VEJA.com traz reportagem de Rodrigo Rangel que contém um vídeo em que a vice-procuradora-geral da República no Brasil, Ela Wiecko Volkmer de Castilho, número dois de Rodrigo Janot, aparece em manifestação contra o impeachment. Na gravação feita em 28 de junho, Ela Wiecko aparece segurando uma faixa onde se lê “Fora Temer. Contra o golpe!” – de óculos escuros, aparentemente envergonhada, sem a empolgação dos demais, mas participando do ato.
Ela Wiecko assumiu a vice-procuradoria-geral da República em 2013. Foi escolhida para o posto pelo próprio Rodrigo Janot. Por mais de uma vez, ela integrou a lista tríplice de candidatos ao posto máximo do Ministério Público. Atualmente, Ela Wiecko conduz, na Procuradoria-Geral, a “Operação Acrônimo”, que tem entre os alvos o governador mineiro Fernando Pimentel, do PT.
A VEJA, Ela Wiecko disse não ver problemas em participar da manifestação. “Eu estava de férias, em um curso como estudante. Não posso pensar nada? Não posso ter liberdade de manifestação? Isso é um pouco exagerado. Fui discreta, estava junto, e não tive protagonismo maior”, afirmou. “(Isso) é um patrulhamento que impede a pessoa de ser o que ela é.” Perguntada sobre o que pensa acerca do processo de impeachment, agora em sua fase derradeira no Senado, ela respondeu: “Eu acho que, do ponto de vista político, é um golpe, é um golpe bem feito, dentro daquelas regras. Isso a gente vê todo dia, é parte da política”.
A vice-procuradora-geral disse ver com reservas a figura do presidente em exercício, Michel Temer. “Tem muita gente que pensa como eu dentro da instituição (Ministério Público Federal). Eu estou incomodada com essas coisas que estão acontecendo no Brasil. Não me agrada ter o Temer como presidente. Ele não está sendo delatado? Eu sei que está”, afirmou, antes de encerrar a conversa, por telefone.
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