéís seguidores, some-se aos eleitores da “Oposição Pero No Mucho” os “esclarecidos eleitores” que, “por convicções e protesto”, não comparecerão às urnas, ou anularão, ou votarão em branco – favorecendo ainda mais ao Lula e seus candidatos a governador de estado, Senado, Câmera e Assembleias Legislativas.

AHT
06/01/2018