O procurador-geral da República, Rodrigo Janot |
Como esperado, os 1240 integrantes do Ministério Público Federal (MPF) deram, nesta quarta-feira, os votos necessários ao atual procurador-geral da República Rodrigo Janot para que ele seja reconduzido ao cargo para um período de dois anos. Janot recebeu 799 votos - muito mais do que os 513 obtidos há dois anos. Os outros três candidatos eram os subprocuradores Mario Bonsaglia, Raquel Dodge e Carlos Frederico Santos, que receberam respectivamente 462, 402 e 207 votos. O último era apontado como o nome preferido do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), um dos principais opositores de Janot. O nome de Janot deve ser agora submetido à aprovação da presidente Dilma Rousseff. Pela tradição, o Palácio do Planalto sempre referenda o nome escolhido pela categoria, e não há indícios de que a petista deva quebrar essa praxe. Cabe então ao Senado ratificar a indicação - e aí podem surgir dificuldades para Janot, uma vez que caciques do Congresso como o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o ex-presidente da República Fernando Collor (PTB-AL) e Eduardo Cunha fizeram dele um inimigo desde que seus nomes foram incluídos na lista de parlamentares investigados pela Operação Lava Jato. Cabe a Janot autorizar a abertura de inquéritos contra políticos com mandatos em Brasíla.
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