Policiais na cidade de Bergen, na Noruega |
A polícia da Noruega disparou suas armas somente duas vezes no último ano - e ninguém ficou ferido - apontaram novas estatísticas divulgadas pelo jornal britânico The Independent, que revela o baixíssimo uso de armas no país. Em 2014, os oficias noruegueses sacaram suas armas somente 42 vezes, número mais baixo desde 2002. Somente duas pessoas foram mortas em tiroteios policiais nesse mesmo período de 12 anos.
A maior parte dos policiais na Noruega, assim como em países como Grã-Bretanha, Irlanda e Islândia, fazem suas patrulhas desarmados e carregam suas armas somente em circunstâncias especiais. Na Grã-Bretanha, somente uma pessoa foi atingida por policiais em 2014. A Islândia, outro exemplo de estabilidade mundial - foi considerado o país mais seguro do mundo pelo Índice Global da Paz 2015, elaborado pelo Instituto para Economia e Paz - teve sua primeira vítima morta em uma operação policial armada no final de 2013, em um subúrbio de Reykjavik, capital do país.
Já nos Estados Unidos, onde os oficiais andam armados a todo o tempo, 547 pessoas foram mortas só durante o primeiro semestre de 2015, 503 com tiros de armas de fogo. Nos primeiros 24 dias desse ano, a polícia americana matou 59 pessoas, número maior do que o registrado na Inglaterra e País de Gales nos últimos 24 anos, que é de 55 vítimas. Mesmo que as populações totais desses países sejam bastante distantes, os cidadãos americanos ainda estão 100 vezes mais sujeitos a serem atingidos por tiros de armas policiais do que os britânicos.
O Brasil também sofre atualmente com muitos problemas de violência policial. Segundo os dados mais recentes do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 1.890 pessoas foram mortos por policiais brasileiros em 2012. No mês de junho, o governo dos EUA divulgou seu relatório anual sobre a situação global dos direitos humanos e no capítulo referente ao país criticou o uso excessivo da força policial e as condições carcerárias nacionais. Em outro documento, elaborado pela organização Human Rights Watch, fica evidente a preocupação com a tortura, maus-tratos, execuções extrajudiciais e outras práticas policiais. A organização aponta também que as autoridades têm feito esforços para conter a violência da polícia, mas que os resultados dessas ações ainda são bastante pequenos.
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